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sábado, 6 de novembro de 2010

AFINAL, QUANTO DEVE SER O SALÁRIO MINÍMO?

Afinal, quanto deve ser o salário minímo?
Tendências e Debates

O governo, as centrais sindicais e a oposição já deram seus 'lances'. Agora, é a vez de o cidadão opinar sobre o valor ideal para o salário mínimo. Por Carla Delecrode.

O aumento do salário mínino é uma das expectativas para a virada do ano. E quando o ano começa com ‘cara nova’ no poder, a ansiedade do trabalhador é ainda maior. As novidades chegaram rápido, e a presidente eleita, Dilma Rousseff, já anunciou que pretende mudar as regras do cálculo do salário mínimo para antecipar parte do reajuste real, que só chegaria em 2012. A pergunta que fica é, afinal, quem ganha com a mudança?

O reajuste do salário mínimo é baseado na variação da inflação e o crescimento do PIB de dois anos anteriores. Pela regra atual, não haveria reajuste em 2011, somente em 2012, pois o PIB de 2009 foi negativo. Dilma defende que haja um aumento real do valor a partir de janeiro de 2011. A proposta é antecipar para 2011 parte do reajuste real, que só seria concedido em 2012.

Para o economista e cientista político Guilherme Carvalhido, a medida é uma alteração de prática política para movimentar o novo governo e não trará mudanças significativas. “O salário continuará baixo para uma vida razoavelmente equilibrada. Os efeitos são pequenos, na prática, pois a antecipação apenas traz para frente o processo de reajuste do salário.”
Propostas
Os ‘lances’ sobre o valor ideal para o salário mínimo em 2011 já começaram. O governo defende o aumento dos atuais R$ 510 para R$ 538,15 (valor acima da inflação). O Congresso discute o valor de R$ 540. As centrais sindicais brigam para que o salário passe para R$ 580, enquanto a oposição sustenta os R$ 600 prometidos por José Serra durante a corrida presidencial.

A dúvida que fica é se algum dos valores, pouco distantes dos atuais R$ 510, é suficiente para garantir uma vida digna. Para o economista, o salário mínimo não satisfaz as necessidades mínimas de uma família. “É insuficiente para uma vida material adequada, principalmente para se manter uma vida familiar. É necessário ajuda governamental para a complementação das necessidades.”

A justificativa para os que sustentam um ajuste baixo para o mínimo é o déficit da Previdência Social. As prefeituras alegam que podem quebrar caso o novo valor beire os R$ 600. Para cada real, o impacto nas contas públicas é de R$ 286,4 milhões. Fonte: http://www.opiniaoenoticia.com.br/

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