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segunda-feira, 31 de julho de 2017

O Sinpro deseja à categoria um bom retorno às aulas e boas lutas

A Diretoria Colegiada do Sinpro deseja a todos(as) os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais um bom retorno às aulas. Embora tenha sido breve, o recesso escolar trouxe um importante momento...
Por Eduardo Gustavo 

A Diretoria Colegiada do Sinpro deseja a todos(as) os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais um bom retorno às aulas. Embora tenha sido breve, o recesso escolar trouxe um importante momento de descanso para a categoria, que tanto lutou no primeiro semestre pelo respeito aos seus direitos. Agora, no retorno às salas de aula, enfrenta talvez o maior dos desafios de 2017: impedir a aprovação da reforma da Previdência.
A partir de agosto, teremos grandes lutas pela frente e a classe trabalhadora, organizada pelos sindicatos, pela CUT e pela CNTE, tem como principal meta impedir o avanço da agenda de retrocessos imposta pelo governo Temer. E a aprovação da reforma da Previdência, que vai a plenário na Câmara dos Deputados sob o nome de Emenda Constitucional nº 287-A, é a principal dessas lutas.
Os(as) companheiros(as) devem ficar atentos(as) às convocações que serão feitas pelo Sinpro, CUT e CNTE para que, organizados com outros trabalhadores de todo o Brasil, possamos impedir o fim da previdência social da forma como conhecemos hoje.
Fonte> SINPRO-DF

A dura e emocionante história de Diva Guimarães é a história do Brasil. Por Carlos Fernandes

Por
 Carlos Fernandes
 
Algumas coisas exigem coragem para ser ditas. Outras, sentimento.
Diva Guimarães, uma mulher negra, de origem pobre, neta de escravos e aguerrida professora, nos mostrou que para sua história ser contada, ambos, coragem e sentimento, são necessários, à exaustão.
Ocorreu na Feira Literária Internacional de Paraty, mas precisamente no debate cujo tema era “A pele que habito”, sobre o racismo.
Longe de querer romantizar essa tragédia diária que é o preconceito e a discriminação racial, Diva expôs, sem dó nem piedade, para uma plateia predominantemente branca, todas as vísceras da hipocrisia histórica brasileira que ela tanto sentiu na pele, pela cor de sua pele.
Preterida pela sociedade desde sempre, a filha de lavandeira contou a todos que para sobreviver foi preciso amadurecer a partir dos 6 anos. Cruelmente apartada de sua infância, a revolta e a rebeldia ditavam os seus passos.
Inconformada com a marginalidade social que a religião, seus dogmas e suas “verdades” a impunham, Diva ousou cometer a maior desobediência social que um pobre pode vislumbrar para afrontar o Estado: Diva quis estudar.
Determinada a não perpetuar a sina de seus antepassados, a neta de escravos lutou, e ainda luta, para que as senzalas de nossa época, veladas ou não, sejam todas abolidas.
Considerada uma subversiva na escola que lecionou por encorajar crianças negras a serem melhores, Diva simplesmente se recusa a desistir. Nas suas palavras:
Estudo até hoje porque eu quero raciocinar, eu quero saber o que estou lendo, eu quero saber o que está acontecendo com o meu país, eu quero saber o que está acontecendo comigo”.
É lindo.
Diva criou um pacto indissolúvel com a educação. Sabe que não existe outro caminho senão pelo conhecimento. Reivindica a plenos pulmões não só o seu lugar ao sol, mas o lugar ao sol de todos os negros, índios e LGBT’s que sofrem com o preconceito.
Singela, humilde e dona de uma estrutura física frágil, não sei se Diva faz ideia do poder que emana de suas palavras. Nos poucos minutos que durou o seu depoimento, uma chama de liberdade e esperança por um mundo mais justo ecoou por todo o país.
Na FLIP que homenageia o escritor Lima Barreto, outro importante subversivo de nossa literatura também de origem negra, a lição que a professora Diva Guimarães nos deu impõe a nossa obrigação de lutar incansavelmente pela dignidade humana.
Também não podemos desistir.
Em nome de todos que se emocionaram com a sua incrível história, apenas uma coisa a dizer:
Obrigado, querida professora.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br

domingo, 30 de julho de 2017

FASUBRA e SINTEST/RN defendem ações conjuntas por orçamento nas IFES e abertura de negociação com o MEC no conselho de reitores


A Federação propõe à direção da Andifes, que será eleita no Conselho Pleno, uma reunião urgente para tratar dessas iniciativas junto à sociedade e ao parlamento.

