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sábado, 30 de maio de 2015

UNE traz “defesa da democracia” para o tema de seu Congresso em Goiânia

Começa na próxima quarta (3) o maior encontro da juventude organizada no país, que definirá os posicionamentos do movimento estudantil, a nova presidência e diretoria da entidade

Em meio ao cenário de agitação política de 2015, a União Nacional dos Estudantes realiza o maior Congresso da sua história em Goiânia, entre os dias 3 e 7 de junho (quarta a domingo). O 54º Congresso da UNE deverá reunir 10 mil estudantes universitários de todas as regiões do país com o tema ”A UNE em defesa dos estudantes, da democracia e do Brasil”. O Congresso acontece na Universidade Federal de Goiás (UFG) e na Pontifícia Universidade Federal de Goiás (PUC-GO).

A abertura oficial do evento acontece na noite da quarta-feira (3). Na quinta e na sexta, acontecem mais de 30 debates e grupos de discussão, com dezenas de convidados, além de uma grande passeata pelas ruas da capital goiana. No sábado, acontece um ato político em defesa da democracia no país. No domingo, será escolhida a nova presidência e a nova diretoria da entidade, além de definido o seu posicionamento para o próximo período.

O Congresso da UNE também conta com atividades paralelas, como o Encontro Nacional de Estudantes Cotistas, Bolsistas do Prouni e Fies, além de atividades culturais. Toda a programação é aberta e gratuita.

EM DEFESA DA DEMOCRACIA

Em março de 2015, a UNE se juntou a outras entidades como o MST, a CUT e a CTB, promovendo uma série de manifestações em todo país para defender a democracia, a reforma política, além de protestar contra os interesses de privatização da Petrobras. O posicionamento da UNE acontece em um momento de ascensão do conservadorismo e de expressões golpistas a favor, inclusive, da volta da ditadura militar no país.

Os estudantes temem, também, os retrocessos do Congresso Nacional em temas como a redução da maioridade penal e a reforma política antidemocrática – beneficiando o personalismo na política, a corrupção e a influência do poder econômico no sistema político brasileiro.

CONTRA OS CORTES NA EDUCAÇÃO

A UNE inicia o seu 54º Congresso em clima de repúdio ao anúncio de R$9 bilhões cortados da área educacional no ajuste fiscal do país. A entidade protesta contra a atual política econômica do governo federal e não aceita restrições que comprometam o Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014 e que prevê o investimento de 10% do PIB nacional neste setor. A UNE lançou a campanha #NenhumCentavoAMenos, em que cobra também a aplicação de R$2,5 bilhões em políticas de assistência estudantil.

NOVA PRESIDÊNCIA E DIRETORIA

A eleição da nova presidência e diretoria da UNE no domingo (7) é um dos momentos mais aguardados do Congresso. A nova direção estará à frente de 7 milhões de universitários do país e será responsável pelos rumos da UNE no atual cenário político e educacional do país. Já foram presidentes da UNE personagens como o ministro Aldo Rebelo, os senadores Lindberg Farias e José Serra, os deputados federais Orlando Silva e Wadson Ribeiro.

54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune

3 (quarta-feira) a 7 (domingo) de junho de 2015
Em defesa dos Estudantes, da Democracia e do Brasil
Universidade Federal de Goiás-UFG
Pontifícia Universidade Católica de Goiás-PUC/GO
Goiânia – GO – Brasil

3 (quarta-feira) de junho de 2015
18h às 19h – Abertura do 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
19h às 21h – Roda de conversa contra a redução da maioridade penal
4 (quinta-feira) de junho de 2015
7h às 9h – Café da manhã
9h às 12h – Ciclo de debates conjunturais
Tema: Financiamento, combate a corrupção e participação popular na reforma política democrática
Tema: O ajuste fiscal, a crise econômica do capitalismo e seus efeitos sobre a classe trabalhadora e a juventude do Brasil e do mundo
Tema: A defesa da Petrobras e a importância estratégica do petróleo para a educação e o Brasil
Tema: O projeto de terceirização e os desafios das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros
Tema: A cultura reinventando a política
Tema: Regulação, democracia e direto social na comunicação brasileira
Tema: O papel dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) na construção de uma nova ordem mundial
Tema: O direito a cidade: moradia, mobilidade e segurança pública
Tema: Conferência Livre de Saúde – Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro
Tema: Reforma agrária popular, agroecologia e soberania alimentar
Tema: Integração Latino-americana
13h às 14h – Almoço
14h às 17h – Grupos de discussão do 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
Tema: Movimento estudantil
Tema: Direitos humanos
Tema: Combate ao racismo
Tema: Combate ao machismo
Tema: Combate a LGBTfobia
Tema: Circuito Universitário de Cultura e Arte da União Nacional dos Estudantes-CUCA da UNE
Tema: Associação Atlética Acadêmica-AAA universitária
Tema: Empresas Juniores
Tema: Grupos dos Programas de Educação Tutorial-PET
Tema: Extensão universitária
Tema: Sindicato dos Engenheiros-Senge jovem
Tema: Ver SUS
Tema: Executivas de curso
20h às 22h – Jantar
22h às 00h – Atividade Cultural
5 (sexta-feira) de junho de 2015
7h às 9h – Café da manhã
9h às 13h – Ciclo de debates educacionais
Tema: Os desafios do financiamento da educação brasileira nos marcos da aprovação 10% do PIB para educação
Tema: Regulamentação do ensino superior privado
Tema: O papel da universidade na garantia da autonomia científica e soberania nacional
Tema: Atual realidade e a valorização do trabalhador da educação brasileira
Tema: A relação entre cultura e universidade
Tema: Universidades estaduais, financiamento, autonomia e qualidade
Tema: Democracia interna e autonomia universitária
Tema: Reforma curricular no âmbito da nova universidade
Tema: O papel da universidade no sistema nacional de esporte
Tema: A formação dos profissionais de saúde no Brasil
9h às 12h – Encontro Nacional dos Estudantes Cotistas, Bolsistas do Prouni e Fies
Tema: A nova composição social nas universidades: os desafios para a inclusão democrática no ensino superior brasileiro
Tema: Quem entrou quer ficar, a luta por assistência estudantil
13h às 14h – Almoço
14h às 17h – Grupos de discussão do 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
Tema: Estudantes Cotistas
Tema: Estudantes Bolsistas do Prouni
Tema: Estudantes Bolsistas do Fies
Tema: Nem um centavo a menos para educação
14h às 17h – Ato de apresentação do relatório da Comissão da Verdade da União Nacional dos Estudantes-UNE
17h às 19h – Passeata
Tema: Que os ricos paguem pela crise: nenhum centavo a menos para educação! Pela implementação dos 10% do PIB para educação.
20h às 22h – Jantar
22h às 00h – Atividade Cultural
6 (sábado) de junho de 2015
07h às 09h – Café da manhã
9h às 13h – Plenária final 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
9h – Lançamento do vídeo de balanço da gestão da UNE
13h às 15h – Almoço
15h – Lançamento do catálogo e vídeo da 9ª Bienal da UNE
16h às 18h – Ato politico do 54º Congresso da UNE
Tema: Em defesa da democracia e do povo brasileiro
19h às 21h – Jantar
22h às 00h – Atividade Cultural
7 (domingo) de junho de 2015
07h às 09h – Café da manhã
9h às 12h – Plenária final 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
11h – Intervenções especiais
11h 30 – Lançamento do novo site e aplicativo da UNE
12h às 15h – Plenária final 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes-Conune
15h às 17h – Almoço
17h às 18h – Partida das delegações

