O Seminário de Educação da UBES foi um dos responsáveis a reunir estudantes de todos os estados do país para fortalecer as discussões sobre ensino técnico e meio ambiente durante o Fórum Social Temático 2012, em Porto Alegre. Discutindo suas pautas junto aos outros movimentos sociais que comporam o evento, o último debate aconteceu na sexta-feira (27), recebendo cerca de 200 estudantes e diferentes representantes de movimentos ligados à educação e meio ambiente.
Com o tema “ENSINO TÉCNICO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL”, jovens de diversas regiões contaram suas experiências nos institutos federais em que estudam, traçando uma visão nacional de como caminha esta área da educação. Os secundaristas colocaram em debate as novas diretrizes da estrutura curricular e tecnológica, para que neste momento em que o ensino técnico se expande, o setor seja favorável ao desenvolvimento e a sustentabilidade no Brasil.
ENSINO TÉCNICO: MOLA PROPULSORA PARA UM PAÍS SOBERANO
Acompanhando o tema do Fórum, “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”, a juventude colocou em debate a importância do ensino técnico para garantir a soberania nacional e tornar o país menos vulnerável às crises globais que atingem as grandes economias do mundo. Investimento em programas como Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (PRONATEC) foi um dos temas de destaque no Seminário, para que o Brasil permita à juventude, cada dia mais presente nas feiras científicas e ramos de especialização técnica, participar ainda mais e ter acesso à tecnologia brasileira.
Além da pressão social feita pela UBES e todo movimento estudantil pela liberação de 3 milhões de bolsas para o PRONATEC, o debate que teve a presença do coordenador da Secretaria de Meio Ambiente, Mauricio Scherer, debateu a evidente necessidade da formação de mão de obra qualificada, como aponta o diretor de comunicação da UBES, Rarikan Heven.
“O Brasil precisa formar profissionais que ocupem os espaços de diversos setores como metalúrgicas, Pré-Sal, eventos que sediaremos como a Copa do Mundo, olimpíadas e demais áreas que precisam atender às necessidades do povo brasileiro. Essas são metas que serão garantidas através do acesso e aprimoramento do ensino técnico, gerando emprego e desenvolvendo o nosso país”, afirma.
O debate avançou ainda mais com o depoimento dos estudantes que não encontram cursos nos institutos federais e acabam tendo como única opção o ensino privado. Segundo Rarikan, a paticipação da UBES no conselho gestor do sistema “S”( entidades Sesi, Senai, Sesc e Senac, vinculadas ao PRONATEC), levando ainda mais a população representada pelo movimento estudantil a se apropriar das ferramentas ofercidas.
“É preciso levar o debate aos institutos federais para que a escolha dos cursos seja debatida democraticamente, atendendo a demanda dos cursos em cada região, o real interesse dos estudantes e o atendimento adequado às necessidades de cada estado”, concluiu.
MEIO AMBIENTE É PAUTA PARA ESCOLA
O Seminário também discutiu o Código Florestal e a necessidade de levar o debate sobre meio ambiente para dentro das escolas, incluindo as pautas na grade curricular da educação básica, para que os profissionais do futuro tenham em sua formação a consciência ambiental, e o conhecimento para garantir ao país um desenvolvimento sustentável. É necessário estar em discussão nas salas de aula o conhecimentos sobre o Pré-Sal, a biopirataria entre outros bens naturais que a juventude precisa se apropriar, cada dia mais.
Com o Seminário preparativo para Encontro Nacional das Escolas Técnicas (ENET) da UBES que acontece no meio deste ano, os estudantes do movimento secundarista brasileiro saem com o debate fortalecido para as próximas atividades. Confira também o debate anterior durante o Fórum, com o tema “EDUCAÇÃO TEM QUE SER 10 – POR UM PNE A SERVIÇO DO BRASIL” que também colocou nos centro das discussões o Novo Plano Nacional de Educação (PNE) e o investimento de 10% do PIB para educação.
Fonte: UBES
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