A FASUBRA Sindical participou da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), nesta quinta-feira, 27, em Natal-RN. Representaram a Federação os coordenadores Rogério Marzola, André Gonçalves e Roberto Machado. Também acompanharam o evento Aparecida Dantas, Felipe Tavares e Pedro Neto, representantes do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior (SINTEST/RN) e trabalhadores da base da entidade.

Na ocasião, a FASUBRA fez uma intervenção em defesa das instituições públicas de ensino superior e por abertura de negociação por parte do governo, da pauta de reivindicações dos trabalhadores técnico-administrativos em educação.
Crise nas IFES
A situação crítica das instituições federais de ensino superior (IFES), devido à redução do custeio e financiamento compromete o funcionamento das instituições até o final do ano, marcou a posição da Federação. “Ações articuladas e convergentes são necessárias para a construção de uma ampla frente em defesa das IFES, e de seu caráter público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado”.

Para a representação da FASUBRA, "estão em marcha uma série de políticas de Estado, direcionadas para o fim de repasses orçamentários do Tesouro, como denota o caráter supressivo do orçamento, dos recursos que sejam provenientes de captação própria das IFES. Além da redução orçamentária brutal que se tornará referência por meio da EC 95/16, acarretando demissões de terceirizados”.

PDV e redução de jornada e salários
A Medida Provisória 792/17, que trata do Programa de Demissão Voluntária (PDV) com a redução de jornada e salário, colocada como política permanente acentua a crise, regulamentado ano a ano os quantitativos de demissões almejados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A Federação propõe à direção da Andifes, que será eleita no Conselho Pleno, uma reunião urgente para tratar dessas iniciativas junto à sociedade e ao parlamento.

Paralisação dia 02 e articulações entre Fasubra e Reitorias
A FASUBRA oficializou a Paralisação Nacional da Categoria no próximo dia 02 de agosto, combinando o eixo de defesa orçamentária com a necessidade de estabelecer o processo negocial entre Fasubra e Ministério da Educação (MEC).
Segundo os coordenadores, as manifestações ocorrerão por todo o país. “É fundamental o apoio institucional e a manifestação dos reitores diante das reivindicações apresentadas pelos técnico-administrativos em educação, exigindo o estabelecimento de agenda negocial com o MEC”, afirmou a representação da FASUBRA.

Exoneração de sindicalistas
Na ocasião, a FASUBRA destacou que não são aceitáveis conflitos em que gestores promovam a exoneração de sindicalistas. “É necessário que a Andifes e reitores das Instituições busquem reestabelecer relações de trabalho saudáveis e a readmissão dos servidores”.


Extinção da Unila
Na reunião, a Federação manifestou profunda indignação e disposição de impulsionar a resistência contra o processo intervencionista em curso na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Por meio de MP, a instituição pode ter seu caráter de universidade de integração regional e autonomia completamente destruídos.

“Após as afirmações, houve uma calorosa manifestação de apoio dos reitores e reitoras presentes, demonstrando o quanto essa atitude arbitrária revoltou a comunidade acadêmica a nível nacional”, afirmou a representação da FASUBRA.

A FASUBRA aguarda a definição da nova diretoria da Andifes, que será eleita neste fim de semana, para definir uma agenda de reuniões. A Federação entregou um ofício a Andifes, que aborda os temas apresentados pelos coordenadores e estabelece uma proposta de discussões com os gestores das IFES.