* Exposição permanente de fotos da gestão da UNE 2013-2015
** Ateliê coletivo do Cuca da UNE
*** Loja da UNE

Estudantes constroem a Semana Nacional de Defesa à Educação

Atos em todo o país manifestam descontentamento dos estudantes com a falta de prioridade no setor

Desde a semana passada o anúncio do corte de R$9 bilhões no orçamento da educação, fruto dos ajustes fiscais promovidos pelo governo a UNE tem convocado a estudantada de todo o Brasil para a luta.

No último período o movimento estudantil teve grandes conquistas a partir da concretização de bandeiras históricas como a vinculação dos royalties do petróleo e metade do fundo social do pré-sal para a educação e a vitória de um PNE com metas ousadas como a do investimento de 10% do PIB para esse setor e o contingenciamento no setor vai na contramão desses avanços.

Em Pernambuco, estudantes ocuparam a frente do Banco Central para deixar claro que não aceitarão nenhum centavo a menos para a educação.  UBES, UMES, UEP e UNE, os secundaristas ocuparam a frente do Banco Central da capital pernambucano. O ato partiu do Ginásio Pernambucano e seguiu em direção à Assembleia Legislativa, onde os estudantes puxaram palavras de ordem em defesa dos professores que entra​ra​m em greve no último mês.

Em São Paulo, a mobilização começou cedo na Uninove- Memorial, no bairro da Barra Funda, da capital. “O corte fere diretamente programas sociais como o Fies, que garantiu e garante o acesso de muitos jovens á universidade. Por outro lado a nossa universidade precisa investir em qualidade, acabando com as disciplinas online obrigatórias, que precarizam e sucateiam o nosso ensino. Por isso seguiremos mobilizados para que não haja aumento abusivo da mensalidade para o próximo semestre – pratica comum da nossa instituição”, ressaltou a presidenta do DCE Livre, Eloina Paes.

Com o mesmo espírito na capital paulista também estão programados atos na FMU para esta noite. Na terça-feira (26) uma manifestação em frente a Faculdade Anhanguera de São Bernardo, no Jardim do Mar, reuniu centenas de estudantes. Na Anhanguera de Campinas, o ato foi em frente a lanchonete na quarta-feira (27/5) a noite e reuniu cerca de 200 estudantes.

Em Salvador, integrantes da União dos Estudantes da Bahia (UEB) coletaram assinaturas para apresentar um documento em defesa do Fies e contra a cobrança de taxas nas emissões de documentos por parte das universidades privadas no estado.

Em Santa Catarina no Instituto Federal Catarinense acontece um ato agora às 19 horas manifestando repúdio aos ajustes governamentais.

Na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) o ato contra o contingenciamento na verba da educação e a precarização das leis trabalhistas acontece na manhã da sexta-feira (29/5). A passeata sairá do campus localizado no bairro Goiabeira, em Vitória, às 7h da manhã e seguirá em marcha até a Assembleia Legislativa do estado.

Até o fim da semana acontecem atos ainda em Minas Gerais, Goiás, e no Rio Grande do Sul.
Assista o vídeo de Pernambuco: video-1432852785.mp4

Fonte: UNE

ESTUDANTES DOS IFS LEVAM DEBATE DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL AO FÓRUM MUNDIAL

Juventude destacou a importância de ampliar as políticas de permanência para o ensino médio integrado
A pauta de assistência estudantil como política de permanência na vida escolar dos estudantes da rede técnica ganhou atenção na agenda de debates do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, que acontece no Recife​. Os secundaristas participaram de duas mesas que traçaram perspectivas sobre o assunto.

Na terça-feira (27), a mesa redonda “Assistência Estudantil sob um olhar multiprofissional” tratou de esclarecer que não se trata de uma política meramente assistencialista, baseada apenas no pagamento de ajuda de custo.

 “Os debatedores esclareceram que dentro da assistência há a demanda da interação da instituição de ensino com o estudante, o cuidado com sua saúde física e psicológica, junto com o acompanhamento da vida desses jovens durante toda permanência na escola”, apontou a presidenta do grêmio do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES-Vitória), Pietra Carolina.

Nessa discussão, a líder estudantil chamou atenção para o Plano Nacional de Educação (PNE). Ela afirma que por não incluir o ensino médio integrado, o gargalo da evasão escolar atinge essa parcela da educação técnica que não é atendida pela assistência. “É uma discussão importante que precisa ser inserida nas metas do projeto de lei, precisamos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica para pressionar pela inclusão no IF, aumentando a qualidade da educação”, argumentou.

Assistência é bandeira prioritária

Nesta sexta-feira​, 29, último dia de atividades do Fórum, a palestra “Como Garantir as condições de permanência e conclusão na Educação Profissional e Tecnológica” deu continuidade à conversa com os participantes do evento.

“Discutimos no Fórum a nova grade que inclui a psicologia e a nutrição no campo da assistência estudantil. Falamos sobre os programas de incentivo e valorização da produção científica e tecnologia”, lembrou o estudante do IFES-Santa Teresa, Thiago Soares.

A UBES, que vem amadurecendo cada vez mais a conversa sobre o papel desta política pública para permanência e formação de milhões de estudantes do setor, identificou que este é um item a ser priorizado na luta por mais investimentos no ensino técnico.

O posicionamento da entidade é resultado dos dados da pesquisa realizada com 1.700 secundaristas que participaram do 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas (ENET). A pesquisa apontou que 39% desses estudantes não conhece ou não tem acesso às bolsas de iniciação científica. Outros 22% afirmar que a assistência estudantil é insuficiente.

Na análise sobre condições de acesso aos campi, em que 72% dos entrevistados disseram necessitar de ônibus para chegarem às aulas, 76% diz não possuir passe livre em suas cidades, 48% das escolas não dispõem de transporte escolar e outros 14% não contam com ônibus a serviço da instituição.

