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quinta-feira, 31 de maio de 2018

5 motivos porque a UNE é contra a intervenção militar

Entenda ponto a ponto os motivos da entidade rechaçar um governo de militares no país

A ideia de que uma intervenção militar poderia trazer melhorias para o país e acabar com qualquer vestígio de corrupção tem corrido solta por aí. Pedidos de retorno dos militares assustam aqueles que entendem o significado de tortura e cerceamento das liberdades.
Desde a sua criação, a União Nacional dos Estudantes tem lutado pela democracia. Mobilizada e contestadora, a UNE foi o primeiro alvo da ditadura militar que ao tomar o poder em 1964 metralhou, invadiu e incendiou sua sede, na Praia do Flamengo 132, na noite de 30 de março para 1º de Abril. Logo após o regime retirou legalmente a representatividade da entidade, que passou a atuar na legalidade.
Mesmo com diversos percalços os estudantes sempre estiveram do lado certo da história: do lado da liberdade política, da livre manifestação do pensamento e da luta por direitos iguais para todos e todas no Brasil.
Separamos cinco pontos para você entender ainda mais porque a UNE é contra a intervenção. Confira:

INTERVENÇÃO É DITADURA

Uma intervenção militar no país não seria neutra politicamente. O exército não é uma instituição neutra. Como a história nos ensina, uma intervenção viria acompanhada de supressão de direitos e censuras.

INTERVENÇÃO NÃO ACABA COM A CORRUPÇÃO

O problema da corrupção existe dentro de qualquer governo, seja ele democrático ou autoritário. Por isso, resolver tais problemas dentro de uma democracia, sem a remoção de liberdades e direitos fundamentais é mais eficiente e transparente para todos e todas. Numa ditadura militar não haveria espaço para questionamentos de qualquer espécie.

RESPEITO AO VOTO

Numa democracia os votos dos cidadãos e cidadãs valem muito. Votar e escolher o seu representante é parte fundamental para mudar os rumos do país. É o poder de escolha nas mãos do povo.

RESPEITO AOS DIREITOS HUMANOS

Em 2014, depois de dois anos e sete meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) confirmou em seu relatório 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura militar no país. Entre essas pessoas, 210 são desaparecidas. Igualmente, o relatório da Comissão da Verdade da UNE listou a morte e o desaparecimento de 85 estudantes, entre eles o presidente da entidade Honestino Guimarães, Helenira Rezende e Alexandre Vannuchi Leme. Relatos de torturas e agressões também estão presentes. Rechaçar a intervenção é respeitar o direito à vida.

ISOLAMENTO ECONÔMICO

A Organização das Nações Unidas (ONU), através do Fundo de Democracia das Nações Unidas (UNDEF) e do Conselho de Segurança repudia publicamente atitudes anti-democráticas ou ditatoriais, o que poderia isolar o Brasil internacionalmente e trazendo consequências devastadoras para a economia.
Fonte: UNE

Para estudantes, preço do combustível é questão de soberania


Jovens foram às ruas pedir outra política de preços e, como nos anos 1940, Petrobrás soberana: “O petróleo do Brasil deve servir ao nosso povo”.

Para contornar reivindicação de caminhoneiros que paralisaram o Brasil na última semana, o governo Temer isentou alguns impostos do diesel dos condutores por 60 dias. A juventude e os movimentos sociais foram às ruas nesta sexta (30/5) para dizer que esta não é a solução.

Em discursos acompanhados por milhares de pessoas na avenida Paulista, em São Paulo, lideranças lembraram que o aumento de preço do gás de cozinha e da gasolina também prejudica a população e que o caminho é mudar a política da Petrobrás adotada pelo atual presidente da empresa, Pedro Parente. “Fora Parente” foi a principal palavra de ordem.

