Páginas

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Diretoria da UNE se reúne nesta segunda (29) para aprovar calendário de lutas

Encontro acontece a partir da 9h, na sede da Apeoesp, no Centro de São Paulo
Por Cristiane Tada
O Brasil passa por um momento conturbado política e economicamente. E é nesse momento que os universitários de todo o país precisam ajudar a guiar os rumos da nação, apontar perspectivas viáveis que priorizem a população mais pobre, trabalhadores, estudantes.
Com esse objetivo, os 86 diretores da UNE, estudantes de universidades de todas as regiões, reúnem-se no dia 29 de fevereiro, a partir das 9h, na sede da Apeoesp, no centro em São Paulo (Praça da República, 282, República).
“Vamos fechar o calendário de ações e campanhas para o segundo semestre envolvendo com unidade os estudantes brasileiros contra o golpe, em defesa da democracia, contra a retirada dos direitos trabalhistas, por mais investimento e pelo pré-sal para a educação”, ressaltou o diretor de Comunicação da UNE, Mateus Weber.
O encontro deve convocar a Jornada de Lutas da Juventude para o mês de Março. A Jornada acontece anualmente, quando entidades juvenis de todos os setores do movimento social unem forças com bandeiras únicas em mobilizações nacionais.
“Vamos partir com tudo contra a sanha entreguista e lutar pelo pré-sal com principal financiador de mais investimentos para a educação. É hora da juventude resistir e não abrir mão nas nossas conquistas”, afirmou Mateus.
Além da defesa da pauta educacional, as manifestações da Jornada devem focar ainda no Fora Cunha, maior símbolo do retrocesso e conservadorismo no nosso Congresso Nacional.
A reunião da diretoria Plena da UNE começa com um debate de conjuntura com Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé; com Ricardo Gebrin, do Consulta Popular; e Wanderson Pinheiro, da Unidade Popular pelo Socialismo.

SERVIÇO:

O que? Reunião diretoria Plena da UNE.
Quando? 29 de fevereiro a partir das 9h.
Onde? APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Praça da República, 282, República – São Paulo)
Fonte: UNE

Aprovação da nova partilha do pré-sal no Senado é retrocesso

Entidades do movimento social consideram a proposta uma afronta à soberania nacional
 
A aprovação do projeto 131/2015 no Senado Federal, na noite da última quarta-feira (24), que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal e também a participação de 30% na exploração do recurso foi visto pelas entidades sociais como um duro golpe na democracia e nos investimentos em políticas públicas.

Por 40 votos a 26 e duas abstenções, os senadores acataram o projeto de José Serra (PSDB-SP) após substitutivo apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Pela lei atual, aprovada em 2010, a Petrobras deve atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30%. Além de ser a empresa responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção. Pelo texto do substitutivo aprovado, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética oferecer à Petrobras a exploração mínima de 30% em cada campo e a empresa se manifestará se aceita ou não a responsabilidade.
Para a presidenta da UNE, Carina Vitral, a aprovação do PL 131 é um retrocesso muito grande. ”Uma das maiores lutas do movimento estudantil no último período foi a destinação dos recursos do pré-sal para a educação e isso só foi possível porque estava em discussão a nova lei do petróleo que visava fortalecer a Petrobras e empoderá-la como operadora única desse recurso estratégico pro Brasil”, falou.
Em nota a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a aprovação é um crime que lesa a pátria. ”Foi um ataque brutal à Petrobrás, que, além de ter descoberto o Pré-Sal, já provou que é a única empresa que tem condições de desenvolver essa riqueza em benefício do povo brasileiro, gerando emprego e renda no país”, diz o documento.

 LUTA DOS ESTUDANTES

Para a UNE, a Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro, conquistada com muita mobilização do conjunto da sociedade. Os estudantes, em especial, têm uma relação histórica com a empresa. Na década de 50, período da descoberta do petróleo no Brasil, a entidade foi decisiva e não deixou que nossos recursos fossem entregues ás empresas estrangeiras.
O próprio autor do projeto, senador José Serra, defendeu a soberania da empresa estatal à frente da UNE, em 1964, quando presidente da entidade.
Durante a votação de ontem a mobilização estudantil seguiu forte, mesmo sendo impedida de entrar no plenário. Centenas de estudantes ocuparam por quase 6 horas, tempo que duraram as dicussões, o chamado Salão Verde do Congresso Nacional para pressionar os senadores e dizer não à entrega do pré-sal.
”A batalha não acabou. Seguiremos na luta para barrar esse projeto”, enfatizou a presidenta da UNE.
O PLS 131 segue agora para a Câmara dos Deputados e está sujeito a veto da presidenta da República, Dilma Rousseff.
Fonte: UNE

Em defesa da democracia, UNE divulga campanha “Fora Cunha!”