Assessoria de Comunicação FASUBRA Sindical
Direção Nacional FASUBRA Sindical

Fórum de Chefes lança nota de repúdio ao processo de desmantelamento vivido pela UERN


O Fórum dos Chefes de Departamento e Coordenadores de Curso de Graduação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte lançou, na tarde de ontem (27), uma dura nota condenando a política de desmantelamento da universidade promovida pelo Governo Robinson Faria e os reiterados atrasos salariais, que há 18 meses afligem professores e técnicos da instituição.  A nota também cobrou posição pública da Reitoria acerca da crise. Confira a nota na íntegra 
NOTA DE REPÚDIO
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) participa, há 49 anos, do processo de formação de profissionais comprometidos com o desenvolvimento econômico, social, cultural, técnico-científico e político do estado.
A UERN desenvolve estudos e projetos de extensão que respondem às grandes questões e problemáticas enfrentadas pelo povo potiguar nesses quase 50 anos, atendendo, dada sua capilaridade no interior, aos filhos das famílias mais necessitadas e/ou afastadas dos centros urbanos polos do estado, além de atuar de forma expressiva na capital.
A UERN transforma pessoas, muda vidas, semeia esperança e colhe frutos junto com a população potiguar dinamizando a economia na capital, e mais notadamente no interior, como também forma profissionais para atuarem no mercado de trabalho, especialmente na administração pública, participando diretamente do processo de profissionalização do serviço público.
A UERN desenvolve ensino, pesquisa e extensão assim como promove eventos que retroalimentam, preservam e difundem a cultura potiguar, nordestina e nacional.
Entretanto, às vésperas do seu jubileu de ouro, a UERN vive uma crise sem precedentes, resultado da falta de atenção e compromisso do Governo do Estado, que nega educação de qualidade ao povo potiguar. A ausência de novos investimentos, associada à retenção de repasses dos recursos financeiros da universidade, tem posto a UERN na situação de constante “pires na mão”, mendigando aquilo que lhe é de direito.
Um exemplo desta realidade é o atraso e o parcelamento dos salários dos professores e técnicos que vêm ocorrendo há 19 meses, sem contar o tratamento discriminatório dado aos servidores da UERN em relação aos demais servidores da Educação.
Diante deste contexto, o Fórum dos Chefes e Coordenadores de Curso vem a público externar seu repúdio a essa política de desconstrução da UERN, patrimônio do povo potiguar. Ao mesmo tempo, exige que a administração da Universidade rompa o silêncio e a passividade, reagindo de maneira favorável e imediata em defesa dos(as) servidores da UERN e dos(as) estudantes.
Mossoró, 27 de julho de 2017
Fórum dos Chefes de Departamento e Coordenadores de Curso de Graduação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Movimento docente, direitos humanos e cultura sindical na pauta do 3º dia do XVIII Encontro Nacional do PROIFES

Movimento docente, direitos humanos e cultura sindical na pauta do 3º dia do XVIII Encontro Nacional do PROIFES