Organizado pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, o Dia Nacional de Luta Pela Redução do Preço do Gás e Combustível se somou a uma greve dos petroleiros de 72 horas e teve atos da juventude por todo o Brasil. (veja fotos)

O que os estudantes têm a ver com isso?
Em discurso na avenida Paulista, o presidente da UBES Pedro Gorki lembrou que a juventude defende a Petrobrás desde que ela foi criada. A própria criação da estatal é uma conquista da década de 1940, graças à campanha “O Petróleo É Nosso”. Nos últimos anos, os jovens lutaram também pelos royalties do pré-sal para a educação e saúde:
“Nossa defesa é da Petrobrás e do petróleo para o povo brasileiro. Por uma política nacional para os preços do petróleo, contra a privatização e principalmente pela soberania estratégica do nosso país”.
Pedro Gorki, presidente da UBES, na av. Paulista, repudiou pedidos por intervenção militar (Foto: Vangli Figueiredo/ CIRCUS da UBES)

Gorki também fez questão de dizer que intervenção militar jamais será uma alternativa para os problemas: “O problema do petróleo, o problema da corrupção, o problema do estado brasileiro se resolve com mais participação popular”.

“Cadê os royalties do pré-sal para a educação que nós aprovamos?”, perguntou Marianna Dias, presidenta da UNE. “Pela primeira vez o Brasil conseguiu que suas riquezas fossem revertidas em direitos, e os golpistas tentam nos impedir. A Petrobrás precisa estar à serviço do povo”, afirmou ela.

Pedro Gorki e Marianna Dias, da UNE: “Cadê os royalties do pré-sal para a educação?” (Foto: Karla Boughoff/ CUCA da UNE)

Por que os combustíveis estão caros?


Julho de 2017: Pedro Parente, presidente da Petrobrás escolhido por Temer, anuncia que preços da Petrobrás devem variar conforme mercado internacional. A direção da empresa afirmou: “Isso permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará a companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”. O problema foi quando o preço do combustível aumentou, mas a população brasileira não recebe em dólar.
Além disso, os petroleiros que entraram em greve de 72 horas nesta sexta afirmam que a Petrobrás tem produzido apenas 70% da sua capacidade e importado 30% de gasolina, principalmente dos Estados Unidos. Desde maio eles vêm criticando a gestão da Petrobrás. Entre as reivindicações, pedem o fim das importações de combustíveis e derivados de petróleo, a saída de Pedro Paren te da presidência e que não sejam vendidas quatro refinarias da estatal. (Saiba mais).

“O petroleiro sabe que essa política de alinhamento de preços do diesel, da gasolina e do gás de cozinha ao preço internacional é bom para uma empresa capitalista, mas é ruim para o povo brasileiro”, diz Simão Zanardi, da FUP (Federação Única dos Petroleiros).
Foto destaque: Vangli Figueiredo/ CIRCUS da UBES
Fonte: UBES

Se o Sieeesp não assinar, os professores vão parar

A assembleia aprovou proposta negociada com o Sieeesp
e não aceita recuo do sindicato patronal

Numa assembleia histórica realizada no SinproSP, dia 29/05, mais de 3 mil professores aprovaram proposta que prevê a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva por um ano, reajuste de 3% e participação nos lucros ou resultados de 15%.
Esta é a proposta negociada e é a proposta que tem que ser assinada. É inaceitável que o Sieeesp venha a público dizer inverdades, desqualificar o processo de negociação e tomar decisões antes mesmo de ouvir a sua assembleia.
Por este motivo, mais do que nunca é fundamental manter a mobilização, reforçar o estado de greve e ampliar a participação na próxima assembleia no SinproSP, dia 06, às 18h.
Na terça-feira, dia 05, será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) uma audiência do nosso dissídio coletivo. Por isso, o SinproSP está convocando os professores para se reunirem num ato de protesto contra o Sieeesp na frente do TRT, às 13h.

Fonte: SINPRO SP

domingo, 27 de maio de 2018

2º ENUEESP sintetiza urgências e lutas da população negra

2º ENUEESP sintetiza urgências e lutas da população negra

Um grande encontro de jovens estudantes, negros e negras, dispondo de muita energia e força para lutar contra o racismo na sociedade e na universidade. Foi assim o 2º ENUEESP, que levou centenas de pessoas para Araras, no interior de SP., nesse último final de semana, entre os dias 18 e 20 de maio. Somado a isso, o local escolhido para sediá-lo traduz a resistência a que se propôs o evento.O Sítio Quilombo Anastácia foi constituído como um assentamento rural na cidade desde os anos 70. No local também co- existe o terreiro Ilê Axé Yansã.