“Muitas pessoas estão fora da escola e procuram o IF em busca de uma educação melhor, mas muitas vezes não tem condições de se manter. É o auxílio estudantil que ajudará a manter ele dentro da escola, desde o acompanhamento psicológico para aqueles que não estão acostumados com o ritmo dos estudos à pauta da moradia estudantil, que também precisa ser incorporada”, pontuou Thiago.

Fonte: UBES

EM GREVE, PROFESSORES E GOVERNOS NÃO CONSEGUEM CHEGAR A ACORDO

Aulas no Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Pará, Sergipe e Goiás permanecem paralisadas

As paralisações dos professores e funcionários das escolas da rede estadual de ensino em seis estados brasileiros já começam a completar um mês e permanecem sem previsão de acordo com os governos. Na busca por uma solução para o impasse, sindicatos e governos começam a acionar a Justiça.

O contingenciamento no setor anunciado pelo governo federal só deve piorar essa situação. A UNE tem convocado estudantes de todo o Brasil a se manifestar contra e pressionar contra a revogação os cortes na educação.

Professores do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Pará, Sergipe e Goiás pedem o cumprimento da Lei do Piso, mas os estados alegam falta de dinheiro para concordar com o reajuste. A aplicação da Lei do Piso eleva o salário inicial para R$ 1.917,78.

No Paraná a crise nas contas orquestrada pela ineficiência do governador Beto Richa (PSDB) afeta todos os setores do Estado e chegou às universidades estaduais que ameaçaram fechar as portas por falta de condições mínimas.

Já em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fechou quase 3 mil salas de aulas do ensino médio e quis diminuir o repasse do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços (ICMS) que garante a autonomia das universidades estaduais.

Para a presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Bárbara Melo, a luta dos estudantes é a mesma dos professores. ‘’A luta dos profissionais da educação tem todo nosso apoio.  Queremos sim mais investimentos e qualidade no setor. Seguiremos lado a lado’’, falou.

Para o diretor da UNE, Iago Montalvão, que acompanhou de perto a luta no Paraná, a crise na educação nos Estados como Santa Catarina, Goiás e São Paulo é a “demonstração de governos e políticas atrasadas que apontam apenas os interesses de determinados grupos políticos”.
Confira a situação da greve por região:

CENTRO-OESTE

No estado de Goiás, o Tribunal de Justiça negou pedido do governo estadual e considerou a greve legal. Na última sexta-feira (22/5), o Sindicato dos Trabalhadores Estaduais em Educação ingressou com mandado de segurança contra o governo para assegurar o pagamento integral dos salários dos trabalhadores.

A greve começou no último dia 13. Entre os motivos, está a antecipação do pagamento do piso aos professores, previsto para começar a ser pago pelo estado em agosto. Os trabalhadores pedem também que aumento seja retroativo ao início do ano. Pouco mais de 50 escolas estão paradas e outras 80 parcialmente. A rede tem 1,1 mil centros de ensino.

NORDESTE

Os profissionais do Pará iniciaram a greve no dia 25 de março, pedindo o pagamento retroativo do piso salarial, que começou a ser pago em abril, mas deveria vigorar desde janeiro.

Em Sergipe, último dos estados a entrar em greve, a paralisação teve início no dia  18/5. Segundo o governo do estado, o movimento afeta toda a rede estadual, e 170 mil alunos do ensino fundamental e médio estão sem aulas. Na quinta-feira (21), o governo entrou com ação no Tribunal de Justiça de Sergipe solicitando a ilegalidade da greve.

Os professores pedem o pagamento de 13,5% de reajuste. O estado alega que atingiu o limite de sua capacidade para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e que o reajuste só poderá ser concedido quando aumentar a arrecadação.

SUDESTE

A greve em São Paulo também foi parar na justiça. Na última quarta-feira (20/5), o Superior Tribunal de Justiça decidiu descontar os dias parados dos professores em greve. A presidenta do sindicato (Apeoesp), Maria Izabel Noronha, vai recorrer da decisão. A greve que começou no dia 13 de março. A categoria quer aumento salarial de 75,33%.

Os professores decidiram ainda fazer uma nova assembleia na próxima sexta-feira (29), no vão livre do Masp, unindo sua luta à greve geral das demais categorias, marcada para o mesmo dia e local, contra o Projeto de Lei 4330, que trata das terceirizações. A previsão é que, neste dia, depois da assembleia dos professores, com início marcado para as 14h, os movimentos se unam em caminhada até a Praça da República, no centro da capital.

SUL

Em Santa Catarina, de acordo com o sindicato (Sinte-SC), a greve foi considerada legal pela Justiça. A decisão impôs medidas restritivas às ações de protesto a menos de 200 metros de prédios públicos. A greve começou no dia 24 de março. A principal demanda é o plano de carreira.

Já no Paraná, professores e governo não chegam a acordo. A greve não foi judicializada. Os professores pedem reajuste do salário de 8,14% retroativo à data-base, concurso público e melhores condições de trabalho. A proposta do governo é conceder 3,45% de reajuste ainda neste ano. O valor é o equivalente à inflação de maio a dezembro de 2014. A APP-Sindicato classificou a proposta como “indecente”. Mesmo sendo pequeno o índice só  seria pago de forma parcelada aos servidores, entre os meses de setembro, outubro e novembro. A greve começou no dia 27 de abril.

Por Renata Bars, da União Nacional dos Estudantes.

UBES INTEGRA O DIA NACIONAL DE LUTAS CONTRA O CORTE DE VERBAS NA EDUCAÇÃO

Em Pernambuco, estudantes ocuparam a frente do Banco Central para deixar claro que não aceitarão nenhum centavo a menos

“Nenhum centavo a menos para educação”​.​ ​Essa foi uma das palavras de ordem centrais que levaram os estudantes às ruas de Recife (PE), nesta quinta-feira (28), no Dia Nacional de Lutas pela Educação. Com a UBES, UMES, UEP e UNE, os secundaristas ocuparam a frente do Banco Central da capital pernambucana, em repúdio ao corte de verbas de R$ 9 bilhões anunciado na última semana pelo governo federal.

Para a​ juventude, a educação não pode pagar pela crise financeira. Com o ato, os estudantes deixaram claro que o país que aprovou a vinculação dos royalties do petróleo, metade do fundo social do pré-sal e um PNE com 10% do PIB para a educação, não pode retroceder. Uma das soluções apontada para crise é a taxação de lucro dos bancos, das grandes fortunas e dos impostos sobre a movimentação.

“Somos radicalmente contra o aumento dos juros e o corte de verbas na educação​. É​ o mesmo que cortar os nossos sonhos, o nosso futuro. Por isso, estamos e continuaremos em luta para barrar qualquer retrocesso”, disse a presidenta da UBES, Bárbara Melo.

