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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

SURF TRIPS - FERNANDO DE NORONHA-PE

Foto: Clemente Coutinho, Afonso Paiva e Francisco Chagas
O arquipélago de Fernando de Noronha fica a 360 km de Natal, cidade do continente mais próxima, motivo que encarece a viagem para um dos locais mais belos do Brasil. Por outro lado, esse isolamento permitiu a Noronha ficar imune à deterioração do turismo excessivo. Se fosse fácil chegar lá, hoje provavelmente haveria um monte de hotéis cinco estrelas, condomínios de luxo e excesso de turistas.

Por causa de seu delicado equilíbrio ambiental, Fernando de Noronha foi declarada Parque Nacional Marinho em 1988 e passou a ter 70% de sua área vigiados de perto por fiscais do IBAMA, do Projeto TAMAR e do Projeto Golfinho Rotator. É o único lugar do Brasil onde se cobra uma taxa de permanência, que é progressiva e pode chegar a preços incríveis.

A melhor época para se visitar o arquipélago é de agosto a fevereiro, quando chove pouco. Em outubro, o mar fica mais calmo ideal para o mergulho. De dezembro a março começa a temporada de ondas, o mar se agita devido as ondulações de norte e nordeste originadas pelas frentes frias do hemisfério norte que traz grandes e boas ondas fazendo que um grande número de surfistas visitem as Ilhas.

Nos meses de férias (dezembro a março e em julho) o movimento de turistas é maior em Noronha.

A temperatura média é de 26 graus. As praias, esplêndidas, são banhadas por águas límpidas que lembram o Caribe e continuam com o mesmo sabor selvagem de 500 anos atrás e com ótimos picos de surf relacionados abaixo.

PORTO - Local de embarque e desembarque dos barcos que abastecem a Ilha e dos passeios turísticos. Lindo visual do por do sol. Pico pouco constante.

CACHORRO - Próximo a Vila dos Remédios sendo um dos picos mais freqüentado pelos locais quando as condições estão boas. As ondas variam de 2 a 8 pés.

CONCEIÇÃO - Uma das mais bonitas e extensa praia da Ilha. Pico também muito freqüentado pelos locais. Na temporada as ondas variam de 2 a 8 pés com esquerdas e direitas.

BOLDRÓ - Fundo de corais onde quebram ondas tubulares variando de 4 a 10 pés. As ondas são rápidas e o fundo raso exigindo muita atenção predominando as esquerdas. Há um mirante que propicia uma linda vista da praia. Nos dias maiores a onda lembra Pipeline.

CACIMBA DO PADRE - Com cerca de 900 metros de areia clara e fofa e várias arvores. É o principal e mais constante pico com ondas que podem passar dos 10 pés tubulares e fortes. Fundo de areia funcionando com swell de norte e nordeste. Pranchas quebradas e caldos cinematográficos são normais e quando as condições estão boas é um dos picos mais crowd da Ilha.

LAJE DO BODE - Fica próximo da Cacimba. Fundo de pedra que forma ondas perfeitas e tubulares variando de 3 a 8 pés. Predominando as direitas. Muito boa para fotografar de dentro da água. Surfer Edu Elias

ABRAS - Longas esquerdas com formação de point break e ondas de 3 a 8 pés longas e perfeitas em fundo de pedra. Quando quebra o pico fica bem crowd e dominado pelos locais. Alguns outros picos menos constantes na Ilha tem seus bons dias principalmente quando o swell está grande o que é normal nas férias de verão.

TOQUES :
A pesca submarina é completamente proibida.

Na Ilha dois tipos de mergulho são praticados: Mergulho autônomo com cilindros e mergulho livre.

Várias praias e locais da Ilha são de difícil acesso. Por isso não deixe de caminhar e explorar a Ilha que lhe reserva muitas surpresas.

O sol em Noronha é muito forte sendo necessário o uso de protetor solar (fator 30).

Os melhores e mais constantes picos de surf são um pouco afastados da vila, leve água, repelente, e acessórios como cordinhas extras e no mínimo duas pranchas.

Lembre-se a temporada começa em Dezembro e vai até março com grandes swells de norte bombardeando as Ilhas. Leve pranchas grandes para ondas rápidas e tubulares.

O crowd e o localismo existe nas Ilhas por isso vá com calma e respeito.

Muitos surfistas nordestinos batem cartão a anos durante a temporada de ondas. Conhecem os picos com a palma da mão e detonam as ondas.

Autor: Redação- Alberto Burguete - Ssurf Trips

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