O debate que abriu oficialmente o Encontro, trouxe à tona o tema "O Negro e Negra no Projeto Nacional", com a participação na mesa de Rafael Pinto,  ogan Pejigan do local , coordenador Estadual do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira-Cenarab/Conen e Danilo Morais, sociólogo e professor da UniAraras.

Consenso no debate, ser um negro e universitário é revolucionário e a universidade como centro do projeto nacional deve valorizar a história, autores e intelectuais negros. 

"O projeto nacional deve levar em conta a maioria da população e os negros são a maioria. Não é o que acontece, nem nunca aconteceu. A questão racial é central no país e tem relação direta com a luta de classes. Para pôr fim a esse processo desigual no país, é preciso se organizar coletivamente. Ascensão individual não funciona para transformar. E encontros como esse são como universidades na produção de conhecimento",  disse Rafael.

Para Danilo a saída para colocar o negro em destaque nas políticas sociais e econômicas requerem teoria. "Não há prática revolucionária, sem teoria revolucionária. Mas não vai surgir um teórico e apontar as saídas! Essas ideais vêm da base e responder à questão de como construir uma movimento de resistência e emancipação dos negros", avaliou o sociólogo.

GRUPOS DEBATES E DE TRABALHO

Pela tarde, diversas painéis simultâneos de debates rolaram no local.  Cultura, desafios e permanência e racismo religioso organizaram uma linha de ação  dentro dos temas, e os debates sobre segurança pública, mulheres negras,lgbts, saúde e trabalho trouxeram grandes contribuições para a atual conjuntura.

O painel sobre racismo religioso trouxe o fotógrafo Roger Cipó, que falou sobre a  intolerância às religiões de matrizes africanas. " Não se trata de um preconceito contra uma ideia, um conceito religioso, é uma aversão, uma violência a tudo que vem de uma gênese negra.  O candomblé é marginalizado e invisibilizado, porque nasce do protagonismo de negros e negras. É necessário fomentar esse debate em locais de produção de conhecimento, como a universidade, para também recriar as narrativas, avaliou Roger.

No debate sobre mulheres, que lotou o espaço, Priscila Santos, especialista em políticas públicas em gênero e raça, falou sobre a luta das negras é muito anterior ao nome " feminismo"."Nas organizações de resistência, os quilombos, as mulheres já rompiam  desigualdades de gênero e o patriarcado".

Para Maria das Neves, coordenadora da UBM, é preciso assegurar que o projeto antipopular do atual governo não continue no poder. " Nós somos resistência. Mulheres, não tenham medo de serem negras e devemos derrotar essas estruturas  que colocam a mulher em um segundo plano."

 Marcos Paulo Silva, diretor de combate ao Racismo da UEE-SP, avaliou que o encontro da entidade trouxe as experiências de cada um na universidade e diálogo com as experiências históricas de resistências. "Conseguimos ressignificar muitos dos nossos símbolos históricos, e entendemos quais os nossos desafios para o próximo período e, assim, organizar uma rede de estudantes, coletivos e iniciativas negras para fortalecer nossa intervenção política  e nos manter forte para acabar com o racismo e a exclusão da população negra".

No final do segundo dia foi lido um documento que sintetiza os diversos debates e apontamentos realizados durante o encontro foi lido. Esse documento traz diversas reivindicações e ações que devem nortear a luta dos estudantes no próximo período.

A deputada estadual Leci Brandão  acompanhou a leitura do documento. "Esse é o momento da juventude negra colocar em prática o que foi discutido no evento.Que seja feito algo para acabar com esse racismo na sociedade, que mata e exclui os negros. Estou cansada do que foi feito lá atrás", avaliou a deputada.

A UEE-SP divulgará o documento na íntegra aprovado nos próximos dias nas redes e no site, e detalhes  sobre as rodas simultâneas.