Em frente ao Banco Central, o presidente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES-Recife), Jairo Marques, falou sobre a importância de somar esforços.”Compreendemos que somos um país em desenvolvimento​. C​ortar R$ 9​ bilhões é cortar a perna do desenvolvimento tecnológico e profissional​. É​ cortar também a perna do desenvolvimento social. A dívida não é do povo brasileiro, é dos banqueiros. A pátria educadora não pode pagar por eles, por isso continuaremos nas ruas”, afirmou o líder estudantil.

A professora de sociologia, filosofia e artes no ensino médio, Cristina Farias, acompanhou toda passeata e afirmou que essa não é uma luta só dos estudantes. “Me sinto realizada de ver eles na rua pedindo mais atenção da sociedade para o nosso ensino. Com esse ato, eles estão
ajudando a construir uma sociedade mais humana”, disse.

O ato partiu do Ginásio Pernambucano e seguiu em direção à Assembleia Legislativa, onde os estudantes puxaram palavras de ordem em defesa dos professores que entra​ra​m em greve no último mês. Em frente à sede da Polícia Civil, os jovens se manifestaram através de jograis sobre o contra a proposta de redução da maioridade penal.

Suevelin Cinti, de Olinda. UBES

terça-feira, 26 de maio de 2015

UNE convoca estudantes para Dia Nacional de luta pela educação

Leia nota das entidades estudantis sobre o corte no orçamento da educação

O anúncio do corte de R$9 bilhões no orçamento da educação, fruto dos ajustes fiscais promovidos pelo governo, vai na contramão dos interesses dos estudantes! No último período o movimento estudantil teve grandes conquistas a partir da concretização de bandeiras históricas como a vinculação dos royalties do petróleo e metade do fundo social do pré-sal para a educação e a vitória de um PNE com metas ousadas como a do investimento de 10% do PIB para esse setor!

Não concordamos com esse caminho para enfrentar a crise comprometendo investimentos de setores importantes como a educação. Acreditamos que a recessão se combate com mais desenvolvimento, com a diminuição de juros e outra orientação econômica voltada para os setores produtivos, que geram emprego e renda.

A ação em aumentar a taxação de lucro dos bancos foi positiva e aponta o rumo para a solução para a crise. Precisamos de mais iniciativas como essa, que onera aqueles que estão na parte de cima da pirâmide social. Por isso defendemos a taxação das grandes fortunas e o imposto sobre a movimentação financeira com o objetivo de aumentar a arrecadação do tesouro e traçar uma alternativa popular para a saída da crise.

As entidades estudantis – UNE, UBES e ANPG –  não irão aceitar nenhum centavo a menos para a educação! Não iremos retroceder no momento em que a universidade se pinta de povo a partir da democratização do seu acesso. Iremos ocupar as ruas e universidades de todo o país para impedir qualquer tipo de retrocesso.

O dia 28 de maio será o “Dia Nacional de Luta pela educação!”. Convidamos todos os Centro Acadêmicos, DCE’s, Grêmios e Associações de Pós-Graduandos para organizar a luta em defesa dos nossos direitos!

#NenhumCentavoAmenos!

Contra os cortes na Educação! Pelos 10% do PIB para a educação, nenhum centavo a menos!

Pela destinação R$2,5 bilhões no Plano Nacional de Assistência Estudantil com a inclusão dos pós graduandos.

Em defesa das Universidades e Institutos Federais! Mais investimentos, mais vagas e mais qualidade!

Por mais investimento e qualidade nas escolas!

Por mais valorização dos profissionais em educação!

Em defesa do FIES! Por mais qualidade nas Universidades privadas, liberdade de organização estudantil e contra reajuste abusivo de mensalidades!

Por melhores condições de pesquisa e mais investimento na pós graduação! Universalização e valorização das bolsas.
Fonte: UNE

Inscrições para o Enem 2015 estão abertas e podem ser feitas até 5 de junho

Provas serão aplicadas em 24 e 25 de outubro
As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015 estão abertas desde as 10h desta segunda-feira (25), apenas pelo site do exame. A taxa de inscrição, nesta edição, aumentou para R$ 63, podendo ser paga até as 21h59 do dia 10 de junho. As provas serão aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro.

Nesta edição, não haverá impressão e envio dos cartões de confirmação. O documento estará disponível na página do Enem e será enviado por e-mail para o usuário. Não existe idade mínima ou máxima para fazer o Enem. Estudantes que não terminarão o ensino médio este ano podem participar como treineiros, ou seja, o resultado não poderá ser usado para participar de programas de acesso ao ensino superior.

Além disso, o MEC não vai mais tolerar faltosos. O candidato que se inscrever, valendo-se da isenção de taxa, e não comparecer, não poderá mais se inscrever gratuitamente nas próximas edições, a menos que apresente uma justificativa aceita pelo MEC. No ano passado mais de 2,5 milhões de inscritos, quase 30% do total, se inscreveram e não compareceram. Do total, 65% eram isentos.

Outra novidade é que candidatos menores de 18 anos que completarão o ensino médio depois de 2015 estão proibidos de participar de programas de acesso ao ensino superior que utilizem o exame – como Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni), entre outros. O candidato nessas condições também não poderá usar o Enem para solicitar certificado de conclusão do ensino médio.

Isenção de taxa

Estudantes que vão concluir o ensino médio este ano em escolas públicas e participantes que declararem carência são isentos da taxa. Podem solicitar a isenção por carência, aqueles que tem uma renda renda familiar por pessoa igual ou inferior a um salário mínimo e meio e que cursaram o ensino médio completo em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede privada. As informações devem ser comprovadas pelos participantes e receber a aprovação do MEC. O participante deve acompanhar na página de inscrição se o pedido de isenção foi aceito.
 Atendimento especializado
Durante a inscrição os participantes podem solicitar atendimento especializado ou específico. O atendimento especializado é oferecido a pessoas com baixa visão, cegueira, visão monocular, deficiência física, deficiência auditiva, surdez, deficiência intelectual, dislexia, déficit de atenção, autismo, discalculia (alteração neurológica que dificulta a aprendizagem de números) ou com outra condição especial.


Da Redação com Agência Brasil.

 

 


ESTUDANTES DA REDE ESTADUAL DO RS PODEM ADOTAR NOME SOCIAL

Debate sobre utilização dos banheiros também já acontece
Travestis e transexuais poderão usar seus nomes sociais nas escolas públicas da rede estadual do Rio Grande do Sul. A resolução, do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT), foi publicada no dia 12 de março, no Diário Oficial da União.

Conforme o projeto, o nome social será usado nas listas de chamada, nos diários de classe, formulários, matrículas e avaliações. O nome civil, aquele que consta dos documentos, ficará restrito aos documentos externos, como transferência e histórico escolar.

Estudantes menores de 18 anos poderão utilizar o nome social sem a necessidade de apresentar autorização de seus responsáveis, conforme a resolução.