Baixe as artes do panfleto e do adesivo da campanha pela saída deputado federal Eduardo Cunha!
A democracia brasileira é um dos maiores patrimônios do país e foi conquistada com muita luta após o terrível período da ditadura militar, que assombrou com crueldade o país durante mais de 20 anos (1964-1985).
A universidade é um espaço para reflexão e defesa da democracia, um centro de produção de conhecimento a partir do tripé ensino, pesquisa e extensão para promover mudanças favoráveis à vida das pessoas e à soberania nacional.
Por isso, a UNE é contra qualquer tentativa de desestabilização democrática e defende uma verdadeira reforma política para criar um sistema justo, que represente todas as parcelas da população e não uma pequena quantidade de brasileiros ricos e privilegiados, financiados pelas grandes empresas e seus interesses ocultos.
A reforma que a UNE quer também prevê a ampliação da participação de jovens, mulheres, negros, índios e outros grupos menos favorecidos da processo de tomada de decisões.

#FORACUNHA

O deputado federal Eduardo Cunha desempenha hoje no Congresso Nacional o papel de fiador de interesses reacionários, retrógrados e conservadores, que vão contra a população brasileira, incluindo a juventude.
Eduardo Cunha é acusado de corrupção e de manter contas secretas na suíça. Para se defender, ele ataca. A sua resposta é querer reduzir a maioridade penal, retirar direitos dos trabalhadores, interferir na vida das mulheres e dirigir manobras golpistas contra a presidenta da República.
A UNE exige a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados para que o país volte a pensar projetos que realmente sejam bons para as pessoas e mudem a vida dos que mais precisam.
Baixe os materiais da campanha:
Fora Cunha! (panfleto jpg parte 1 e parte 2)
Fonte: UNE

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Programação do Seminário de Preparação ao 18º Congresso Nacional da UJS

Entre 01 e 04 de março, a UJS realizará o Seminário de Preparação ao 18º Congresso Nacional da UJS. A atividade será realizada na Escola Florestan Fernandes, em Guararema-SP. Ao longo desses dias, debateremos temas diversos com alguns dos intelectuais e militantes mais destacados do país.
Vale destacar que o intuito do seminário é diferente de um curso de formação. No caso do seminário o foco principal é a construção da tese, visando o Congresso que se aproxima. Sendo assim, os debates são voltados para temas mais conjunturais e ideológicos.
Existem critérios para participação no seminário (confira aqui). Mas caso não consiga ir, a TV UJS disponibilizará a transmissão on line das atividades.
Dentro da programação (confira abaixo), estão confirmadas as participações do blogueiro e jornalista Altamiro Borges, do economista Beluzzo e do ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli. O seminário também contará com participações de representantes da JJCC, juventude comunista chilena e da JUCO, da Colômbia.
O aguardado documentário “3 dias que abalaram a mídia”, será lançado no primeiro dia do seminário. O material conta sobre o dia em que a UJS organizou um ato em frente à sede da Editora Abril, em São Paulo, dois dias antes das eleições presidenciais de 2014. (assista o trailer aqui)
Outro ponto a ser destacado é que novas participações podem ser confirmadas nos próximos dias e você fica por dentro de tudo aqui no site da UJS!
Programação completa: 
Terça-feira 01/03/2016
MANHàPartida para Guararema.
TARDE Conjuntura com Walter Sorrentino
NOITE Cine Debate: Documentário sobre o ato da Veja com:  Laura Capriglione e Altamiro Borges

Quarta-feira 02/03/2016
MANHàA nova luta pelo Socialismo com André Tokarski
TARDE Desafios para o desenvolvimento Econômico Nacional com: Sergio Gabrielli e Elias Jabbour
NOITE Nova Ordem Mundial, América Latina e BRICS com: Jose Escarate (JJCC – Chile), William Monsalve (JUCO – Colômbia) e Socorro Gomes (Cebrapaz).

Quinta-feira 03/03/2016
MANHàBrasil, História e Cultura com Juana Nunes e Monique Lemos
TARDE Feminismo Emancipacionista: A luta das mulheres e LGBT com  Djamila Ribeiro, Daniela Costa, Andrey Lemos e Ana Rocha
NOITE Juventude, cidade e mais direitos com Ângela Guimarães, Nádia Campeão e Guilherme Boulos

Sexta-feira 04/03/2016
MANHàCapitalismo em Crise com Luiz Gonzaga Belluzzo e Lécio Morais
TARDE Racismo, luta de classes e o extermínio

Fonte: UJS

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Aprovação da nova partilha do pré-sal no Senado é retrocesso

Entidades do movimento social consideram a proposta uma afronta à soberania nacional
 Por Renata Bars

A aprovação do projeto 131/2015 no Senado Federal, na noite da última quarta-feira (24), que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única do pré-sal e também a participação de 30% na exploração do recurso foi visto pelas entidades sociais como um duro golpe na democracia e nos investimentos em políticas públicas.