Programação Cultural

Durante os dias o Encontro contou com apresentações culturais. No sábado, dia 19.05, o Samba do Pé Vermêio botou todo mundo para dançar em uma apresentação contagiante.
Fechando o  evento a cantora Bia Ferreira, trouxe toda sua resistência em voz e violão e a slammer Kimani fez sua poesia emocionar e levantar a galera.

Para acrescentar, Leci cantou em uma roda de samba no improviso, que surpreendeu a todos.

No sábado também aconteceu o lançamento do livro "Frantz Fanon - um revolucionário particularmente negro", do escrito Deivison Faustino.
O autor, que é professor de UNIFESP e doutor em sociologia, fez uma verdadeira aula sobre o psiquiatra e filósofo, com uma didática diferente, que prendeu a atenção de todos os participantes.

Em entrevista à UEE-SP, Deivison, ele explica que a obra traz a biografia do autor e comenta seus textos, livros e reflexões. " Até hoje não existe no Brasil um livro sobre suas contribuições. Os processos revolucionários precisam de um entendimento de que mundo estamos, para pensar em rupturas possíveis. O que acontece que muitas teorias ignoram o racismo e a contribuição de intelectuais e pensadores negros e impactam a leitura da realidade. Fanon faz essa provocação de que não há como entender o capitalismo, sem olhar para o racismo". 

Fonte: UNE

Greve estudantil na UFMT continua apesar de suspensão do aumento do RU

Estudantes querem garantir que valor da refeição no próximo ano não seja abusivo
Os estudantes da a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) permanecem em greve e com o calendário de aulas suspenso. Em mobilização unida 4 campus estão paralisados desde Abril contra a tentativa de aumento em 5 vezes mais no preço do Restaurante Universitário. No último dia 15 de Maio a Reitoria da instituição suspendeu o reajuste – de R$1 para R$5 –  no valor do RU até dezembro de 2018, uma grande vitória para o movimento estudantil. “Apesar suspensão até Dezembro nós estudantes precisamos de garantias para um grupo de trabalho que possa construir a nova política a partir de 2019”, destacou Juarez Franco, estudante de História e representante do DCE do campus da capital.
Os estudantes estão tentando entrar em um acordo sobre como será o diálogo da construção de uma nova política dentro da comissão. Como, por exemplo, quem vai compor a comissão, se vai partir do Consuni (Conselho Universitário) ou não. Nesta quinta-feira (24/05) aconteceu uma primeira discussão em conjunto com a reitora e todos os campi paralisados em greve por videoconferência. Sem acordo ainda, uma nova reunião foi marcada para terça-feira (29/5). “A partir daí vamos tomar uma posicionamento de sair da greve. Precisamos conseguir garantir que a nova política não seja novamente em 2019 aplicada com um valor que não condiz com a nossa realidade, então queremos uma comissão bem estruturada que tenha condições de elaborar uma política que consiga manter o RU a R$1 ou pelo menos com um preço de acordo com os estudantes da UFMT”, explicou Juarez.
Para os estudantes a questão não é apenas sobre o aumento das refeições, mas também uma luta contra o desmonte da educação pública e por assistência estudantil. O RU é uma das principais políticas de assistência e permanência na UFMT.
Fonte: UNE