De acordo com o Diretor de Combate a Opressões da União Gaúcha dos Estudantes (UGES), Ismael Boeira, esse é um grande avanço para a comunidade “T”. “A escola como meio transformador da sociedade tem papel importante na contribuição no combate ao  preconceito, respeitar a opção do próximo é um grande passo para a construção de uma sociedade mais humana”, afirma Boeira​.

​Segundo o diretor da UGES, fornecer aos transexuais e à​s travestis a possibilidade de utilizarem seu nome social diminui a evasão escolar e fornece melhores perspectivas para essas minorias. “Quando a escola respeita essa diferença ela planta a semente do respeito e ajuda as pessoas trans a serem respeitadas dentro da comunidade escolar prevenindo assim a evasão escolar e oportunizando um novo olhar a essas pessoas”, diz ​o secundarista

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (SES), logo após a publicação da resolução nº 12 do CNCD/LGBT, o Estado discutiu e adotou o nome social dentro das instituições.

 VESTIÁRIOS
 
A resolução da CNCD/LGBT determina que seja garantido banheiros e vestiários de acordo com a identidade de gênero de cada um e no caso de instituições que exigem uniforme, o estudante poderá escolher qual tipo usar.

O debate sobre a utilização dos banheiros segue em andamento no estado, mas ainda não há conclusão sobre como proceder. Já o caso dos uniformes ainda não foi mencionado. Vale ressaltar que a resolução é apenas uma recomendação da União.

Fonte -  Da Redação, com Zero Hora.
 

domingo, 24 de maio de 2015

CARTILHA: 15 PONTOS PARA MUDAR A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Por uma escola sem catracas

A UBES  lança a cartilha ‘Por uma Escola sem Catracas’, aonde lista 15 pontos para mudar a educação do nosso país. Em um momento em que a democracia brasileira e as conquistas sociais dos últimos anos se encontram ameaçadas, mais do que nunca a nossa luta por um país soberano e democrático está conectada à educação libertária, pública e de qualidade para todas e todos. Infelizmente, o sistema de ensino no Brasil ainda é marcado pelo conservadorismo, reproduzindo conceitos e valores elitistas que desconsideram a cultura nacional.

Os currículos que temos hoje nas escolas não dialogam com a nossa realidade e com as necessidades do país, distantes de um projeto de desenvolvimento que encare a inovação tecnológica e científica como prioridade e instigue a reflexão e a elaboração do pensamento. A desvalorização dos professores e a falta de estrutura física limitam e diminuem a qualidade de ensino e a motivação da comunidade escolar;

Queremos uma escola para o nosso tempo, com formação humanística, democracia interna, acesso às tecnologias e novas mídias. Uma escola que viabilize a organização dos estudantes, ofereça esporte, cultura e valorize as aptidões de cada um, capacitando a juventude para ser, cada vez mais, protagonista de um novo projeto de país.

Fonte: UBES

JORNADA NACIONAL DE LUTAS PELO ENSINO TÉCNICO

Em fevereiro, a UBES lançou a Jornada de Lutas do Ensino Técnico, para mobilizar os milhões de estudantes das escolas profissionalizantes, colégios, institutos e centros espalhados pelo Brasil.

O país retomou recentemente os investimentos nessa área, fundamental para o desenvolvimento nacional soberano e forte. Os estudantes querem mais qualidade para o ensino técnico, infraestrutura e mais assistência estudantil.

A UBES está do lado do Brasil, da sua indústria, do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, apostando no crescimento do país. Ao contrário daqueles que querem privatizar a mais importante empresa brasileira, a Petrobras, a UBES quer é fortalecê-la. Os secundaristas fizeram parte da campanha “O Petróleo é Nosso”, na década de 1950, e continuam lutando pelo nosso progresso.

Foi esse espírito que levou a UBES a conquistar também, junto com o movimento educacional, a aprovação do Plano Nacional de Educação, com 10% do PIB investidos nesse setor e os recursos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal para o ensino do país.

Queremos mais desenvolvimento, mais estrutura para as escolas técnicas, mais amor, menos ódio, mais diversidade e combate aos preconceitos. Vamos também lutar pelo futuro do país, pelos avanços e contra os retrocessos daqueles que querem um golpe sobre nossas instituições.

Junte a sua turma e organize na sua escola atividades como reuniões, encontros e debates. Vale também promover apresentações de peças de teatro, bandas, ler poesia, fazer intervenções culturais.

O importante é mostrar que queremos:

1. Criação do plano nacional de assistência estudantil para o ensino técnico!
2. Passe-livre Irrestrito para todos estudantes brasileiros
3. Regulamentação da meia-entrada em todo o país
4. Auxílio material didático,
5. Biblioteca on-line para os alunos das escolas técnicas
6. Restaurante estudantil em todas as escolas
7. Creches para as mães estudantes
8. Qualidade no transporte público
9. Conclusão das obras inacabadas
10. Espaços poliesportivos nas escolas e institutos

Fonte: UBES

III FÓRUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA ACONTECE NO RECIFE (PE)

A UBES levará debate secundarista sobre o ensino técnico brasileiro. Inscreva-se para participar

Com o tema “Diversidade, cidadania e inovação”, entre os dias 26 e 29 de maio, acontece no Recife (PE) a terceira edição do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT 2015). O evento faz parte de um movimento pelo direito universal à educação, reunindo instituições, entidades e associações de todo o planeta.

Assim como nas edições anteriores, o FMEPT 2015 é construído coletivamente por cerca de 150 instituições, entre elas, escolas técnicas e institutos federais. A UBES, que no último período realizou o seu 13º Encontro Nacional de Escolas Técnicas, o ENET, também participará do Fórum e já compõe o Comitê Organizador.

“Saímos do ENET vitoriosos após reunir mais de 1.700 lideranças estudantis que debateram e discutiram a realidade da educação técnica em todo Brasil. Com esse raio-x sobre a modalidade de ensino, a meta é levar essa experiência para espaços como o FMEPT e somar resultados para avaliar os próximos passos que o país precisa dar na área que muito tem contribuído para profissionalização do povo brasileiro”, comentou o diretor de Escolas Técnicas da UBES, Fellipe Matias.

O Fórum será realizado no Centro de Convenções de Pernambuco. São esperados 20 mil participantes para programação que incluirá conferências, debates, palestras, observatórios internacionais, além da Feira de Economia SolidáriaFeira do LivroMostra de Inovação Tecnológica e Atividades Culturais relacionadas à temática.

INSCRIÇÕES ABERTAS

As inscrições no evento já estão abertas para modalidade de ouvinte. Estudantes, profissionais da educação também podem participar, cadastrando-se gratuitamente aqui. A programação completa do evento e demais informações podem ser acessadas no site oficial: http://www.fmept.org/pt/

Fonte: UBES

POR UMA REFORMA POLÍTICA DEMOCRÁTICA

Coalizão mobiliza parlamentares. Votação do relatório acontece na próxima semana

Nesta quarta-feira (20), a Coalizão pela Reforma Política e Eleições Limpas entregou ao Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha mais de 700 mil assinaturas em prol do projeto de lei de iniciativa popular de Reforma Política a favor da democracia.

