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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Fique por dentro do 64º CONEG

Ao longo de três dias, de 15 a 17 de julho, a UNE reuniu mais de 500 estudantes em seu 64º CONEG. Foram 324 entidades credenciadas no evento, que contou com cerca de 20 debates sobre temas ligados à educação, saúde, juventude, democratização da comunicação, o golpe à democracia, além de discussões acerca do combate ao racismo, à lgbtfobia e sobre a cultura do estupro. Uma pauta que permeou todos os debates foi a defesa da Democracia, e contra qualquer tipo retrocesso.
Saiba como foram os debates:

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

A pauta da Educação foi amplamente debatida durante o evento, com mesas que contaram com o interesse de grande público.
A aquisição do grupo Estácio pela gigante Kroton, que vai gerar o maior conglomerado educacional do planeta, foi ponto principal no debate sobre a mercantilização da educação, as fusões e a monopolização do ensino privado.
Uma das mesas mais concorridas foi a que discutiu a educação e os desafios nesse período de golpe. Temas como o PNE e o Escola sem Partido foram o centro do debate. Os debatedores apresentaram argumentos que desqualificam o projeto ESP.
O debate “A crise nas universidades públicas e a luta contra as mensalidades” foi outro que tratou da Educação como foco, e teve o objetivo de discutir os perigos das tentativas de privatização do ensino superior público no país.

SOS SUS

O debate da Saúde e seu desmonte, que está sendo realizado pelo governo golpista, também integrou o 64º CONEG. “O SUS é um prato suculento para o golpe”, disse Alexandre Padilha durante a mesa. Os debatedores de “SOS SUS – o desmonte da saúde pública” foram unânimes na defesa do Sistema Único de Saúde.

DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO

O entendimento de como as mídias alternativas fazem um contraponto à grande imprensa foi o centro da mesa “A atualidade do debate sobre a democratização da comunicação”. Os convidados falaram também sobre a importância de se pensar o setor para além da lógica capitalista.

A FUSÃO DO MCTI E AS OCUPAÇÕES

A fusão do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação com o das Comunicações, e o Ocupa Minc, movimento de resistência contra a extinção do Ministério da Cultura, também foram temas de debates.
“A fusão do MCTI é uma implosão, uma loucura golpista”, disse o secretário de C&T e Ensino Superior do Ceará, Inácio Arruda durante o debate do MCTI.
“Somos a residência da resistência artística do Rio de Janeiro”, diz integrante do Ocupa Minc – RJ durante debate “Ocupa Minc – O papel da Cultura na resistência”, que aconteceu no aniversário de dois meses da ocupação da Funarte, no Rio de Janeiro, uma das mais representativas do movimento.
Os movimentos sociais também “ocuparam” o 64º CONEG na mesa “Pelo direito à cidade”. Com representantes do MTST e do MBL, o debate teve como foco o processo de gentrificação e a especulação imobiliária como principais entraves para o acesso da população a uma moradia digna.

CONJUNTURA EM TEMPOS DE GOLPE

A mesa “O mundo do trabalho e o desemprego na juventude” levantou o debate sobre os aspectos que levaram a esse cenário, as projeções e os caminhos para entender e enfrentar o problema.
Medidas do governo golpista e a orquestração de ataques midiáticos contra a Petrobras colocam uma das maiores possibilidades de geração de renda do país na berlinda. Esse foi um dos centros do debate em “O Pré-Sal é nosso” que contou com a presença do ex-presidente da Agência Nacional de Petróleo, Haroldo Lima; do ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli e o Coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros, José Maria Rangel.
O último debate da noite de sexta-feira (15) do 64º CONEG da UNE discutiu o imperialismo na America Latina e o projeto do governo ilegítimo de Michel Temer, intitulado “Ponte para o Futuro”. A mesa foi aberta com a participação da cubana Heidy Ortega, presidenta da OCLAE, e contou ainda com Rubens Diniz, da Fundação Maurício Grabois, e com Juliana Gonçalves, bacharel em Relações Internacionais e ex-diretora da UNE.

POR QUE É GOLPE?

A mesa “Por que é golpe? Uma análise jurídica do golpe institucional” trouxe ao 64º CONEG um conjunto de nomes que trataram de desmistificar o “juridiquês” que envolve o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e demonstrar que o processo não possui fundamentação jurídica e trata-se, sim, de um golpe.

O COMBATE AO MACHISMO E AO EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA

Durante o 64º CONEG, também foram realizados dois debates, um contra o machismo e outro contra o extermínio da juventude negra no Brasil.
“Por todas elas, lugar de mulher é onde ela quiser” debateu a luta diária das mulheres no nosso país onde o machismo ainda impera, na universidade, no mercado de trabalho, na mídia, e em todas as instituições da sociedade.
A mesa destinada ao debate sobre o extermínio da juventude negra no Brasil ultrapassou o tema proposto e mostrou a transversalidade da luta contra o racismo. “É impossível discutir o racismo dentro de um único tópico”, falou Edson França, ex-presidente da UNEGRO.

DIÁLOGO QUE NOS UNE

Para encerrar a série de debates com chave de ouro, a mesa “Diálogo que nos UNE”, contou como convidados o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, o ex-advogado geral da União, José Eduardo Cardozo, o deputado federal Ivan Valente (PSol-SP) e o representante do Partido Pátria Livre (PPL), Márcio Cabreira. Com o teatro lotado, os debatedores trouxeram novas perspectivas para o futuro do país.
Fonte: UNE

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