UNE Volante debate desigualdade, violência e bolsa família na UFRJ

 por Alexandre de Melo.
Debatedores acreditam que as áreas mais afetadas pelo golpe como áreas sociais são importantes para combate a pobreza
Nesta quinta-feira (24), a UNE Volante promoveu o debate “Desigualdade Social no Brasil” no Teatro de Arena da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Participaram do debate Jessy Dayane, Vice-presidente da UNE, Valéria Pero, professora do Instituto de Economia da UFRJ e pesquisadora da área de desigualdade e João Felippe Cury, professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do projeto de extensão “Desigualdade de Renda e Pobreza”.
Professores João Felippe e Valéria Pero da UFRJ. Crédito: Bárbara Marreiros
A desigualdade diminuiu no Brasil. No entanto, temos um problema nas pesquisas domiciliares que subestimam a riqueza total já que não são mensuradas as residências dos mais ricos. O 1% da população mais rica do Brasil segue extremamente rica de forma estável. Os bens públicos de saúde e educação são muito importantes para o combate das desigualdades”, afirma João Felippe.
Já Valéria Pero focou sua fala em dois fatores: a desigualdade de oportunidade e desigualdade no mercado de trabalho. “O investimento que a família faz ou deixa de fazer é determinante para as melhores oportunidades. Já a desigualdade no mercado é causada por uma série de preconceitos salariais. Estou falando do trabalhador que produz a mesma coisa que os demais, mas ganha menos. Por exemplo, a discriminação de gênero quando mulheres ganham menos que homens e a discriminação racial quando negros ganham menos que brancos, entre outros”, afirmou.
A professora da UFRJ também comentou os motivos da queda das desigualdades nos últimos anos. “A desigualdade social no Brasil diminuiu devido aos programas de transferência governamentais de renda como o Bolsa Família, a diminuição da diferença dos salários por aumento da capacitação e os reajustes do salário mínimo, mas ainda temos muito que melhorar”.
Sobre a diminuição das desigualdades no Brasil, Jessy Dayane comenta sua história pessoal como cotista oriunda de família humilde. Crédito: Bárbara Marreiros


VIOLÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

O tema central do debate foi desigualdade, mas não deixou de abordar o tema violência, especialmente pelo momento que a Universidade vem enfrentando. Na última semana foram registrados dois casos de sequestro-relâmpago na UFRJ. Há dois anos o estudante Diego Vieira Machado foi morto e o crime até hoje não foi solucionado.
“A gente precisa de dados robustos para realmente fazer uma correlação ou pensar a causalidade entre desigualdade e violência. Em grande parte ficamos no senso comum imaginando que uma pessoa sem emprego e condições de sobrevivência acaba indo para o crime, mas isso está longe de ser uma regra e realmente não há uma resposta simples para isso, mesmo entre os maiores especialistas de segurança”, disse João Felippe. 
Jessy Dayanne comentou que a Universidade pública está mais democrática por conta da política de cotas implementadas nos últimos anos. Porém, referente as desigualdades de renda, não houve reforma tributária que mexesse com a fortuna dos mais ricos e o golpe inviabiliza um projeto político que pense um plano de desenvolvimento no Brasil.
“A democratização da política também diminui as desigualdades. O sistema político brasileiro é dominados pelo sistema financeiro e pelos mesmos homens brancos e ricos. Precisamos de maior participação popular. Quase não usamos plebiscitos no Brasil. Ninguém ganhou a campanha dizendo que faria reforma trabalhista e que venderia a Petrobras. As decisões precisam passar pela participação popular e que a gente determine o que faremos com nossas riquezas e para onde vamos encaminhar nossas pesquisas. Nós precisamos debater e determinar o país que queremos”, finaliza Jessy.
Os estudantes de economia fizeram intervenções e perguntas sobre equidade de salários, participação da universidade no combate as desigualdades, modelo mais justo de reforma da previdência, a relação entre a geração de emprego e desigualdades e papel emponderado das mulheres que recebem o Bolsa Família.
“A relação entre bolsa família e gênero é muito interessante porque a maioria das famílias são chefiadas por mulheres. Esse empoderamento das mulheres no Bolsa Família é uma pesquisa muito interessante para que o tema seja aprofundado”, comentou Valéria. “O recurso do Bolsa Família na mão das mulheres garante autonomia das mães e, em muitos casos, muda paradigmas de violência contra a mulher”, disse Jessy..
Fonte: UNE