Por 40 votos a 26 e duas abstenções, os senadores acataram o projeto de José Serra (PSDB-SP) após substitutivo apresentado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Pela lei atual, aprovada em 2010, a Petrobras deve atuar como operadora única dos campos do pré-sal com uma participação de pelo menos 30%. Além de ser a empresa responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção. Pelo texto do substitutivo aprovado, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética oferecer à Petrobras a exploração mínima de 30% em cada campo e a empresa se manifestará se aceita ou não a responsabilidade.
Para a presidenta da UNE, Carina Vitral, a aprovação do PL 131 é um retrocesso muito grande. ”Uma das maiores lutas do movimento estudantil no último período foi a destinação dos recursos do pré-sal para a educação e isso só foi possível porque estava em discussão a nova lei do petróleo que visava fortalecer a Petrobras e empoderá-la como operadora única desse recurso estratégico pro Brasil”, falou.
Em nota a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a aprovação é um crime que lesa a pátria. ”Foi um ataque brutal à Petrobrás, que, além de ter descoberto o Pré-Sal, já provou que é a única empresa que tem condições de desenvolver essa riqueza em benefício do povo brasileiro, gerando emprego e renda no país”, diz o documento.

 LUTA DOS ESTUDANTES

Para a UNE, a Petrobras é um patrimônio do povo brasileiro, conquistada com muita mobilização do conjunto da sociedade. Os estudantes, em especial, têm uma relação histórica com a empresa. Na década de 50, período da descoberta do petróleo no Brasil, a entidade foi decisiva e não deixou que nossos recursos fossem entregues ás empresas estrangeiras.
O próprio autor do projeto, senador José Serra, defendeu a soberania da empresa estatal à frente da UNE, em 1964, quando presidente da entidade.
Durante a votação de ontem a mobilização estudantil seguiu forte, mesmo sendo impedida de entrar no plenário. Centenas de estudantes ocuparam por quase 6 horas, tempo que duraram as dicussões, o chamado Salão Verde do Congresso Nacional para pressionar os senadores e dizer não à entrega do pré-sal.
”A batalha não acabou. Seguiremos na luta para barrar esse projeto”, enfatizou a presidenta da UNE.
O PLS 131 segue agora para a Câmara dos Deputados e está sujeito a veto da presidenta da República, Dilma Rousseff.
Fonte. UNE

Estudantes contra a nova partilha do pré-sal

Votação do PLS 131/2015, que exclui a obrigatoriedade da Petrobras ser a única operadora do recurso, está em andamento no Senado.

Está em votação, na tarde desta quarta-feira (24/2), o Projeto de Lei do Senado 131/2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que prevê que a Petrobras deixe de ser a operadora única da exploração do pré-sal, permitindo a atuação de outras empresas como operadoras. A votação acontece em regime de urgência, aprovada na noite anterior por 33 votos a 31.
Com a aprovação do PLS, a nova partilha desobriga a empresa nacional de receber a participação mínima de 30% dos blocos licitados. O mais preocupante do projeto é que a Petrobras fica de fora das decisões acerca do processo, por exemplo, os leilões que hoje são decididos por ela, serão decididos também pelas operadoras privadas.
Para a presidenta da UBES, Camila Lanes, a PL 131/2015 representa um enorme retrocesso para a luta dos estudantes. “O movimento estudantil lutou pela criação da Petrobras e desde de sua existência sempre lutou para defender esse patrimônio que é do nosso povo. Não vamos permitir mais um retrocesso. Convocamos todos os estudantes a defender o Pré-sal, a Petrobras e o Brasil”, afirma.
O chamado modelo de “partilha” é atualmente uma das principais fontes da disputa do pré-sal. Enquanto o governo brasileiro optou pela partilha que garante uma fatia de, pelo menos 30% à Petrobras nos consórcios de exploração, com 75% e 25% do fundo social para a educação e saúde, as empresas privadas preferem o formato de “concessão” em que a produção é uma propriedade exclusiva delas.

GOLPE NA EDUCAÇÃO

Os recursos do pré-sal são chave para o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), que entre outras metas estabelece o investimento anual de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação, até 2024. O plano estabelece ainda metas que vão desde a educação infantil até a pós-graduação, passando pela valorização dos professores.
Com a aprovação do projeto 131/2015,a conhecida Lei dos Royalties, que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do pré-sal para a educação seria fortemente impactada.
Carina avalia a aprovação da nova partilha como um verdadeiro atraso. ”Sua aprovação inviabilizará o Fundo Social do Pré-sal e, consequentemente, o cumprimento das metas do PNE e dos Planos Municipais de Educação’’, enfatizou.
A divisão dos recursos advindos da exploração do pré-sal funciona da seguinte forma: do total dos recursos arrecadados pelo consórcio operador, uma parte é destinada a cobrir o custo de operação; outros 15% são destinados para o pagamento de royalties.
Fonte: UBES

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

COMISSÃO INTERSETORIAL DO SELO UNICEF - EDIÇÃO 2013/2016 REUNIU-SE E DELIBEROU AÇÕES E A III SEMANA DO BEBÊ!