Participantes do XII Encontro Nacional do Proifes-Federação abordaram nesta sexta-feira (28) o tema “Os desafios do Movimento Docente”, com amplo debate sobre direitos humanos, gênero, cenário político, pesquisa, direitos trabalhistas, dentre outros assuntos. A mesa foi conduzida pelo Vice-Presidente do PROIFES-Federação e presidente do ADUFG-Sindicato, Flávio Alves da Silva, e por Socorro Coelho, do SINDPROIFES-PA.
O professor Cluvio Soares Terceiro (ADUFRGS) abriu as discussões falando sobre direitos sociais e trabalhistas. O docente discorreu sobre a necessidade da construção de uma proposta coletiva para debater os direitos da criança e dos pais. Em seguida, as professoras Luciene Fernandes (UFBA) e Matilde Alzeni dos Santos (ADUFSCar) falaram sobre as mulheres no movimento docente e no movimento sindical. Luciene destacou que “apesar dos avanços, ainda existe um processo de exclusão e marginalização das mulheres” e que as mulheres permanecem em minoria nos sindicatos e não ocupam cargos de destaque.
Leopoldina Menezes (UFBA) continuou o debate apresentando o registro histórico do Grupo de Trabalho (GT) Direitos Humanos: raça/etnicidade, gênero e sexualidades do Proifes Federação. A docente destacou o GT como espaço de efetivação da discussão e enfatizou a necessidade de uma nova cultura sindical de superação do racismo, sexismo, misoginia, homofobia e de exclusões. O professor Gil Vicente (ADUFSCar) abordou a questão de gênero entre associados do seu sindicato e apresentou uma análise na qual a disparidade na ascensão na carreira entre homens e mulheres é acentuada.
O professor Ênio Pontes (Adufc Sindicato) apresentou dados sobre “O cenário político, a Educação e a Pesquisa científica no Brasil” e ressaltou os impactos da instabilidade política associado à educação pelo qual passa o país. Segundo o professor, houve redução de 44% dos investimentos no setor de ciência e tecnologia e, embora o Brasil tenha uma “condição muito boa de posicionamento na América Latina, falta apoio para financiamento da pesquisa, com burocracias nas agências de fomento, dificuldades para aprovar projeto junto ao governo, cortes elevados nas verbas destinadas à pesquisa”. O corte de investimentos na área foi “muito grave e a única maneira de diminuir o impacto desses cortes, no curto prazo, seria retomar os investimentos nas universidades públicas e institutos de pesquisa”, disse o professor.
No mesmo tema, o professor (Apub) Ricardo carvalho destacou a necessidade de “amadurecimento das nossas intervenções. Muito recentemente que o movimento sindical começou a aceitar a questão das bolsas de produtividade”. O docente falou das relações da produção cientifica com o ensino, destacando que o “ambiente de pesquisa no Brasil foi criado lá pelos anos, inclusive as maneiras de avaliação e de desenvolvimento”. “Quando falamos em pesquisa estamos falando de soberania no domínio tecnológico, de democracia e de desenvolvimento popular também”, afirmou.
A professora Ana Christina Kratz (Adufg sindicato) trouxe para o debate um artigo escrito em conjunto com o professor Peter Fischer (Adufg Sindicato) sobre “O desafio da negociação em tempos de crise”. Em sua fala, a docente ressaltou que há muita expectativa na negociação e que é preciso chamar atenção para essa expectativa. “Muita gente está mais interessada em conquistas do que na luta. Nós aqui temos a percepção de que a luta é muito importante, e é. Mas se olharmos nos nossos sindicatos teremos a impressão de que a gente sempre conversa entre nós, temos dificuldade de fazer uma discussão da luta com muitos professores”.
Ana Christina Kratz enfatizou a “necessidade imperiosa de usar os meios de consulta para entender o que chamaria essas pessoas para a luta” e a importância de melhorar a qualidade da reinvindicação. “Temos reivindicações políticas e não podemos mudar. Temos que saber: quais as reais negociações, quais são essas reivindicações? Acabamos de falar na necessidade de dinheiro para a pesquisa, precisamos conhecer o Congresso Nacional, buscar, diálogo com nossos representantes, pensando na pluralidade partidária, usar uma linguagem para a base”, concluiu.
Na mesma linha de raciocínio, o professor Nivaldo Parizotto (UFSCar) falou do desafio de criar e manter o debate sobre os desafios da luta sindical. O professor chamou atenção da plateia para a necessidade de um novo sindicalismo, com aceitação das mídias sociais, com aceitação da votação eletrônica como instrumento de integralização do processo decisório, tornando sempre e reafirmando que isso é nos dias atuais o exercício pleno da democracia”.
“Programa de transição para o Brasil” foi o tema apresentado por Otávio Bezerra Sampaio (Sindiedutec). O professor apontou como fundamental a existência de sindicatos combativos, lideranças comprometidas com o projeto de libertação da classe trabalhadora e a organização dos sindicatos de base, dentre outros temas. Por último, encerrando a discussão do tema, a docente Rosângela de Oliveira (Sindiedutec) apontou a importância e também necessidade de ampliar e dar visibilidade às discussões realizadas no evento e propôs uma formação política docente ampliada e embasada a partir das discussões do XIII Encontro Nacional do Proifes-Federação.
As propostas dos professores e professoras foram votadas pelos delegados e delegadas presentes no Encontro. As decisões serão submetidas ao Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação, em reunião que acontece no próximo domingo, 30. O XIII Encontro Nacional do PROIFES segue neste sábado, dia 29, com debates sobre “Os impactos das reformas do Estado na Educação Brasileira”.
Tema 02 – Os desafios do movimento docente
1.       Os desafios do movimento docente - o papel das mulheres - Luciene da Cruz Fernandes e Matilde Alzeni dos Santos
2.       GT Direitos Humanos – Leopoldina Menezes
3.       O desafio da negociação em tempos de crise – Ana Christina Kratz e Peter Fischer
4.       Os desafios do movimento docente – Nivaldo Parizotto
5.       Os desafios do movimento docente – rosangela de Oliveira e Adnilra Sandeski
6.       Prematuridade, maternidade e paternidade – Direitos Humanos, Sociais e Trabalhistas – Cluvio Soares Terceiro
7.       Programa de transição para o brasil – Otávio bezerra Sampaio
8.       O cenário político, a Educação e a Pesquisa Científica no brasil – Ênio Pontes
9.       Presença de negros/negras no corpo docente da UFBA – Angela brito, Sílvia Ferreira e Leopoldina Menezes
10.   Tese para a política em ciências, tecnologia e inovação do PROIFES – Ricardo carvalho
11.   Questões de gênero entre os filiados à ADUFSCAR – Gil Vicente
Fonte: PROIFES-Federação
Fotos: Barbara Zaiden / ADUFG-Sindicato