Mais de 700 mil brasileiros estão clamando por uma política realmente democrática, com menos corrupção e com mais representação social. “A sociedade brasileira possui hoje forte e legítima expectativa de que a Reforma Política seja positiva para o país. A frustração social com o parlamento, por inúmeras circunstâncias em curso, é extremamente ruim para a cultura democrática da nação”, afirma a deputada Maria do Rosário (PT), em sua página oficial no Facebook.

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados votará uma proposta de reforma política na próxima segunda-feira, 25 de maio, no plenário. A UBES e mais de cem entidades que compõe a Coalizão acreditam que o relatório que está em votação precisa ser alterado, pois o documento constitucionaliza a corrupção por meio do financiamento empresarial de campanha, com cláusula de barreira, dificultando partidos menores de lançar candidaturas, entre outras coisas.

De acordo com a presidenta da UBES, Bárbara Melo, a Reforma Política é necessária para que a população possa intervir nos rumos do país. “É importante que gente como a gente possa se candidatar, intervindo nas decisões políticas do nosso país. É necessário por fim ao financiamento empresarial de campanha, hoje a empresa que representa pouquíssimas pessoas, mas que tem muito dinheiro tem mais representação o que não é certo, precisamos democratizar o financiamento de campanha”, diz.

ATO PELA REFORMA POLÍTICA

Na manhã desta quarta-feira (20), na Esplanada dos Ministérios em Brasília, as entidades realizaram uma caminhada em busca de sensibilizar os parlamentares sobre o tema. No início da tarde caixas e caixas de assinaturas da proposta foram entregues para o presidente da Câmara. Vários deputados e senadores compareceram para apoiar a iniciativa.

VOCÊ SABE QUEM ANDA BANCANDO AS ELEIÇÕES?

Apenas 19 grupos empresariais no país. Nas últimas eleições apenas uma empresa elegeu 100 deputados federais, outra 360 deputadas estaduais. A coleta de assinaturas da Coalizão pela Reforma Política e Eleições Limpas continua. Para aderir ao Projeto de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, acesse: www.reformapoliticademocratica.org.br.

Da Redação. UBES

NOVA CRUZ/RN: GRUPO DE CAPOEIRA BOA VONTADE - CBV APROVA ESTATUTO E ELEGE SUA 1ª DIRETORIA

 Membros do CBV - Nova Cruz/RN após aprovação dos estatutos

 EDUARDO VASCONCELOS - Presidente do CPC/RN e CPC DA ANE/RN lendo o Estatuto do CBV - NOVA CRUZ/RN

 Momento da Aprovação dos Estatutos do Grupo de Capoeira Boa Vontade - CBV
Na última sexta-feira, 22 reunido em Assembleia Geral em sua sede, o Grupo de Capoeira Boa Vontade - CBV - Nova Cruz/RN aprovaram seu estatuto e elegeram sua 1ª Diretoria,que tem a frente o professor Geraldo Santos.

O presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN e Centro Popular de Cultura - CPC DA ANE/RN, Eduardo Vasconcelos foi quem coordenador a assembleia.

O CBV tiveram várias reuniões onde discutiram propostas de estatuto e publicação no Diário Oficial do Estado do Edital de Convocação da referida assembleia.

Para Eduardo as entidades CPC/RN e CPC DA ANE/RN cumpre o seu papel que de orientar, organizar e legalizar toda entidade cultural para que elas possam elaborar projetos e em sua legalidade firmar convênios com instituições  como Poder Executivo, Legislativo, Autarquias e Empresas Privadas, sempre da defesa da Cultura Popular Brasileira, resgatando assim suas raízes.

Geraldo Santos eleito presidente agradeceu a todos a confiança e prometeu expandir a capoeira em todas as localidades do município de Nova Cruz, principalmente dentro da escolas, fazendo com que as mesmas conheçam, entenda e valorize os costumes afrodescendentes.  Geraldo também agradeceu ao EduardoVasconcelos pela força e dedicação dada desde os primeiros passos para que o Grupo de Capoeira BoaVontade viesse a ser legalizada.  Agora é só registrar em cartório e Receita Federal.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Entidades repudiam agressões sofridas pela deputada Jandira Feghali

Mais uma vez a Câmara dos Deputados é palco de agressões machistas e incitação à violência contra mulheres. Na última sexta-feira (08), durante a votação das MP’s 664 e 665 à Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) foi agredida fisicamente pelo Deputado Federal Roberto Freire (PPS-SP) que a agarrou pelo braço. Em seguida agredida e ameaçada verbalmente pelo Deputado Alberto Fragra (DEM-DF) apoiando e incitando a violência contra a mulher afirmou: ” Mulher que participa da política e bate como homem, deve apanhar como homem!”. Fragra, que apoia a violência contra a mulher é o mesmo que defende arduamente a Redução da Maioridade Penal.

É inadmissível que a violência contra a mulher e o machismo sejam reproduzidos no espaço que deveria combatê-los. A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil, uma em cada quatro brasileiras é vítima de violência doméstica. A violência sofrida por Jandira é a mesma que atinge várias brasileiras dentro das suas casas, na rua, dentro do transporte público, no trabalho. Os elevados índices de violência contra a mulher envergonham nosso país. Estamos entre os 7 países que mais matam no mulheres no mundo!

As mulheres são maioria do eleitorado. Mas, ainda estão sub-representadas, sendo menos de 10% do Congresso Nacional. Apenas 51 mulheres foram eleitas para a Câmara dos Deputados de um total de 413 Deputados. Deputada Jandira Feghali está entre elas. Foi relatora da Lei Maria da Penha e é a única mulher líder de um partido na Câmara dos Deputados.

As recorrentes cenas de machismo, retrocesso de direitos como a Redução da Maioridade Penal e a aprovação do PL 4330, é fruto do Congresso Nacional mais conservador desde 1964. E, só reafirma a necessidade imediata de uma Reforma Política Democrática que crie condições e amplie a participação política das mulheres. O parlamento é majoritariamente hetero, branco e masculino, um ambiente hostil para as mulheres que lutam contra toda forma de opressão e em defesa da democracia. Ontem, a vítima foi a Deputada Maria do Rosário, hoje Deputada Jandira Feghali, antes delas outras. Até quando dentro e fora do parlamento as mulheres continuarão a mercê do machismo? A violência contra a mulher não é o Brasil que a gente quer!