 Momento da reunião no Auditório do SEBRAE
 Comissão após a Reunião pousando para as fotos
Ontem (18) pela manhã no Auditório do SEBRAE - Nova Cruz/RN , a Comissão Intersetorial do Selo UNICEF se reuniu para definir estratégias diante da AÇÕES que serão desencadeadas até o final de março, entre elas destacaram o II Fórum Comunitário e a III Semana do Bebê, que ocorrerá de 14 a 18 de março de 2016.

A Comissão também deliberou antes dessas AÇÕES e outros eventos uma outra reunião, mas dessa vez com as presenças dos Secretários da Educação :(Valéria Vieira Arruda Câmara), da Saúde: (Rita de Cassia Rodrigues), da Assistência Social: (Márcia Vieira Veloso de Morais) e da Juventude-Esporte-Lazer-Cultura e Turismo; (José Jaconias Barbosa), juntamente com os respectivos coordenadores, além de representantes do CMDCA, Juventude Evangélica e Católica e Conselho Tutelar, s presente reunião ocorrerá dia 01 DE MARÇO no Auditório do SEBRAE, das 8 horas ás 11 horas.

Para o Articulador do Selo Unicef no município, Eduardo Vasconcelos, objetivo dessa reunião é mostrar a todos os presentes as AÇÕES que já foram realizadas e as que ainda faltam se concretizar. Disse Eduardo.

Todas as futuras ações em prol dos Bebês, Crianças e Adolescentes serão feitas em rede, ou seja: Todas as secretarias irão intensificar suas ações entre elas.

Eduardo acrescentou, que o NUCA vem também cumprindo com suas responsabilidades, já estão terminando o Mapeamento de Oportunidades. Eduardo ainda informou que Nova Cruz enviará 12 Delegados para a 10ª Conferência Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, que ocorrerá dias 03 e 04 de março na Escola de Governo.

Reunião para o Articulador, Eduardo Vasconcelos foi bastante proveitosa, fortalecendo assim a comissão nas futuras ações.

Participaram da reunião, representantes do (CMDCA/SEMEAR):Dreyd Karla A. de Medeiros;(CRAS-Centro)Juliane Borges) (CRAS-Frei Damião); Marleide Oliveira; (Conselho Tutelar): Danilo Batista Cunha Lima)); Dalvânia Cardoso (SME); Ceiça Camilo: (SME); Eduardo Vasconcelos: (Articulador); Geraldo Junior e José Washington: (Grupo de Capoeira BOA VONTADE - CBV); Katiúcia Lima (SMS) e as ESTUDANTES dos Cursos de ASSISTÊNCIA SOCIAL e de PEDAGOGIA: Tassiana Costa, Ivonete Alves, Lucilene Teixeira eVanessa Felipe

Nossos agradecimentos  todos do SEBRAE na receptividade na pessoa do Diretor, Leonel Pontes. 

Selo Unicef NOVA CRUZ/RN


III SEMANA DO BEBÊ - NOVA CRUZ/RN - DE 14 A 18/03/2016


Controle Social no Prouni é tema de seminário

Evento promovido pela Conap acontece na próxima quarta-feira (24)
A Comissão Nacional de Acompanhamento e Controle Social do Prouni – CONAP e o Ministério da Educação – MEC, por meio da Diretoria de Políticas e Programas de Graduação da Secretaria de Educação Superior, promovem na próxima quarta-feira (24), o Seminário “O Controle Social no Prouni” . O evento será realizado no auditório do Anexo II do Ministério da Educação, localizado na Esplanada dos Ministérios, Bloco L, Edifício Anexo II, Subsolo –Brasília/DF.
O objetivo do seminário é discutir a importância do Controle Social no Prouni e o papel das Comissões Locais de Acompanhamento e Controle Social do Prouni – COLAPs.
Poderão participar do evento todos os bolsistas do Prouni, membros das COLAPs e representantes das instituições e respectivas mantenedoras.
As inscrições são gratuitas e deverão ser efetuadas até o dia 24 de fevereiro, no endereço eletrônico:http://formularios2.mec.gov.br/seminario-social.  A quantidade de inscrições  é limitada a até 80 inscrições, dentre bolsistas do Prouni, representantes das COLAPs e representantes das IES.
Fonte: UNE