ESPORTE: Intercampi: inscrições para os jogos dos servidores vão até a sexta, 14/7.

Intercampi: inscrições para os jogos dos servidores vão até a sexta, 14/7.

Depois do sucesso nos Jogos Intercampi dos alunos, é a vez dos servidores mostrarem suas habilidades no esporte. As inscrições podem ser realizadas através do SUAP até o próximo dia 14 de julho.
Os Jogos Intercampi dos Servidores IFRN, é realização da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (COASS) e acontecem de 10 a 13 de agosto, no Campus Natal-Central, contando com 8 modalidades: futsal, basquete, voleibol, queimada (apenas para mulheres), atletismo, natação, xadrez e tênis de mesa. 
Os interessados devem se inscrever pelo SUAP.
Fonte: IFRN

sábado, 29 de julho de 2017

O que acontece na Venezuela? – Parte

venezuela 2

Nas últimas semanas publicamos as duas primeiras partes do especial “O que acontece na Venezuela?”, nessa terceira parte, apresentamos algumas sugestões de leituras para seguirmos tentando compreender melhor de que forma o imperialismo age para desestabilizar a democracia do país vizinho, assim como, como a resistência é construída por lá.
Para abrir nossa série de textos relacionados ao tema, apresentamos a primeira parte do nosso especial, que contou com entrevistas exclusivas do diretor de relações internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho e do jornalista Rodrigo Vianna. A matéria está disponível no link a seguir:
Já na segunda parte do especial do especial do site da Venezuela, conversamos com o secretário de juventude do PCdoB e ex-presidente da UJS, André Tokarski, que acabava de voltar de Caracas, onde participou do  15° Congresso do Partido Comunista da Venezuela. Tokarski nos apresentou suas expressões sobre a situação atual da Venezuela e publicamos no link abaixo…
A terceira indicação da nossa compilação foi produzida pelos jornalistas Leonardo Fernandes e Jônatas Campos e publicada no Brasil de Fato. Trata-se de uma explanação sobre o clima venezuelano às portas da votação, que ocorrerá neste domingo (30), e elegerá os 545 deputados constituintes responsáveis por redigir a nova Constituição do país. Segue o link…
Publicada ontem no site Opera Mundi, a matéria abaixo apresenta as últimas declarações de Maduro sobre a votação que acontece no próximo final de semana, o presidente venezuelano, entre outras coisas, pede aos opositores que deixem de lado o “caminho insurrecional” e voltem seu foco para a Constituição, pedindo antes do início do pleito a instalação de uma “mesa de diálogo, acordo nacional e reconciliação da pátria”. Confira o texto completo no link a seguir:
Por último, fechando a terceira parte do nosso especial “O que acontece na Venezuela?”, um artigo escrito por Mário Augusto Jakobskin, que aborda a forma como a mídia hegemônica, do Brasil à Venezuela, promove uma campanha sistemática contra o governo democrático da Venezuela e contra o projeto bolivariano. Leia no link abaixo:

Entrevista especial #UNE80anos: A Cultura que nos UNE

Camila Ribeiro, coordenadora do Cuca da UNE fala sobre a importância da cultura para organização estudantil

por Cristiane Tada.
O site da UNE programou uma série de entrevistas em comemoração aos 80 anos da entidade que representa 7 milhões de estudantes. Em nossa primeira entrevista a estudante da Uniso, Camila Ribeiro, coordenadora geral do Circuito Universitário de Cultura e Arte, o Cuca da UNE, fala sobre a importância da cultura desde os primórdios da fundação da entidade, passando pelo Centro Popular de Cultura (CPC) na década de 60 até a edição das Bienais.
Confira a entrevista. É só soltar o play!

