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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

7ª BIENAL: VERNISSAGE DE ARTES VISUAIS SUPERA EXPECTATIVAS

Entre comes e bebes, Helio Oiticica e muita arte embalaram a abertura de mostras visuais da Bienal

O sol já se punha quando deu início à vernissage de artes visuais da Bienal da UNE nesta quarta-feira, às 19h, no Museu da República. Entre comes e bebes, a atmosfera era ideal para colocar em foco o homenageado da área no evento, Helio Oiticica, além do próprio espaço urbano estabelecido pelas intervenções artísticas.

A porta para as treze obras selecionadas da mostra estava aberta na Galeria do Lago para qualquer interessado apreciar o imaginário da juventude brasileira. Elas estão conectadas aos seus conceitos, como cita Oiticica, "em algo puramente experimental", para quem tem audácia de se aproximar, entrar e penetrar.

"É muito gratificante o museu acolher o evento pela importância e dimensão que tem a Bienal. Expor trabalhos de jovens do Brasil inteiro representa, para nós da coordenadoria do museu, a união de toda diversidade cultural do nosso país. A seleção foi muito fina e os trabalhos foram determinados a partir da representatividade da arte contemporânea", avaliou a coordenadora de artes do Museu da República, Martha Niklaus.

Durante a abertura, o coletivo 13NumaNoite desenvolveu a performance-ação "Samba do Feijão". É um processo de semeadura em que pessoas chacoalham, em sua espontaneidade individual, diferentes tipos de feijão. As ações de cada indivíduo somadas reverberam, gerando uma massa sonora atípica, mas muito interessante. Todos os presentes foram convidados a interagir e batucar os feijões dentro das bacias de aço. "A principal proposta do coletivo é estar aberto às novas e diferentes informações e artistas, num movimento autônomo em que os participantes sejam livres para fazer parte do coletivo, sejam como proponentes de trabalho, com colaboração direta ou indireta, ou com participação ativa na construção e execução dos trabalhos e registros dos mesmos", explicou Ana Klaus, uma das 13 integrantes do coletivo.

A coordenadora da área de artes visuais da Bienal, Andressa Argenta, de sorriso no rosto, avaliou que o saldo da abertura foi mais que positivo e superou as expectativas de todos os envolvidos na mostra. "Depois de muito trabalho e bastante dedicação é gratificante sentir que deu tudo muito certo. Perceber que aquilo que era apenas proposta se reverteu em uma prática de fora para dentro e dentro para fora de todas essas artes. Conseguimos, enfim, dialogar com a proposta do Helio, de que a obra permaneça tal como é", explicou Andressa.

Vale lembrar que as obras estarão expostas até dia 22 no Museu da República e outras performances e intervenções estão na programação de artes visuais. O Parangolé, de Helio Oiticica, permanecerá no local até dia 31, ultrapassando a programação do evento.

Patrícia Blumberg-UNE

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