Cineastas e atores divulgam abaixo-assinado contra suspensão da Condecine

Ancine também acionou a Justiça contra a ação impetrada pelo SindiTeleBrasil
Um grupo de 81 cineastas e 55 atores divulgou na última quinta-feira (18) um abaixo-assinado contra a liminar da 4ª Vara de Brasília que suspendeu, no dia 29 de janeiro, a obrigatoriedade do pagamento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Condecine) pelas empresas de telecomunicação. Cobrada anualmente, ela é responsável por 80% dos recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).
A liminar, atualmente sendo recorrida pela Ancine, suspende o pagamento da Condecine obrigatório ás teles. O valor recolhido com a taxa seria usado nos editais do Brasil de Todas as Telas de 2017.
Para a coordenadora do Cuca da UNE, Patrícia de Matos, a cobrança do Condecine foi o que possibilitou a geração de um importante mecanismo para a indústria nacional do cinema. ‘’Caso o imposto deixe de ser cobrado, haverá um retrocesso em relação ao ciclo que nos trouxe até aqui’’, lamentou.
Patrícia acredita que sejam necessárias aprimorações na lei, mas não a sua extinção. ‘’Vale lembrar que a maior limitação está no fato de o superávit primário engolir quase a totalidade do montante’’,  destacou.

A LEI

A Condecine das teles foi criada pela Lei 12.485, a chamada “Lei da TV Paga”, como uma espécie de contrapartida. Até então, prestadoras como Oi, Vivo e Tim não podiam veicular conteúdos audiovisuais. Com o dispositivo, elas receberam essa concessão, desde que paguem a taxa.
A ação do SindiTeleBrasil, que não se pronunciou após o ocorrido, afirma que a produção de TV e cinema e a telefonia são setores distintos. E, portanto, a cobrança seria injusta porque não traria benefícios para operadoras e usuários.
Em nota oficial divulgada pelas entidades da produção audiovisual brasileira, essa afirmação é rebatida. ‘’ O conteúdo independente brasileiro está em todas as telas, em permanente diálogo com a sociedade’’, diz o documento.

Ai-5 em Goiás! Basta à perseguição aos estudantes

Em nota, secundaristas repudiam governo que transformou jovens em presos políticos no estado

Ataque à liberdade da juventude de Goiás! Não bastasse as inúmeras invasões nas escolas ocupadas contra a implantação de um projeto de terceirização da educação pública, o governo do Estado escancarou a perseguição à luta dos estudantes e não tem poupado abuso de poder.
A ordem que vem de cima é a mesma: perseguir, prender e intimidar quem luta contra as OSs. Depois da prisão arbitrária de 31 pessoas na última segunda-feira (15), entre eles 13 menores de idade, a repressão continua, agora a toda e qualquer forma de manifestação.
O jornal O Popular denunciou que dois jovens presos durante ato contra o aumento no dia 17 de fevereiro foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas pelos próximos três meses. Assim como na ditadura, a máquina repressora do Estado não poupa métodos de criminalizar quem denuncia suas mazelas.
Como sempre, os jovens das periferias são o alvo principal da polícia. Mesmo depois da pressão feita por toda sociedade e finalmente a liberação dos presos políticos, o secundaristas Wendell, do Colégio Francisco Maria Dantas, região noroeste de Goiânia, permanece preso, mesmo sem provas.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas repudia a perseguição à juventude. Derrubamos os militares assim como derrubaremos os cerceadores de direitos, não aceitaremos a criminalização da luta justa pela educação e por nossos direitos.
São Paulo, 19 de fevereiro de 2016.
Fonte: UBES

Hora do recreio: que merenda é essa?

