"É uma data de celebração, comemoração, mas também é um dia de luta. Neste ano no Brasil não temos muito a comemorar porque vivemos um golpe recheado de retrocessos. A comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros/Transexuais) é amplamente afetada pela dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, à educação e aos programas sociais", avalia o diretor de Direitos Humanos da CNTE, Christovam Mendonça.
Em celebração ao 17 de maio - Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia, a CNTE lançou neste mês a campanha Escola Sem LGBTfobia, que incluiu a produção de cartaz e jornal mural de sensbilização sobre o tema. O material foi encaminhado para os sindicatos filiados à CNTE e escolas de todo país. "A campanha vem apresentando bastante aceitação. O pessoal da Bahia já está incluindo os cartazes da CNTE no trabalho deles. Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Espírito Santo também já deram retorno positivo", relata Christovam Mendonça.
O cartaz traz a mensagem "Área protegida contra a LGBTfobia", que propõe o desafio para que as escolas desenvolvam ações de combate aos preconceitos que atingem lésbicas, gays, bissexuais e transexuais/transgêneros. Para Christovam Mendonça, esse debate precisa chegar até nas famílias que têm alguma resistência a esse assunto: "Elas podem não estar preparadas para o debate. Mas se não estão, em que momento estarão? Então a escola precisa dialogar com respeito e ser esse espaço democrático, plural e inclusivo. Essa diversidade não pode amedrontar, ela precisa ser motivo de orgulho e valorização".
O jornal mural divulga um editorial que aborda os efeitos do golpe na população LGBT. Além disso, destaca notícias diversas como a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao registro civil (nome) para transexuais e transgêneros nos cartórios; dados sobre os índices de violência contra pessoas LGBTs em 2017 e dicas de leitura infanto-juvenil para trabalhar o tema da diversidade nas famílias.
Fonte: CNTE
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