Toda solidariedade a Deputada Jandira Feghali, que nos orgulha com sua luta incansável pelos direitos das mulheres, da juventude, dos trabalhadores e em defesa de um Brasil democrático, soberano e desenvolvido. “Não pense, Deputado Alberto Fragra que firmeza, coragem e destemor são características masculinas, são características das mulheres. Desde a dor do parto até a luta política concreta!” Afirmou, Jandira. A força de Jandira nos encoraja à seguir lutando!

Os movimentos sociais exigem justiça, a violência contra a mulher não pode ficar impune!

Machistas não passarão!
 #LuteComoMulher
#ReformaPolíticaJá
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES)
União Brasileira de Mulheres (UBM)
União da Juventude Socialista (UJS)
Marcha Mundial das Mulheres (MMM)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
União de Negros pela Liberdade (Unegro)
Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Barão de Itararé São Paulo
Fora do Eixo
Levante Popular da Juventude
Liga do Funk

DISTRITAL, DISTRITÃO, LISTA ABERTA: ENTENDA AS PROPOSTAS DE MUDANÇAS PARA A ELEIÇÃO DE DEPUTADOS E VEREADORES

Para professor da UFMG, uma mídia mais livre e plural é pré-requisito para qualquer mudança eleitoral

No Brasil, uma série de reformas está em disputa no Congresso Nacional e na sociedade com o objetivo de combater o problema da corrupção, construir um cenário político com mais participação popular e transparência. Entre os destaques está a Reforma Política Democrática, proposta de iniciativa popular que tem fomentado diversas iniciativas e debates.

A forma como os brasileiros elegem seus representantes ​nos parlamentos municipais, estaduais e federal ​tem sido​ muito​ discutida. No dia 22 de abril, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o projeto de lei do senador José Serra (PSDB-SP) que institui o voto distrital para eleição dos vereadores.

O texto estabelece que municípios com mais de 200 mil eleitores sejam divididos em distritos de acordo com o número de cargos na Câmara Municipal. Na prática, passaria a ser eleito apenas o candidato mais votado em cada distrito, sendo que cada bairro elegeria apenas um vereador.

Hoje, tanto para vereadores como para deputados, a eleição é feita pelo sistema proporcional de votação, no qual os votos válidos vão para o partido ou coligação. É o número total dos votos de cada agremiação que define a quantidade de vagas a que a legenda terá direito

A UBES defende a manutenção do sistema proporcional, desde que a lista aberta seja substituída pela lista fechada, através da qual o partido apresenta previamente a lista ordenada dos seus candidatos. Priorizando a disputa de ideias no processo de eleição e fortalecendo a consolidação da democracia, o ponto defendido pelos estudantes faz parte da Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, movimento encabeçado também pelas entidade estudantis, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Paralelamente, outras propostas estão em discussão no cenário brasileiro. Há o voto distrital misto (PEC 10/1995), de autoria do então deputado, Adhemar de Barros Filho (PPB-SP). Na proposta, os eleitores teriam direito a dois votos: um para candidatos no distrito, com contagem através dos votos majoritários, e um para o partido, através do sistema proporcional em todo o estado. A regra do voto distrital também pode ​ter a forma do “distritão” (PEC 54/2007),proposto pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ) e defendida pelo PMDB, que sugere a divisão dos estados para a eleição de deputados.

O professor Paulo Victor de Melo, do Departamento de Ciência Política da UFMG​ afirma que os políticos devem tomar cuidado com o ‘experimentismo’ na hora de fazer uma mudança no sistema eleitoral brasileiro.  ​
UBES: Em meio ao incessante pedido da sociedade civil pela Reforma Política, o Senado aprovou o projeto do voto distrital. O que pode mudar na hora de eleger os vereadores de um município?

PROFESSOR: A principal vantagem que os defensores do voto distrital propagam é a possibilidade de “controle” mais próximo do eleitor devido à existência de maiores e melhores canais de comunicação com seus representantes. Na verdade, o que precisamos é de uma mídia mais plural e livre, capaz de retratar todo o contexto da nossa realidade. A possibilidade de acesso às fontes de informações diferentes e plurais é um dos pré-requisitos para uma melhor democracia.

UBES: Se aprovado, o voto distrital muda o sistema atual de eleição proporcional e passa a ser majoritário — elegendo-se o candidato com maior número de votos. Os políticos que defendem minorias ou categorias profissionais não correriam o risco de desaparecer?

Devemos destacar neste caso os problemas: o voto distrital tende a favorecer máquinas locais de eleição e dificultar o acesso de minorias às cadeiras legislativas.  A desvantagem que mais salta aos olhos é a desproporcionalidade entre os votos e as cadeiras conquistadas por um partido. Na ultima eleição para vereadores na cidade de São Paulo, por exemplo, o candidato mais votado em um único bairro obteve apenas 11% da votação. Caso esse padrão se repetisse em uma eleição distrital, o vereador que obtivesse 11% dos votos desse distrito seria o eleito, ou seja, 89% dos eleitores não teriam votado neste vereador.

UBES: Mudar a maneira como elegemos nossos representantes daria alguma chance de tratar um dos problemas do sistema eleitoral brasileiro: o financiamento das empresas a campanhas políticas?

 PROFESSOR: O problema é a forma como o financiamento ​empresarial da campanha é feito no Brasil. Acredito que a melhor forma seria colocar um teto nominal [onde empresas não podem doar além do percentual e do valor estipulado]. A política é uma arena de influências da sociedade e empresas, todavia, o peso do interesse não pode ser diferente em uma democracia.

UBES: Fala-se também em voto distrital misto e até mesmo em “distritão”, que expande a proposta para esfera executiva. O que o senhor acha?

PROFESSOR: Como disse o professor Jairo Nicolau, cada cientista político possui a sua reforma política de estimação. Eu tendo a acreditar que cada partido e cada político também. Acredito que devemos entender os prós e contras de cada um desses formatos e a partir daí pensar qual seria o melhor modelo para ser aplicado ao Brasil. Possuímos todos os exemplos teóricos e reais para pautar a nossa analise. Devemos tomar cuidado apenas com o “experimentismo”. Mudanças em regras eleitorais modificam todo o sistema político. É necessário se informar e pensar nas características brasileiras. A aplicação dos modelos internacionais sem pensar as características da nossa sociedade, política e cultural influenciarão no resultado da reforma política.

Paulo Victor Melo – Doutorando em Ciência Política no Programa de Pós Graduação em Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerias (PPGCP-UFMG) e membro do Grupo Opinião Pública, Marketing Político e Comportamento Eleitoral.

Suevelin Cinti, da Redação.

terça-feira, 12 de maio de 2015

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sexta-feira, 8 de maio de 2015

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Seu curso e sua habilitação em BOAS MÃOS!

