Escrito por: Adilson Barros, militante LGBT e secretário executivo da Contraf-CUT.
Historicamente a luta dos LGBTs, foi em defesa de sua dignidade e de suas vidas.
Precisamos ter uma bancada para defender e combater toda forma de
preconceito e potencializar a luta pelos direitos. Combater a homofobia
é uma das nossas principais bandeiras.
Tivemos mais de 100 candidatos a vereador em 21 dos Estados
brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, representando os interesses
do movimento LGBT. Apenas um município no Estado da Paraíba teve
candidato com orientação sexual a prefeito, um professor de História. O
resultado dessa empreitada foi que 2012 elegemos 10 vereadores e
vereadoras, sendo 02 transexuais e 01 travesti. Em 2008 foram apenas 08
vereadores eleitos.
Foram 22 partidos que apresentaram candidatos gays, lésbicas,
travestis, transexuais e bissexuais. Numa ampla maioria de esquerda. O
PT – Partido dos Trabalhadores lidera a lista com 22 candidatos.
Precisamos considerar que a pauta dos candidatos e candidatas foi além
das questões LGBTs. A questão dos direitos humanos esteve entre as
principais bandeiras de luta. Muitos dos candidatos não são organizados
em associações, mas são assumidamente homossexuais. Um dado relevante e
importante na luta dos nossos direitos.
O presidente da ABGLT, Toni Reis, alertava no período, porém que esse
movimento de representação gay, gera também reações mais fortes de
setores mais conservadores da sociedade. “Estamos tendo mais
reconhecimento, mais direitos. Então isso faz com que setores atrasados
da sociedade voltem sua atenção para nós e ainda despejam ódio e
discursos homofóbicos”, analisou o representante.
O desafio maior dos candidatos LGBTs foi dialogar com os setores mais
conservadores. A dificuldade era trazer a tona o debate do casamento gay
e o combate à homofobia. Ainda temos a questão dos direitos da família
e valores cristãos. Como seria fazer entender e compreender que
constituímos família e temos religião?
Num período recente a atriz Deputada Miriam Rios do Rio de Janeiro
apresentou um projeto de lei, já sancionado pelo Governador, chamado
programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais.
Esta deputada em 2011 polemizou fazendo comparação da pedofilia com a
homossexualidade. Levando- nos a indignação, porém no fortalecimento
ao combate as práticas desse setor conservador e lamentavelmente
discriminatório.
A proposta em ter o maior número de candidatos em 2012 e também
projetar candidatos para 2014, dando continuidade da agenda LGBT em
defesa dos direitos juntamente com candidatos pró LGBT.
29/01 - dia da Visibilidade Trans - Travestis e Transexuais.
Data comemorativa devido a implantação do Programa de Governo e
Ministério da saúde (2004) pela política de DST/Aids.
Fonte: CUT NACIONAL
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