Falsificar carteira de estudante é crime e pode dar cadeia de até 5 anos

Desde 2013 o documento foi padronizado nacionalmente e está mais seguro 

A Polícia Civil de Pato de Minas, em Minas Gerais, desarticulou um esquema de falsificação do documento estudantil na semana passada (15/05) em que os investigadores acreditam que 24 mil carteiras estudantis adulteradas foram feitas para pessoas que estão fora de escolas e cursos.
Estamos em vigilância permanente. Buscamos junto ao Procon e ao Ministério Público combater os falsificadores e toda vez que temos alguma informação sobre isso adotamos as medidas legais para que sejam combatidos. É dever dos estudantes e do movimento estudantil combater os falsificadores de carteira, porque é o direito de toda uma categoria que é atacado”, destacou o tesoureiro da UNE, Ivo Braga sobre o assunto.
Comprar” uma carteira estudantil falsa pode até parecer um delito qualquer, mas é um crime grave.
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais quem usa um documento falsificado comete crime de falsidade ideológica ou uso de documento falso, e até mesmo de estelionato, pode ser presa em flagrante, com pena que varia de dois a cinco anos de prisãoJá quem vende documentos falsos pode responder por falsificação de documento público, com a mesma regra de punição.

O DIREITO NA MÃO DE QUEM TEM DIREITO

Desde 2013, quando a atual Lei da Meia-Entrada (Lei n. 12.933/93) foi promulgada, e concedeu à UNE e outras entidades estudantis a responsabilidade definir o padrão nacional da Carteira de Identificação Estudantil (CIE), a entidade buscou alternativas para que o documento seja seguro e confiável. Essas alternativas vão desde características físicas na CIE até a validação eletrônica do documento.
A Lei foi uma conquista importante, o primeiro diploma legal com validade nacional sobre esse assunto. Foi na prática a institucionalização do direito da meia-entrada, para que todos os estudantes do Brasil possam usufruir de seu direito a pagar 50% do ingresso de forma clara e transparente.
Até então vivíamos uma situação de completa desregulamentação, tínhamos as leis estaduais e a medida provisória 2208/2001 que permitia que qualquer carteira ou comprovante de matrícula emitido por qualquer entidade ou instituição de ensino em tese desse o direito à meia-entrada, no entanto o efeito foi justamento o inverso. Como qualquer papel poderia ser instrumento de obtenção do direito na prática o que aconteceu é que todo mundo comprava meia, a meia virou a inteira e a inteira o dobro. A nova Lei vem para reorganizar e devolver ao estudante o direito de pagar efetivamente 50% do valor cobrado”, explicou Ivo.

QUEM TEM DIREITO?

Todo estudante tem direito ao Documento do Estudante. Ele só precisa estar regularmente matriculado em uma destas modalidades de ensino: infantil, fundamental, médio e técnico, graduação, especialização, mestrado e doutorado, seja no ensino presencial ou a distância.

COMO SOLICITAR A MINHA?

A carteira com identificação padronizada pelas entidades estudantis, UNE, UBES e ANPG garante o direito a pagar meia em todo território nacional em eventos culturais e esportivos. O Documento pode ser adquirido por meio do site www.documentodoestudante.com.br
Fonte: UNE

sexta-feira, 25 de maio de 2018

ENCONTRO DE POLÍTICAS CULTURAIS DO CPC/RN ATINGIRAM SEUS OBJETIVOS, CONFIRAM!


No encerramento todos os participantes receberam CERTIFICAÇÃO do evento
 Foto 1: Pte da Câmara de Nova Cruz, José Evaldo Barbosa na Abertura do EPC do CPC/RN e foto 2: Eduardo Vasconcelos - Pte do CPC/RN, falando da importância do engajamento de todos na luta pela cultura e na defesa dos nosso irmãos índios e negros.
 Prof JOÃO MARIA CAMPOS na abertura do evento e na sala de mídia palestrando para os participantes
 Entrega de brindes após sorteios entre os participantes - diretor do CPC, Washington a participante sorteada
Foto e 1 e 2: Professor Francinaldo Soares e Allan recebendo das mãos dos palestrantes, Verônica e Ivanildo Silva mais um brinde do CPC/RN.
Participantes sorteadas recebendo das mãos do Eduardo Vasconcelos e da palestrante, Verônica Silva mais brindes sorteados
 Os palestrantes/professores: IVANILDO SILVA, VERÔNICA SILVA e JOÃO MARIA CAMPOS, deram literalmente uma aula de conhecimento sobre os nossos irmãos negros e índios.
 Dos trinta convidados, apareceram 25, que participaram ativamente dos debates
 Professores Ivanildo e Verônica Silva
Professora e palestrante, VERÔNICA SILVA

Na abertura do encontro foi cantado por todos os presentes o "HINO "Pra não dizer que falei das FLORES!"