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Inscreva-se no 54º Congresso da UNE

Continua aberta a inscrição online para o 54º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Até o dia 29/5, o preço será de R$ 75. Depois dessa data, a taxa sobe para R$ 150 e não serão mais aceitas inscrições virtuais, sendo que o cadastro só poderá ser feito pessoalmente no dia do Congresso.
O 54º Congresso da UNE será realizado em Goiânia (GO), no cento-oeste do país, entre os dias 3 e 7 de junho de 2015. Sob o tema #emdefesadademocracia, jovens de todas as regiões vão se encontrar para discutir a conjuntura, os rumos das lutas do movimento estudantil em defesa da educação e eleger a nova diretoria e presidente da entidade.

As atividades do Congresso da UNE incluem debates, oficinas, grupos de discussão além de atividades culturais organizadas pelo Circuito Universitário de Cultura e Arte, o CUCA.

 FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Acesse o site inscricao.congressodaune.org.br, preencha os dados, anexe os documentos obrigatórios e siga os passos do formulário. Você será avisado de todo o andamento do processo via e-mail até a sua inscrição ser concluída. Caso tenha dúvida em relação ao pagamento, envie e-mail para: pagamento.54congressoune@gmail.com.

A organização do 54º Conune orienta os estudantes a realizarem antecipadamente a inscrição para que possam garantir o desconto e evitar possíveis filas caso seja feita pessoalmente no dia do evento.
O pagamento da taxa dará ao inscrito direito à participação em todas as atividades do 54º Congresso da UNE, como debates, palestras, atos políticos, grupos de discussão e intervenções culturais.
O inscrito também tem direito ao alojamento, que será feito em escolas e universidades, alimentação (café, almoço e jantar) e ao translado interno de ônibus apenas entre o alojamento e o local onde estará ocorrendo o congresso. Atenção! A inscrição não inclui transporte da cidade do participante até a cidade sede do Congresso.

ISENÇÃO DA TAXA

Neste ano, de forma inédita e com objetivo de democratizar o acesso dos estudantes ao principal fórum do movimento estudantil brasileiro, a diretoria da UNE aprovou a isenção da taxa de inscrição para os estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni), contratantes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além dos que ingressaram na universidade por meio da política de cotas e os bolsistas de programas institucionais. Atenção! A inscrição com a isenção da taxa só será aceita até o dia 29 de maio de 2015. Fonte: UNE


CONHEÇA A HISTÓRIA DA UNE


Acervo digital traz fotos e jornais históricos. Veja tudo sobre a resistência da entidade e dos estudantes à ditadura

Quem quer compreender a história da UNE — patrimônio maior da entidade — tem rumo certo na seção Memória, um espaço de resgate dos momentos marcantes do movimento estudantil no Brasil.
A narrativa da trajetória da UNE começa em sua criação, na década de 1930, já na luta contra a ascensão do nazi-fascismo. Aborda o combate ao Estado Novo de Getúlio Vargas e o apoio às reformas de base de João Goulart. Passa pela resistência à ditadura, pelas lutas por democracia, pela explosão dos “caras-pintadas” e pelas manifestações de 2013 que tomaram o país.

Um conteúdo inédito são os perfis de todos os presidentes da história da UNE, com detalhes sobre a contribuição de figuras históricas como Honestino Guimarães e Aldo Arantes, e de rostos conhecidos como os políticos Aldo Rebelo, Lindberg Farias, Orlando Silva e Gustavo Petta.

Há um arquivo em construção com publicações, fotos documentos históricos da entidade. Você pode contribuir para a elaboração deste acervo online: basta acessar a página de “Doações” e saber como ajudar.

A histórica sede da UNE na Praia do Flamengo, 132, recebe uma atenção especial: com fotos e vídeos, a seção escreve a história do prédio que pertenceu ao tradicional Clube Germânia e que viria ser destruído pela repressão militar, assim como a jornada de reconstrução do edifício a partir de um projeto doado por Oscar Niemeyer.

Está disponível ainda o link para uma página especial feita em memória aos 50 anos do golpe militar de 1964, uma lição para nunca ser esquecida.

Entrará também no ar, em breve, uma linha do tempo completa com os principais acontecimentos da memória da UNE e vídeos históricos.

Fonte: UNE

EM ASSEMBLEIA, PROFESSORES DA APEOESP DECIDEM CONTINUAR GREVE

Paralisação entra no 49ª dia e nova assembleia está marcada para 8 de maio

Um dia após a fatídica “quarta-feira sangrenta”, quando cerca de 200 pessoas ficaram feridas em Curitiba (PR), os professores da rede pública estadual de São Paulo prestaram solidariedade ao colegas agredidos durante assembleia da Apeoesp realizada no vão livre do Masp, na avenida Paulista.

A assembleia do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) decidiu também pela continuidade da greve, que nesta quinta entrou no seu 49º dia.  Uma nova assembleia está marcada para o próximo dia 8 de maio, também no Masp.

Para a presidenta da UBES, Barbara Melo, que esteve presente ao ato, essa não é uma paralisação só dos professores porque é uma greve também pela melhoria da estrutura nas escolas. “Por isso, os estudantes apoiam incondicionalmente a greve. Nos, estudantes, vemos diariamente as péssimas condições das salas de aula. E também estamos aqui hoje repudiando a truculência dos governos tucanos que não respeitam as manifestações democráticas e pacíficas”, pontuou.
barbara
SAL + SALÁRIO
Depois, uma grande marcha tomou conta da avenida, desceu a rua da consolação e adentrou o centro da cidade até a Praça da república, terminando com um ato irreverente: os professor portavam pacotes de sal e fizeram uma parede com o tal cloreto de sódio em frente à Secretária da Educação do Estado de São Paulo.

“Isso é uma analogia à lentidão do secretário Herman Voorwald para negociar e atender às reivindicações dos professores. É uma irresponsabilidade o que eles estão fazendo com os nossos salários. É uma referência à época em que os salários eram pagos com punhados de sal. Por isso, construímos essa parede de sal, para chamar a atenção dele e da sociedade”, explicou o professor de História, Carlos Siqueira.

Deflagrada no dia 13 março, os professores da rede estadual de ensino de São Paulo tem realizado assembleias semanais e tentado diálogo com o governo sem sucesso. O chefe de Estado tucano só reconheceu a greve após um mês e paralisação e a última reunião com o secretário de Educação não houve entendimento devido à falta de proposta do representante do governo. Os docentes reivindicam aumento salarial de 75,33%, melhores condições de trabalho e o fim da superlotação nas salas de aula.

O governador Geraldo Alckmin deslegitimou a paralisação dos professores durante um evento esta semana. A União Estadual de Estudantes de  São Paulo (UEE-SP) repudiou as declarações do chefe de Estado. “São inaceitáveis as declarações do Governador Geraldo Alckmin, alegando que a adesão é baixa, bancada por partido político e de que os professores já ganham o suficiente”, declarou em nota a entidade.
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Rafael Minoro