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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

SÃO PAULO/SP: Apeoesp denuncia “reorganização disfarçada”

Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o ano letivo de 2016 foi iniciado com o fechamento de pelo menos 913 classes, em 39 regiões. Os números alarmantes são resultado de levantamento do sindicato que consultou 93 subsedes sobre fechamento de classes, séries/anos e turnos, transferências compulsórias de estudantes, negativas de matrículas e outras ocorrências.
A Apeoesp denuncia que as alterações das Diretorias de Ensino, por meio de uma “reorganização disfarçada”, visam “driblar” a decisão judicial que suspendeu em dezembro de 2015 o projeto oficial que fecharia ao menos 94 unidades e transferiria 311 mil estudantes.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, chamou atenção ao impacto que será causado. “São quase mil salas de aula fechadas, o que vai implicar aumento do número de alunos em salas”, disse. “Vamos continuar apurando e vamos entrar com um ofício junto ao Ministério Público mostrando que o que foi pactuado não é cumprido.”
Para os estudantes, o momento é de resistência. Após protagonizar em 2015 o movimento de ocupação de 213 escolas contra o projeto que conquistou em dezembro a suspensão da reorganização, o momento é de alerta para impedir retrocessos.
“É preciso considerar que em 2015 foi contabilizado o fechamento de 3.390 classes, provocando, ao mesmo tempo, a superlotação das salas de aulas, como poderá ser constatado na semana que vem, com o início do ano letivo”, declara a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) em publicação nas redes sociais. “Fechamento de classes e superlotação de salas de aula não combinam com qualidade da educação, mas esta não parece ser a preocupação do Governo do Estado de São Paulo”, diz.
- Fonte: UBES

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