UPES visita escolas de São Paulo e comprova que há problemas nas refeições


Quando menos se espera chega uma mensagem no celular. Uma nova denúncia sobre a falta de merenda, o cardápio inadequado e as irregularidades em mais uma escola paulista. Sem demora, acessa a internet, traça a rota no transporte público, carrega o bilhete único e avisa aos colegas: “Partiu escola!”. Desde a última semana, essa é a rotina dos diretores da União Paulista dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UPES): a entidade tem visitado unidades em todo o estado para saber o que acontece com a merenda escolar.
Igor Gonçalves, que dirige a entidade em Osasco, assumiu a tarefa de ir às escolas e conta ao site da UBES a dinâmica diária. Na Vila Clara, coração da periferia na zona sul de São Paulo, ele esteve no colégio estadual João Ernesto Faggin e encontrou um cenário desolador.
“Dos três dias em que estive na escola durante os intervalos, em dois a merenda foi biscoito e leite; no terceiro, somente macarrão. A galera diz que o cardápio não é atrativo e que gostaria que houvesse mais variedade de alimentos. Isso se repete em muitos outros lugares. Os secundaristas reclamam que continuam com fome, mesmo depois das refeições”, relata.
O líder estudantil também fala sobre a estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana. Uma estudante do 3º ano, que preferiu não se identificar para não sofrer perseguições, contou que, além de baixa qualidade, a merenda não é fresca. “Ela informou que no ano passado a merenda era bolacha de água e sal, suco e uma espécie de papinha. E, para nosso espanto, as merendeiras disseram ser obrigadas a servir sobras de arroz de três dias atrás por falta de alimentos”, diz Igor.
No Centro da capital, na aguerrida Caetano de Campos, onde a mobilização do movimento estudantil é permanente, o descaso é o mesmo. O estudante Felipe Ary de Souza, do 1º ano do Ensino de Jovens e Adultos (EJA), conta que houve piora na merenda desde o ano passado, com a redução da variedade no cardápio.
“Na maioria dos dias servem bolacha de água e sal e leite. São só duas merendeiras para mais de mil alunos do mesmo período. Os refeitórios estão em péssimo estado, e à noite nunca há merenda”, critica o estudante.
ENTENDA E DENUNCIE!
Desde o ano passado, a UPES e a UBEs defendem a bandeira contra a chamada “merenda seca” (bolachas, biscoitos e barras de cereais), por saber que para muitos jovens a principal refeição do dia é a oferecida nas escolas. Outra luta é pela oferta de merenda para todos os turnos, especialmente o noturno, demanda que ainda não é respondida pelo governo.
A UPES permanece percorrendo as escolas e organiza na próxima terça-feira (23) o evento“Rolezinho pra descobrir: Cadê a merenda que tava aqui?”. Já são mais de 2 mil convidados na página do Facebook. Acesse e saiba mais sobre a investigação da Polícia Civil e o Ministério Público sobre a participação de políticos no roubo da merenda escolar.
Fonte: UBES

Queremos saber: onde foi parar a merenda escolar?

Secundaristas de São Paulo se mobilizam para cobrar investigação do esquema de corrupção na merenda das escolas estaduais

As aulas mal começaram e os secundaristas das escolas estaduais de São Paulo já têm motivos de sobra para reclamar. No primeiro dia do ano letivo, segunda-feira (15), o estudante Henrique Vidal chegou à Escola Estadual Doutor Carlos Augusto de Freitas Villalva Junior, em que estuda há dois anos na zona sul da capital, e se deparou com uma refeição diferente do que a de costume no horário do recreio.
“Foram servidos bolacha de água e sal e suco de laranja em vez da merenda tradicional, que seria arroz, feijão e carne ou macarrão. Na verdade, estamos recebendo isso desde a metade do ano passado. Essa merenda não nos alimenta de verdade, só serve para forrar o estômago”, explica.
Henrique é apenas um entre muitos estudantes vítimas do esquema de corrupção da merenda escolar, envolvendo o governo de São Paulo e pelo menos 20 prefeituras do interior paulista. O esquema já atinge mais de 150 municípios do estado.
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo investigam desde 19 de janeiro a participação de políticos no roubo da merenda. A batizada operação Alba Branca apreendeu dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) em Bebedouro, cidade do interior de São Paulo que está no centro das investigações. Na Coaf, policiais e promotores encontraram indícios de que pelo menos 20 prefeituras do estado pagaram mais caro pela merenda servida em creches e escolas públicas.
Segundo o funcionário da Coaf que denunciou a fraude, a cooperativa contratava “lobistas” que atuavam junto aos governos e prefeituras, pagando propina a agentes públicos em troca de favorecimento em contratos. O maior deles é com a Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. De acordo com o Ministério Público, o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) pagou R$ 7,7 milhões à cooperativa no último ano.
Durante as investigações, foram apontados como supostos recebedores de propina o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB); o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin e braço-direito do secretário Edson Aparecido, Luiz Roberto dos Santos; o presidente do PMDB paulista, deputado federal Baleia Rossi; o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB); e o deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD). Há suspeita de que a propina tenha sido usada em campanhas eleitorais.
Fonte: UBES

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

A tentativa de derrubada do símbolo – Por Mú Adriano

Estamos presenciando um momento ímpar na história da vida republicana, por um lado à consolidação do estado democrático de Direito, o qual exige que as instituições funcionem de forma harmônica e independente. Sendo assim uma investigação das proporções da operação lava jato, não pode ser desconsiderada e desacreditada porque atingiu esse ou aquele partido.
No entanto essa mesma operação vem abusando de suas prerrogativas e o que é pior, faz um jogo combinado com a grande imprensa brasileira que tem dois objetivos: 1º atingir o governo federal e envolvê-lo em um mar de lama, receita primeira para deixar o país ingovernável. Não é a primeira vez que isso acontece no país, foi assim no segundo mandato de Getúlio Vargas, o mesmo se repetiu no governo JK e o mais trágico de todos no curto governo João Goulart, essas matérias repetidas a exaustão deram base para o golpe militar de 64, 2º tem como objetivo atingir e acabar com a imagem de Lula, mira no homem para derrubar o símbolo.
Lula não é apenas o presidente que obteve a maior popularidade, não é apenas o primeiro operário a ser presidente da república. Só por isso já seria motivo de simbologia suficiente para derrubar esse mito. Mas esse tal de Lula era a expressão consagrada do que tinha para dar errado, nordestino retirante, estava certo que iria ser torneiro mecânico até sua aposentadoria, mas quis a vida e a luta popular que ele se transformasse no maior líder da história recente do país.
Se acaso a historia de Lula tivesse uma trajetória diferente, que veio do interior do país lutou muito para estudar e se transformou em um grande acadêmico ou até mesmo porque montou um pequeno negócio e com sorte conseguiu prosperar, talvez a nossa elite nacional o respeitasse porque isso de certa forma valorizaria a tal da meritocracia, que se esforçando, trabalhando duro é possível realizar todos os seus objetivos.
O caminho traçado por lula foi uma ideia maior, a ideia de que a luta por um Brasil mais justo é necessário e possível. Uma forte convicção que o cidadão comum também é sujeito transformador da sua história. E a mais perigosa e radical ideia, que o Estado Brasileiro precisa tratar os diferentes de forma diferente, isso parece ser uma grande redundância, mas, no entanto, nunca as camadas de baixo os mais pobres tiveram a petulância e audácia de sonhar com uma vida melhor, possibilidade de acender economicamente, cursar uma universidade, inverter a lógica de que “nasceu pobre será sempre pobre”.
A elite brasileira não suporta essa ideia, um homem fadado a ser mais um Luís como tantos outros que existem nesse país, desafiou o sistema político brasileiro, que existe e se reproduz para manter uma espécie de casta, dos quais só os que já nascem em determinadas famílias estão fadados ao sucesso.
As investigações que tentam atingir Lula, evidentemente tem o interesse de abalar sua imagem com olhar para as eleições de 2018, mas seria um erro parar por aí, o que buscam a todo custo é encerrar de uma vez por todas as possibilidades de se criar no senso comum do brasileiro, que a política não é para poucos, onde o sujeito humilde pode fazer a diferença, isso de fato é o que querem derrubar.
Precisam atingir o homem, para derrubar o símbolo. O símbolo do Brasil esquecido, o Brasil que escolheu a luta popular ao invés do “berço de ouro”, o Brasil que ousou desalojar a elite nacional mesmo que temporariamente do governo. São essas as razões para a busca desenfreada de incriminar e achar uma forma de acabar com toda simbologia que cerca esse Luís que era para ser mais um metalúrgico entre tantos outros que existem no ABC paulista e se transformou no símbolo de que de fato lutar muda a vida!
Fonte: UJS

Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo farão ato em Brasília no dia 31 de Março

O conjunto das pautas desta jornada será apresentado nos próximos dias em uma Carta Convocatória
Nesta segunda-feira (15) a sede as entidades estudantis em São Paulo acolheu uma reunião das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo para debater o cenário político do país e as alternativas que os diversos movimentos e entidades que compõe as iniciativas oferecem para o momento. Um mobilização nacional em Brasília ficou marcada para o próximo dia 31 de março. Leia a nota na íntegra:

NOTA SOBRE A MOBILIZAÇÃO NACIONAL DE 31/3

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem dezenas de entidades do movimento social brasileiro, decidiram promover conjuntamente o Dia Nacional de Mobilização no próximo 31/3, coim uma Marcha a Brasília, além de manifestações em várias cidades brasileiras.
Os eixos da mobilização unitária são os seguintes:
– Contra a Reforma da Previdência
– Não ao Ajuste Fiscal e cortes nos gastos sociais
– Em defesa do Emprego e dos Direitos dos Trabalhadores
– Fora Cunha
– Contra o Impeachment

O conjunto das pautas desta jornada será apresentado nos próximos dias em uma Carta Convocatória.
Dia 31/3: 100 mil trabalhadores e trabalhadoras tomarão as ruas de Brasília!
15 de fevereiro de 2016

Frente Povo Sem Medo
Frente Brasil Popular
Fonte: UNE

Marco Civil da Internet passa por consulta pública até o fim de fevereiro

 por Redação RBA.
Especialistas avaliam que existem brechas no texto de regulamentação que podem colocar em risco a neutralidade da rede e a privacidade do usuário
Até o fim de fevereiro a regulamentação da Lei do Marco Civil da Internet passa por consulta pública on-line. A lei define os direitos e deveres de usuários e provedores de acesso. Especialistas avaliam que existem brechas no texto de regulamentação, e que podem colocar em risco a neutralidade e a privacidade do usuário.
Em entrevista à repórter Michelle Gomes, da TVT, o professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) Sergio Amadeu afirma que o marco civil não é específico sobre o direito da privacidade do usuário. “O decreto deveria falar como os dados não poderiam ser usados. Há um enorme mercado de compra e venda de dados que sustentam essas aplicações gratuitas na internet. O Marco Civil não pode permitir que a vida das pessoas seja vendida pela internet sem que elas concordem.”
A lei, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em abril de 2014, também garante a neutralidade da rede, que é a igualdade de acesso para todos, ou seja, as operadoras não podem interferir no acesso a conteúdos, aplicativos e plataformas na web. Segundo Pedro Ekman, integrante do coletivo Intervozes, esse tema também criou polêmica.

