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terça-feira, 7 de março de 2017

Contra a reforma da aposentadoria e violência machista, mulheres saem às ruas






Em SP marcha terá concentração a partir das 15h na Praça da Sé, centro da cidade; atos acontecerão nas principais capitais do Brasil - See more at: http://ubes.org.br/2017/contra-a-reforma-da-aposentadoria-e-violencia-machista-mulheres-saem-as-ruas/#sthash.vsU5hqaj.dpuf

Com o lema ”Aposentadoria Fica, Temer Sai. Paramos pela vida das mulheres”, diversas organizações convocam para a próxima quarta-feira (8), em São Paulo, uma grande marcha no Dia Internacional da Mulher. A manifestação tem início às 15h na Praça da Sé, centro da cidade.  Paralisações e atos acontecerão ainda em todas as capitais brasileiras e diversas cidades do interior.

“O governo golpista já começou a mudar as leis trabalhistas e a aposentadoria, fazendo o povo e as mulheres trabalharem ainda mais. Temer quer mudar as regras da aposentadoria obrigando os trabalhadores e trabalhadoras a contribuir por mais anos. Os golpistas dizem que a Previdência está em crise, mas isso é mentira. A seguridade social em 2015 deixou um resultado positivo de 23,948 bilhões de reais”, diz a carta convocatória da marcha.

Para a diretora de mulheres da UBES, Brisa Bracchi, sair às ruas será fundamental. “Nós, mulheres, que travamos tantas lutas em nossa história, desde o direito ao voto até a luta contra o golpe, nós que protagonizamos as ocupações das escolas e universidades em 2016, temos agora a grande missão de sair as ruas nesse 8 de Março e lutar contra essa reforma da previdência, lutar pela vida das mulheres, do campo e da cidade, estudantes e trabalhadoras”.

Brisa explica que, ao atacar direitos de trabalhadores e trabalhadoras, a reforma da previdência pode atacar duplamente as mulheres: “Um dos pontos da reforma, por exemplo, impõe a mesma idade para homens e mulheres aposentarem-se, entretanto temos uma sociedade em que a mulher possui dupla jornada de trabalho, com a obrigatoriedade do trabalho doméstico e das responsabilidades da maternidade, ou seja: como podemos exigir igualdade nas idades se não há igualdade na divisão do trabalho durante toda a vida?”.

Um basta ao machismo

O combate à violência contra a mulher também é um dos motes deste 8 de março. Em 2016, pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, mostrou que 86% das mulheres brasileiras ouvidas já sofreram algum tipo de assédio.

Em 2015, o Mapa da Violência divulgou que dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no Brasil, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que em 33,2% destes casos, o crime foi praticado pelo parceiro ou ex. Essas quase 5 mil mortes representaram 13 homicídios femininos diários em 2013.
A carta convocatória da marcha lembra que o aumento da violência patriarcal – machista e racista – fica mais evidente a cada dia. ”Casos extremos como os da chacina de Campinas e o assassinato de Luana Barbosa em Ribeirão Preto são exceções que confirmam a regra, expressões exacerbadas de um cotidiano marcado por agressões e abusos”, diz o documento.

8 de março unificado


Onde? Praça da Sé, centro de São Paulo, a partir das 15h.
Onde? Candelária às 16h.
Onde? Museu Nacional da República às 16h.
Onde? Largo do Redondo às 8h.
Onde? Praça da Imprensa a partir das 8h
Onde? Parque 13 de Maio às 14h.
Onde? Praça da Piedade às 13h.
Onde? Praça Santos Andrade às 17h.
Onde? Esquina Democrática às 17h.

Por Renata Bars com edição de Cristiane Tada, da UNE

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