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domingo, 22 de fevereiro de 2015

MOVIMENTOS PREPARAM TRIBUNAL POPULAR DA ÀGUA

Julgamento acontecerá no dia 20 de março, em busca dos responsáveis pela penalização das populações mais pobres com a falta desse recurso natural
A crise hídrica que está se acirrando em algumas regiões do Brasil, especialmente o Sudeste, é explicada diariamente pelos jornais da chamada grande mídia como uma crise de falta de chuvas. De fato, o volume de precipitação nessas localidades tem sido menor do que o esperado, mas não é isso que fecha a conta. Movimentos sociais, trabalhadores, associações de moradores, ambientalistas querem esclarecer: quem realmente são os responsáveis pela crise? 
A questão será amplamente debatida no próximo dia 20 de março, com a realização do “Tribunal Popular da Água”, um grande júri que avaliará o papel dos governos no modelo de gestão da água, a influência do poder econômico no setor, a omissão com obras e medidas de garantia do abastecimento humano, como ocorreu no estado de São Paulo, do governador Geraldo Alckmin. 
A iniciativa está sendo desenvolvida pelo Coletivo de Luta pela Água, criado em 20 de janeiro por dez entidades que buscam evitar a penalização exclusiva da população pobre das grandes cidades com o racionamento desse recurso. Um dos pontos defendidos pelo grupo é a decretação imediata do estado de calamidade para que seja priorizado o atendimento humanitário, principalmente aos mais atingidos e vulneráveis com a crise hídrica. 
“O que precisamos fazer é o pedido de interrupção, na Sabesp, de todas as medidas que não priorizem o abastecimento para a população. A questão dos contratos que a Sabesp tem com empresas como shopping centers, por exemplo. Se não for para abastecer a população, pediremos a suspensão desses instrumentos”, declarou Adi Lima, presidente da CUT. 
COBERTURA COLABORATIVA
Multiplicar e diversificar os olhares sobre a falta de água para além dos meios de comunicação tradicionais. Esse foi o objetivo que reuniu coletivos independentes de jornalismo, fotógrafos, videomakers e outros comunicadores no projeto “A Conta Da Água”. Trata-se de um processo colaborativo de apuração e divulgação de informações e notícias sobre a crise. 
O trabalho também visa favorecer a democratização do acesso à riqueza hídrica. Entre os grupos participantes estão a Mídia Ninja, o jornal Brasil de Fato, a Revista Fórum e o Centro de Estudos Barão de Itararé. 
Com informações de Brasil de Fato
Fonte: UNE

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