“Você não poder priorizar o Facebook ou o Netflix na rede de uma pessoa, e degradar o tráfego de outras plataformas. Em algumas questões específicas, você pode ter exceções, cabe à regulamentação decidir as exceções e o que fazer com elas”, diz Pedro. “O mercado de telecomunicações já pratica quebra de neutralidade quando oferece um pacote de internet com algumas redes sociais gratuitas. Ele não pode ‘pedagiar’ alguns conteúdos e não cobrar outros conteúdos. Isso fere o artigo de neutralidade.”

“Agora é uma briga entre a sociedade civil e os seus direitos, e os interesses do mercado, e a regulamentação é o campo da batalha, e o governo está no meio da pressão do mercado e da sociedade”, acrescenta.

Para o professor da UFABC, outro ponto polêmico é a indicação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como fiscalizadora dos provedores de internet. “O que vai acabar acontecendo, é que o peso econômico das empresas de telecomunicação é tão grande, que ele vai começar a engolir os três princípios da internet: a neutralidade, privacidade e liberdade”, diz Amadeu.

“A gente precisa de uma agência que fiscalize a neutralidade da rede, mas que seja autônoma em relação ao mercado e ao governo”, afirma Pedro.

A consulta pública pode ser feita até o dia 29 no site do Pensando o Direito.
Fonte: UNE

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Mídia e democracia nas arquibancadas de futebol

A partir do final do ano passado, os torcedores pelo Brasil voltaram a erguer os punhos em torno de pautas em comum. A exemplo da Argentina, onde o futebol foi um elemento para o avanço da Lei de Medios, a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, do coletivo “Futebol, mídia e democracia”, do Barão de Itararé teve rápida adesão nas redes e nos estádios, buscando através do futebol, escancarar o controle que a Globo exerce sobre o esporte dos brasileiros.
Obviamente a questão do horário, que no caso dos jogos às 22 horas exclui quem precisa de transporte público para atender interessas da grade de programação da emissora carioca, não é o único problema. Ingressos caros, cotas muito discrepantes entre as equipes, campeonatos regionais ignorados pela TV o que faz com que os clubes de fora do eixo Sul e Sudeste não consigam verba para estruturar suas equipes e acabem ficando de fora das principais divisões do futebol brasileiro, enfim, a lista é longa…
Mas o fato é que com quase 10 mil seguidores no Facebook, a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, acabou apontando o caminho para novos protestos que neste início de ano se tornam mais abrangentes, mas que também tem a Globo como um dos principais alvos.
Faixa contra o horário do jogo às 22 horas exibida em uma partida no ano passado no Rio Grande do Sul
Faixa contra o horário do jogo às 22 horas exibida em uma partida no ano passado no Rio Grande do Sul
A Gaviões da Fiel, maior organizada do Corinthians, após ser punida pelo uso de sinalizadores na final da última Copa SP de Juniores, promove uma série de ações contra a Federação Paulista de Futebol, a CBF, contra Fernando Capez (PSDB), acusado de desviar verba das merendas das escolas públicas de São Paulo e um dos maiores inimigos das organizadas no estado e, assim como a campanha “Jogo 10 da noite, não!”, ataca também a Rede Globo.
Além de protestos em frente à sede da FPF, a maior organizada do estado também tem conseguido burlar a censura vigente nos estádios paulistas e abrir faixas com mensagens atacando seus principais alvos.
gav 01

Historicamente as arquibancadas de futebol deram espaço, em diferentes lugares e momentos, a manifestações de todas as formas. Das faixas pela “anistia ampla, geral e irrestrita” da própria Gaviões da Fiel no final dos 70 até os recentes protestos em relação ao preço do ingresso na Inglaterra e na Alemanha, onde os torcedores abandonam o jogo todos juntos em um determinado momento da partida.
Sendo assim, não é necessariamente uma novidade que o futebol seja novamente o lugar onde bandeiras políticas e democráticas sejam empunhadas independente dos clubes envolvidos. Isso para não dizer quando os protestos chegam dentro das quatro linhas, como o caso da famosa Democracia Corintiana, liderada por Sócrates, que lutava pela redemocratização do país no começo dos anos 80.
O que fica evidente é a força do futebol como elemento que contribui na conscientização dos brasileiros em relação a, por exemplo, a democratização dos veículos de comunicação e para além disso, demonstra o potencial do ambiente do futebol para propagar ideias que lutem por justiça, democracia e que, de alguma forma, faça frente ao monopólio comunicacional que se apoderou da TV brasileira.
Fonte: UNE