O Encontro de Políticas Públicas Culturais do CPC/RN, realizado hoje (25) no IFRN de Nova Cruz/RN, atingiram suas expectativas, pois dos 30 (trinta) convidados compareceram 25 (vinte e cinco), mas o nível do debate altamente elevado culminou com o sucesso.  Lembrando que vários municípios que iam participar, justificaram a não vinda antecipadamente por causa da greve dos caminhoneiros, que causou a falta de combustível em vários postos, inclusive em alguns interiores do Estado.

Tirando isso o sucesso do encontro foi total. Os temas abordados pelos palestrantes foram além das Políticas Culturais, abordaram as origens e importância dos nossos irmãos negros e índios, além da conjuntura atual. 

A mesa oficial foi composta por Eduardo Vasconcelos, presidente do CPC/RN; José Evaldo Barbosa, presidente da Câmara de Vereadores de Nova Cruz. Allan Dantas, representando o diretor geral do Campus do IFRN de Nova Cruz e João Maria Campos, dirigente do SINTE/RN.O cerimonial ficou a cargo do radialista e professor, Claudio Pereira de Lima.

No final ouve sorteios entre os participantes, agenda para os meses de julho, agosto e novembro do ano em curso, entrega dos certificados e aprovação de eventos para os meses de julho a dezembro do ano em curso. Sendo o próximo evento será na cidade de Baía Formosa (litoral sul) e Natal. Datas a serem definidas em reunião da direção do CPC/RN.

Entidades participantes: CPC/RN, SINTE - Nova Cruz, STRAF-Nova Cruz, Conselho Tutelar de Nova Cruz, Universitários/as da UFRN e UNOPAR.

Apoio: SINTEST/RN, SINTE/RN, SINAI/RN, STRAF-NOVA CRUZ, Rádios Agreste FM e, ADURN, APURN, SINDHOLEIROS/RN, CTB/RN, SENALBA/RN, ADUERN, SINTE - REGIONAL DE NOVA CRUZ, SINTRAMACOMM, IFRN Campus de Nova Cruz,IFRN da Salgado Filho-Natal, UEE/RN, DCEs da UFRN e UERN, PMNC, Secretarias Municipais de Nova Cruz: Educação, Saúde, Administração, Assistência Social, SEBRAE - Nova Cruz, Gráfica Princesa do Agreste,entre outros/as.

Fotos/créditos de Iris, Claudio Lima, Daniele e Eduardo Vasconcelos.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

É AMANHÃ (25)!!! O ENCONTRO DE POLÍTICAS CULTURAIS DO CPC/RN!!! NO IFRN DE NOVA CRUZ/RN!

Contagem regressiva! É nesta sexta-feira (25) 0 ENCONTRO DE POLÍTICAS CULTURAIS DO CPC/RN. O e evento acontecerá no Auditório do IFRN de Nova Cruz/RN. Foram inscritos 60 pessoas, entre artistas culturais e estudantes universitários e profissionalizantes! Os palestrantes JOÃO MARIA CAMPOS e VERÔNICA SILVA, professores habilitados para o tema!  O evento está previsto para iniciar as 8h e 30m. Com Apresentação Cultural, Mesa oficial, debates, parada para o almoço, apresentação cultural, aprovação de propostas e entrega de certificados.

terça-feira, 22 de maio de 2018

‘Não queremos as botas dos Estados Unidos muito menos da Europa, aqui somos soberanos’

Foto Guilherme Imbassahy
Confira o relato de Luiza Lafetá, vice-presidente, diretora de Relações Internacionais da UJS e observadora internacional das eleições presidenciais na Venezuela.

