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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Coletivo Dandara Zumbi do DCE da FATEC na Campanha #PoderiaSerEu

Por Cristiane Tada
Coletivo do DCE da FATEC está na Campanha da União Nacional dos Estudantes pelo Enfrentamento aos Homicídios da Juventude Negra  
O Coletivo de Negros e Negras, Dandara Zumbi, do DCE FATEC, divulga em nota seu apoio a Campanha da União Nacional dos Estudantes pelo Enfrentamento aos Homicídios da Juventude Negra  que pede principalmente a aprovação do Projeto de Lei 2438/15 que visa apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil. 
Leia na íntegra:

NOTA DO COLETIVO DANDARA ZUMBI EM DEFESA DO PL 2438/15

O Coletivo de Negros e Negras, Dandara Zumbi, do DCE FATEC repudia o racismo institucional, estrutural e o extermínio da população negra, jovem e periférica que assombra este recorte populacional no país e a omissão representada pela vassoura que a grande mídia passa empurrando todos os dados para de baixo do tapete.

Mesmo há mais de um século após a abolição dos escravos e mais de uma década após a assinatura do termo na Conferência da ONU em Bourbon (África do Sul, 2001) contra o racismo, o comprometimento firmado pelo nosso país tem pouquíssimos aspectos mudados. Os números de assassinatos, crimes contra os negros e negras, os números de estudantes, empreendedores, ricos e afins que representam a população negra nos comprovam.

A segunda nação com maior população negra no mundo ainda açoita diariamente esse recorte populacional marginalizado no país. A questão não é apenas social, mas também racial. Ainda que alcancem um alto grau de formação, dificilmente isso impactará na vida da população negra. Prova disso é a média salarial dos trabalhadores e trabalhadoras. Negros com formação superior recebe em média R$ 3.777,39 enquanto a média salarial do restante da população é de R$ 5.589,25.

Com tudo, ainda existe em nossa sociedade resquícios da escravidão e todo o preconceito gerado em torno dela. A maioria da população negra está nas periferias. A quantidade de estudantes negros nas Universidades, nos espaços de poder ou ocupando rankings entre os mais ricos do mundo, é assustadora. Com isso, é fundamental que haja cada vez mais políticas públicas para a juventude, cultura e esporte na periferia, cota nas Universidades Públicas e melhoria na qualidade de ensino da rede pública.

Visto a marginalização da juventude negra e ainda mais, de periferia, notamos a truculência da Polícia Militar e as chacinas decorrentes a isto. Mesmo em meio ao fim dos autos de resistência, muitos jovens, negros, pobres e de periferia são mortos diariamente sem qualquer razão.

O Coletivo Dandara Zumbi se posiciona totalmente contra qualquer tipo de violência ou truculência contra a juventude. É de exímia importância apoiar a Campanha da União Nacional dos Estudantes pelo Enfrentamento aos Homicídios da Juventude Negra. É incontestável a importância da aprovação do Projeto de Lei 2438/15 que visa apurar as causas, razões, consequências, custos sociais e econômicos da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil.

‪#‎PODERIASEREU‬
‪#‎PODERIASERUMFATECANO‬
‪#‎DCEFATECEMLUTA‬

Fonte: UNE

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