Entrevista de Cristiane Tada, Vídeo e edição de Yuri Salvador.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Sem dinheiro, universidades federais demitem terceirizados, reduzem consumo, cortam bolsas e paralisam obras

Por Alessandra Modzeleski, Luiza Tenente e Vanessa Fajardo, G1, Brasília e São Paulo

A Federal do ES colocou detentos para limpar o campus; a de Santa Maria demitiu 43% dos seguranças; a da Paraíba tem 42 obras paradas. Sindicato diz que, mesmo com contenção, verba das universidades só dura até setembro

Representantes de universidades e de trabalhadores do ensino superior afirmam que o impacto do corte de gastos imposto pelo Ministério da Educação (MEC) já muda a rotina de campi pelo país, e que muitas instituições só têm dinheiro para custeio até setembro. Cortes em diferentes setores, demissões de terceirizados e busca por parcerias viraram estratégia para fugir das dívidas (veja, abaixo, exemplos de medidas tomadas pelas universidades).

O "custeio" das universidades representa os gastos como contas de luz, água, manutenção e pagamento de funcionários terceirizados. Por lei, não são despesas obrigatórias para o governo e, por isso, estão sujeitas a cortes, caso haja contingenciamento. Também pode sofrer cortes a verba de despessas de "capital", ou "expansão e reestruturação", ou seja, as obras realizadas nos prédios das instituições.

Neste ano, o contingenciamento foi anunciado pelo governo federal em março, e atingiu R$ 3,6 bilhões de despesas diretas do Ministério da Educação (além de R$ 700 milhões em emendas parlamentares para a área de educação). Em nota enviada ao G1, o MEC deu detalhes sobre como esse contingenciamento afetou as universidades e institutos federais considerando os gastos de funcionamento das instituições e de obras. Levando em conta o total previsto no orçamento de 2017 para essas duas despesas, o corte foi de 15% do orçamento para o custeio e de 40% da verba para as obras. . A pasta explicou ainda que esse corte não é definitivo.

A situação fez com que as universidades e institutos apertassem ainda mais os gastos, já que o orçamento para essas duas despesas em 2017 já era entre 8,1% e 31,1% menor do que o de 2016 (compare nas tabelas abaixo):

Orçamento das universidades federais

2016
2017
Diferença
Gastos de funcionamento
R$ 5,211 bilhões
R$ 4,733 bilhões
-9,2%
Gastos com obras
R$ 1,630 bilhão
R$ 1,123 bilhão
-31,1%

Orçamento dos institutos federais
2016
2017
Diferença
Gastos de funcionamento
R$ 2,058 bilhões
R$ 1,892 bilhão
-8,1%
Gastos com obras
R$ 285,2 milhões
R$ 257,4 milhões
-9,8%

Fonte: Orçamento federal

Verba cobre gastos até setembro, diz sindicato

O Sindicato Nacional dos Docentes (Andes) diz que os reitores das universidades federais relatam que o dinheiro proveniente dos recursos federais para despesa e manutenção será suficiente somente até o mês de setembro. Para tentar contornar o problema, renegociações de contratos e outras economias básicas se tornaram prioridade, segundo explica o professor Jacob Paiva, secretário do Andes.

“Em muitos lugares os funcionários terceirizados foram demitidos e as universidade estão quase inviáveis. Como funcionar sem ter alguém que faça a limpeza ou que faça a segurança” - Jacob Paiva, secretário do Andes

Segundo Paiva, as instituições não conseguem reverter o acúmulo de um possível saldo devedor com pequenas ações. “Como, por exemplo, com campanhas de uso racional de energia elétrica como fez a Universidade Federal do Amazonas. Mas de qualquer forma a economia é muito pequena.”
Jacob Paiva é contrário à cobrança de cursos de qualquer finalidade por parte de instituições públicas e rebate a crítica de que não falta dinheiro, e sim, eficácia na gestão dos recursos. "Há um controle da gestão, sempre dá para aprimorar, mas o problema é a diminuição de recursos em um contexto de expansão. Há precarização e diminuição da qualidade do trabalho." Como solução, a Andes defende a aplicação de 10% do PIB na educação exclusivamente em instituições públicas.