“Dolarização já!”, dizia um outdoor de pelo menos 10 metros no centro de Caracas. A mensagem é de Henri Falcon, candidato á presidência da Venezuela e opositor a Nicolas Maduro. Durante toda campanha Henri mostrou um claro alinhamento aos Estados Unidos como única saída para a crise do país.
Nas primeiras horas de votação uma senhora dizia ao nosso lado “não queremos as botas dos Estados Unidos muito menos da Europa, aqui somos soberanos” em referência às possível ingerência estrangeira caso o candidato oposicionista chegasse à presidência.
A campanha que se iniciou em março de 2018 terminou no final da tarde desse domingo com a vitória de Nicolás Maduro com 65% dos votos. A contundente vitória do atual presidente representa a força do chavismo que através das comunas de bairros e da organização partidária da juventude e dos trabalhadores combateu a desproporcional ofensiva imperialista para manter firme a revolução bolivariana.
Os feitos do chavismo já são conhecidos: a estatização da empresa de petróleo, a universalização do ensino superior e dos serviços de saúde. Mas para quem acompanha a eleição nacional, o que mais impressiona é construção de uma democracia particular. Foram 24 eleições em 19 anos. Apesar do voto facultativo a média de participação eleitoral é de 72% em um universo de 18 milhões de pessoas aptas para votar. A constituição inaugurada por Hugo Chávez em 1999 implementou um sistema que levou os centros de votação para dentro dos bairros, “aqui votamos cedo, porque não precisamos mais pegar transporte para ir votar” dizia um morador do bairro 23 de janeiro que ás 6h da manhã já estava na fila do centro de votação.
Outra característica peculiar é a valorização dos partidos políticos. Em tempos de descrédito dessas instituições, o sistema eleitoral venezuelano garante a eleição dos representantes legislativos em listas fechadas, além de ter a opção do eleitor votar no partido político de sua preferência. Dessa maneira, os partidos da coligação possuem força própria para ampliar a sua presença eleitoral. Os partidos que não possuem nenhum voto tem o prejuízo de não participar das próximas eleições.
O trabalho de base, a organização partidária e o alto investimento político e financeiro no sistema eleitoral se transformaram em um poderoso combustível para o consciência popular. Na Venezuela não está sendo construída uma democracia representativa. Trata-se de uma democracia participativa em que cada voto é valorizado como peça fundamental da soberania nacional. Os ataques que vimos cotidianamente dos grandes meios de comunicação e dos organismos internacionais sobre a realidade Venezuela de fato não chegam nem próximos da realidade que vi aqui. O que vi aqui foi uma gigantesca mobilização popular, antes de mais nada, pelo direito de ser venezuelano e de construir de uma potência democrática.
Foto: Campanha Maduro

Foto: Campanha Maduro
Foto: Campanha Maduro
Foto: Campanha Maduro

Fonte: UJS

UBES divulga identidade visual de seu Seminário Nacional de Educação

Baixe as artes aqui e ajude a UBES a divulgar o evento pelo Brasil


A identidade visual do Seminário Nacional de Educação da UBES, encontro que acontece nos dias 8 e 9 de junho, em São Paulo, foi inspirada na realidade das escolas brasileiras.
“Tendo em mente que este é um espaço de formulação para debater sobre políticas educacionais, realidade das escolas e caminhos possíveis para uma educação pública gratuita e de qualidade, tentamos trazer elementos da escola pública, como os azulejos tão presentes nas cantinas”, explica Maiakovski Pinheiro, designer que assina o conceito da arte deste evento.
As tramas que compõem a identidade visual do Seminário fazem uma alusão aos padrões presentes em diversos azulejos. Essas peças de cerâmica que, sozinhas, não dizem muito, mas agrupadas formam um novo desenho, trazem a noção de coletividade e a mensagem de que “juntos, somos mais fortes”.
E é com esse espírito de conjunto que a UBES pretende, a partir do Seminário, formar e informar os estudantes de todo o país sobre a atual conjuntura e construir com eles caminhos para superar a crise na Educação e edificar uma escola que tenha a cara dos estudantes brasileiros.

Baixe aqui as artes:

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Fonte: UBES