Confira o artigo assinado pela UNE e movimentos sociais
Estamos
vivendo um momento político muito importante e um novo período
histórico, aberto com as mobilizações realizadas desde junho, que
colocaram as lutas sociais no centro de conjuntura nacional, tendo a
juventude como protagonista.
Temos muitos desafios pela frente, que precisamos enfrentar e superar
com organização, unidade, trabalho político e mobilização. Precisamos
fazer a análise correta da atual conjuntura para que nossas ações tenham
a capacidade de incidir na conjuntura, enfrentar os nossos inimigos e
fazer pressão pelas reformas estruturais que defendemos no manifesto da
articulação.
Precisamos também fazer um esforço de apresentar bandeiras à
sociedade que possam dialogar com as mobilizações de juventude que
estouraram no último período. Assim, podemos canalizar essa energia no
sentido que queremos.
Dessa forma, a avaliação que fazemos é que as principais bandeiras na atual conjuntura para a nossa articulação devem ser:
1- democratização dos meios de comunicação (tendo como linha o Fora Globo!),
2- fim do genocídio da juventude e da violência policial e
3- ampliação dos investimentos públicos em educação, com foco nos 10% do PIB para educação.
A luta pela reforma política, que também consideramos central, tem um
caráter mais amplo e tem envolvido o conjunto dos partidos, centrais e
movimentos sociais. Com isso, precisamos nos envolver e fortalecer,
mesmo sabendo que não é específica da juventude.
Avaliamos que é fundamental fazer uma reunião das organizações da
articulação da juventude, com a representação de todas as forças que se
envolveram neste processo e, se possível, que tenha a participação de
dirigentes de todo o Brasil para que possamos consolidar essas
avaliações.
Assim, convocamos todas as organizações para participar da reunião da
articulação da juventude brasileira, no dia 3 de agosto, em São Paulo.
Esse encontro acontecerá durante todo o dia, tendo um momento de análise
de conjuntura e depois de debate para que possamos construir a linha
mais unitária possível e as ações conjuntas.
CALENDÁRIO DE LUTAS
Fizemos uma discussão também sobre o calendários de lutas da
articulação, que se coloca como fundamental no atual quadro político e
pode cumprir o papel da canalizar a disposição de luta que a juventude
demonstrou no último período. Propomos que as organizações de juventude
se reúnam para avaliar, debater e organizar o seguinte calendário:
28 de agosto – Dia de luta das entidades estudantis que fazem parte
da UNE, em defesa dos 10% do PIB para educação, que deve acontecer de
forma centralizada em Brasília. Mesmo sabendo das dificuldades de
deslocamento, sugerimos que as organizações de juventude vejam a
possibilidade de participar.
30 de agosto- Realização de atos na frente das sedes da Rede Globo em
todo o país, para fazer agitação do “Fora Globo” como forma de pautar a
democratização dos meios de comunicação. Sugerimos que, nas reuniões
para a construção dessas manifestações, convidem as entidades do
movimento de democratização da comunicação e blogueiros progressistas
para construir conjuntamente o ato. No período que antecede essa
jornada, realizar aulas públicas sobre o tema, que podem contribuir para
acumular forças nesse processo.
7 de setembro- Participar, fortalecer e construir um bloco específico
da nossa articulação no Grito dos Excluídos, tradicional data de lutas
dos movimentos sociais e das pastorais, que tem como lema “juventude que
ousa lutar constrói projeto popular”. A bandeira central nesse dia de
luta é o fim do genocídio da juventude negra, contra a violência
policial e pela desmilitarização da PM, que dialogam com as pastorais
que constroem o Grito. O fortalecimento do Grito ganha uma dimensão
maior na medida em que organizações de direita também convocaram atos
para o 7 de setembro, então temos que fazer a disputa e demonstrar
força. Já consultamos o Grito Nacional, que apoia a nossa iniciativa.
Procurem as pastorais da juventude e a organização do Grito no seu
município para apresentar a proposta e fazer parte da construção.
AGENDA GERAL
Temos um calendário de reuniões, articulações e mobilizações, que
envolvem as centrais sindicais e movimentos populares, que precisamos
participar e colocar a perspectiva da juventude:
22 a 26/7- Atividades das organizações da Jornada Mundial da Juventude no Rio,
25/7- Mobilizações dos movimentos do campo em torno do Dia dos Trabalhador@s Rurais
30 e 31/7- Reunião da Juventude do Foro de São Paulo
29/7 a 4/8- Reunião do Foro de São Paulo
5/8- Plenária dos Movimentos Sociais em São Paulo
6/8- Luta das Centrais Sindicais contra terceirização, com atividades
no local de trabalho, paralisações e protestos contra entidades
patronais
30/8- Jornada de Luta das Centrais Sindicais com paralisações, greves e manifestações de rua
7/9 – Grito dos Excluídos
A construção dessas lutas demanda que sejam realizadas reuniões das
organizações da articulação da jornada de juventude para discutir as
bandeiras políticas e o calendário. Esperamos a rearticulação dos
comitês locais para que possamos construir a unidade na prática para
enfrentar os desafios colocados pela atual conjuntura.
Acreditamos que passamos por um bom momento para ampliar a nossa
articulação, convidando para participar setores que não conseguimos
trazer no começo do ano e também organizações que despontaram nesse
processo de lutas. Sugerimos que sejam realizadas aulas públicas sobre
as bandeiras apresentadas e construídas Assembleias Populares da
Juventude que possam fortalecer a unidade e ampliar a abrangência da
nossa articulação.
Por Vic Barros – UNE / Alfredo Santos Jr e Léa Marques – CUT /
Raul Amorim e Igor Felippe – MST / Carla Bueno- Levante Popular da
Juventude/ André Tokarski- UJS- União da Juventude Socialista/ Daniel
Souza- Reju- Rede Ecumênica da Juventude
Fonte:UNE
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