Detentos na limpeza dos prédios

O pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Anilton Salles, afirma que a instituição firmou parceria com a secretaria estadual de Justiça para que até 150 presos atuem na limpeza do campus. A Ufes começou este mês com 20 detentos atuando no setor.

Renegociação de contrato com terceirizados

A maioria das universidades consome a maior parte dos recursos de custeio com o pagamento de serviços terceirizados, como limpeza e segurança. Na UnB, 75% dos orçamentos é para terceirizados. Em praticamente todas as instituições há relatos de diminuição dos serviços, e em algumas já foram praticadas demissões de funcionários.

UnB já demitiu 134 trabalhadores da limpeza, 14 jardineiros, 37 da manutenção, 22 da garagem, 32 vigilantes, 62 das portarias e 8 da copa.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), dos 129 vigilantes da instituição, 56 já foram demitidos. Já a reitoria da UFPel demitiu 50 funcionários e extinguiu 30% das bolsas de pesquisa e de extensão.
Detentos na limpeza dos prédios

O pró-reitor de Planejamento da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Anilton Salles, afirma que a instituição firmou parceria com a secretaria estadual de Justiça para que até 150 presos atuem na limpeza do campus. A Ufes começou este mês com 20 detentos atuando no setor.

Mato alto e falta de limpeza eram reclamações de frequentadores da Ufes (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Renegociação de contrato com terceirizados

A maioria das universidades consome a maior parte dos recursos de custeio com o pagamento de serviços terceirizados, como limpeza e segurança. Na UnB , 75% dos orçamentos é para terceirizados. Em praticamente todas as instituições há relatos de diminuição dos serviços, e em algumas já foram praticadas demissões de funcionários.

UnB já demitiu 134 trabalhadores da limpeza, 14 jardineiros, 37 da manutenção, 22 da garagem, 32 vigilantes, 62 das portarias e 8 da copa.

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), dos 129 vigilantes da instituição, 56 já foram demitidos. Já a reitoria da UFPel  demitiu 50 funcionários e extinguiu 30% das bolsas de pesquisa e de extensão.

Controle de gastos com laboratórios, telefone, água e luz

Na Universidade Federal do Paraná (UFPR), uma das formas de contornar a falta de verba foi trocando lâmpadas menos eficientes por mais modernas, de LED. Além disso, a ordem geral é para redução de gastos de custeio, diminuindo o uso de papel, água, telefone e energia elétrica em geral.

Na Universidade Federal do Piauí (UFPI)) já há reclamação por falta de insumos nos laboratórios da graduação.

Na Universidade Federal de Pelotas (UFPel)), o reitor Pedro Rodrigues Curi Hallal afirma que já há dificuldade para quitação de boletos básicos. "Afora a absoluta insuficiência da verba de capital, estamos tendo dificuldades quanto ao pagamento das contas regulares da universidade, especialmente as que dizem respeito aos serviços terceirizados e às despesas com energia elétrica, água e telefone", disse.
Cartazes espalhados pelo campus Darcy Ribeiro contra a demissão de terceirizados (Foto: Arquivo Pessoal)

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) critica o contingenciamento, mas busca sobretudo avançar na economia de energia. A instituição, que, em junho, sofreu com o corte do fornecimento de energia elétrica , lançou uma campanha interna para reduzir 25% do consumo. "Logramos redução significativa em gastos com limpeza e segurança, mas ainda não conseguimos reduzir a nossa maior conta: o gasto com energia elétrica", afirmou a UFRJ em nota.

Paralisação de obras

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) afirma que tem 42 obras paradas , algumas já desde 2013. E que a estimativa é que somente um aporte de R$ 20 milhões exclusivamente para esse fim poderia garantir a retomada dos projetos.


A Universidade Federal do Acre (Ufac) é uma das instituições onde os administradores apontam que até obras de manutenção dos campi e investimento em infraestrutura prejudicados.
Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) (Foto: Krystine Carneiro/G1)

Fonte: G1