Páginas

quinta-feira, 4 de julho de 2013

SENADO APROVA PETRÓLEO PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA, BATALHA CONTINUA NA CÂMARA


JUVENTUDE NA RUA, VITÓRIA CERTA!
UNE quer recursos de contratos estaduais antigos também para a educação 

O Senado aprovou na noite da última terça-feira (2/06) o projeto do senador Eduardo Braga (PMDB) substitutivo ao PLC 41/2013 da Câmara dos Deputados, que destina os royalties da exploração do petróleo à educação (75%) e à saúde (25%). O novo texto muda partes do projeto anterior aprovado pela Câmara na semana passada e, por isso, deve ser remetido de novo para a análise dos deputados.

Segundo Braga, da maneira como está, o projeto destinará ao menos R$ 4 bilhões ao ano para a educação a partir de 2014.

Foi mantida a aplicação de 50% dos recursos do Fundo Social para que se cumpra as metas das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) – 7% do Produto Interno Bruto para a educação em 5 anos, e 10%, em 10 ano

CONTRATOS

O texto aprovado no Senado prevê que os royalties cuja declaração de comercialidade vá até 3 de dezembro de 2012 e da parcela dos royalties dos municípios e dos Estados de contratos celebrados a partir dessa data sejam divididos entre saúde e educação na proporção de 25% e 75%, respectivamente.

O texto aprovado no Senado resolve que a parte dos recursos que cabe à União será destinada para educação em todos os contratos, como previa a Câmara. Mas decide que no que diz respeito aos Estados e municípios, serão destinados à educação e à saúde os recursos dos royalties dos contratos firmados após essa data, áreas ainda improdutivas. Os contratos que foram firmados antes disso não tiveram seus recursos divididos.

Para a presidenta da UNE, Vic Barros, esse foi o principal retrocesso do texto do projeto. “A UNE vai lutar junto com todos os estudantes brasileiros para que a Câmara derrube essa mudança e volte a seu texto original, que destina também os recursos de contratos estaduais antigos”, afirmou.

De acordo com o relator do substitutivo, a ideia foi “garantir mais consistência jurídica e evitar o aprofundamento da judicialização”, já que os Estados e Municípios iriam contestar o texto do jeito que foi aprovado na Câmara na Justiça.

 RENDIMENTOS OU RECURSOS

O texto aprovado pelo Senado destina 50% do recurso da União no Fundo Social diretamente para a educação pública. Essa foi a principal mudança feita pelos deputados que resultou num crescimento expressivo de recursos para educação, segundo relatório do deputado André Figueiredo (PDT).

Dos rendimentos sobre os outros 50%, depositados no Fundo Social, 75% vão para a Educação e 25% para a saúde, assim como nos royalties diretamente. A Câmara havia aprovado tudo para a educação deste dinheiro.

VITÓRIA DOS ESTUDANTES

Logo após a votação, o senador Wellington Dias (PT) dirigiu-se aos estudantes que lotavam as galerias do Senado, apesar da hora em que a votação foi concluída: 23 horas. “Vocês saíram vitoriosos, porque há bem pouco tempo era impossível pensar em vinculação de recursos provenientes da exploração do petróleo para educação”, disse, lembrando que tentou defender a vinculação de 50% dos royalties para a educação e não conseguiu. “Não podíamos sequer falar nisso, foi a mobilização de vocês que fez a diferença”, recordou.

A senadora Ana Rita (PT) também comemorou a aprovação da proposta, dizendo que o país ainda tem muito a investir em educação, para garantir “que os jovens possam ter oportunidades de se qualificar”. Ela lembrou que a aprovação do projeto foi resultado das mobilizações nas ruas e “atende os anseios de nossa sociedade e de nosso Governo”.

Da Redação com informações da Agencia Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário