O Carnaval é a maior manifestação cultural do Brasil. Mas você sabe como esta comemoração surgiu por aqui?
Muito brilho, cor,
música e alegria são as marcas deste período que é o mais festivo do ano. E
quando o assunto é ocupar as ruas, nada melhor que uma data como esta para
relembrar que a festa também é momento de luta.
No período colonial, os escravos realizavam uma das primeiras
manifestações carnavalescas no país: o entrudo, uma festa tradicionalmente
portuguesa, que na colônia era praticada somente pelos escravos.
Eles saiam às ruas lançando farinha nos rostos uns dos outros,
jogavam bolinhas cheias de suco de limão, baldes de água e luvas de areia. Como
aproveitavam a festa para valorizar suas danças e culturas – até então
reprimidas pela Igreja Católica – o entrudo começou a ser visto como uma
prática que ofendia os costumes da época.
A imprensa chegou a criar uma campanha contra as manifestações
populares, proibindo que os escravos ocupassem as ruas. E sofrendo forte
repressão das autoridades, o entrudo passou a ser criminalizado dando lugar aos
bailes de carnaval da alta sociedade.
Diferente do entrudo que era realizado nas ruas e sem
instrumentos musicais, os bailes da capital imperial, o Rio de Janeiro, eram
realizados em teatros ao som de polca, onde todos usavam fantasias luxuosas
Os cordões e os ranchos foram criados para adaptarem-se às tentativas de censura |
Os escravos e toda a camada popular resistiram à censura e, para manterem suas manifestações, criaram os cordões humanos que imitavam procissões religiosas, a fim de confundir as autoridades da época.
Assim, passaram a realizar cortejos onde jogavam capoeira, uma
prática também mal vista pelo império, e a tocar grandes bumbos. Com tempo, o
Carnaval tornou-se uma mistura cultural.
Curiosidade: Apenas no século XIX
que surgiu a primeira marchinha carnavalesca, com O Abre Alas de Chiquinha
Gonzaga.
Carnaval também é de luta!
Fonte: UBES
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