Páginas

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Conheça as bandas selecionadas para a mostra de música da Bienal

Nove trabalhos de diferentes regiões do país foram selecionados para compor a programação deste ano
Pode aumentar o som! A mostra de música da Bienal da UNE já tem seus selecionados e promete encher o palco desta 10ª edição com muita criatividade, diversidade e engajamento. Nove trabalhos foram escolhidos: dois do Ceará, dois do Rio de Janeiro, dois de Minas Gerais, um de Goiás, um do Distrito Federal e um de São Paulo.
”Foi uma tarefa árdua selecionar apenas noves trabalhos, mas ao mesmo tempo, foi uma experiência maravilhosa ter acesso a música produzida pelos atuais estudantes brasileiros e saber que ela está sendo muito bem representada. Saímos dessa seleção repletos de motivação para pensarmos a música dentro das instituições de ensino com ainda mais afinco”, falou o coordenador da mostra de música da Bienal, Caique Renan.
Os critérios utilizados para a seleção dos trabalhos foram diversidade musical, afinidade com o tema, regionalidade e viabilidade técnica.
Para Caique, a proximidade com o tema desta edição – “Feira da Reinvenção”, também foi fator determinante. ”O Brasil vive uma onda criativa tão intensa, onde tudo se mistura e de repente, está reinventado. Uma prova disso é o grupo Overdrive Saravá, que, embora oriundos do Rio de Janeiro, traz uma riqueza nos ritmos, com acordeon, alfaia, guitarra, gaita. Nos remete imediatamente ao nordeste, não podendo ficar de fora dessa edição”, disse.
Questões sociais, raciais e de gênero também chegam fortes na mostra de música. Prova disso é a banda ”Mulheres de Buço”, que utiliza o funk como base para tratar da liberdade do corpo feminino dentro de uma sociedade patriarcal e heteronormativa, além de contar com nada menos que 10 mulheres em sua formação.
Os nove trabalhos serão apresentados na Mostra Selecionada de Música dentro da programação da 10ª Bienal da UNE. A programação traz ainda uma mostra convidada e shows que serão divulgados em breve aqui e no site da Bienal.

SERVIÇO

O que? 10ª Bienal da UNE
Quando? De 29 de Janeiro a 01 de Fevereiro de 2017.
Onde? Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Fortaleza, Ceará.
Quanto? R$150 até o dia 25 de janeiro. Cotistas e prounistas tem 30% de desconto até a mesma data. No dia do evento, a inscrição pode ser feita no local do credenciamento no valor de R$ 200.
Informações: bienaldaune.org.br

CONFIRA TODOS OS SELECIONADOS DA MOSTRA DE MÚSICA

Caju Lilás
Caju Lilás é uma banda brasiliense integrada por Camila Rocha, Juliana Maria e Marília Nóbrega. A temática principal do repertório é a igualdade de classe e gênero, feminismo e diversidade cultural.
Overdrive Saravá
O nome Overdrive Saravá reforça a identidade da banda, que tem por princípio a diversidade brasileira em sintonia com a distorção e a inquietação do rock’n’roll. Instrumentos como a alfaia e a gaita fazem parte da composição musical junto ao peso das guitarras, somando ritmos e leituras presentes tanto no maracatu como no baião, buscando não uma coerência em suas composições, mas sim uma construção de uma identidade onde todo o barulho formado tem um propósito pra além de uma lógica musical tradicional, um princípio de uma expressão plural e diversa.
Mano Money’s
Mano Money’s é residente do Grajaú e atua no RAP desde 2007, produzindo musicalmente um discurso congruente e contundente que contribui diretamente para a reflexão. Suas letras e apresentações, de maneira dinâmica, tem o viés de ressignificar as transformações sociais, resgatando uma fotografia política, poética e cultural que tem forte relação com os desdobramentos atuais vividos e enxergados pelo próprio, assim perpetuando sua identidade sonora que rompe com esses paradigmas e estereótipos estabelecidos e fomentados diariamente pela sociedade e a mídia de massa para com o indivíduo periférico.
Zaubar
Nascida em 2014, da vigorosa união quase que magnética de um grupo de amigos cuja a intensidade das vivências proporcionou-lhes o espaço perfeito para criação. Adentraram o cenário da música autoral caririense com o intuito de mostrar um trabalho que abarca não só a cultura regional, presente no sotaque e letras, mas procura trazer a manifestação cultural marcante de uma geração pós-manguetown que na década passada trouxe visibilidade ao cenário musical do nordeste para um âmbito nacional e internacional.
Mulheres de Buço
Mulheres de Buço é um coletivo de artes que se juntou a partir de uma inquietação comum: o espaço que as mulheres ocupam, tanto na vida quanto na arte. Atualmente encabeçam um experimento musical que estimula a liberdade do corpo feminino dentro da sociedade patriarcal e heteronormativa.
Talita Barreto
Natural de Belo Horizonte, Talita Barreto é cantora, compositora e instrumentista. Sua musicalidade passeia entre os diversos estilos da música negra, os ritmos brasileiros e regionais na busca por uma estética urbana e popular. Num anseio por novos olhares sobre o cotidiano, seu trabalho dialoga entre o passado e o presente da vida do povo brasileiro.
Guerrilha dos Coelhos Mutantes
Guerrilha dos Coelhos Mutantes do Césio 137, nome apelativo, sério, cômico e exótico. Resumindo sua essência, o caráter sério e apelativo está explícito nas letras de protesto, o cômico na forma de abordagem destas letras e na postura pessoal de seus membros, e o exótico está exatamente no experimento sem limites dos estilos musicais. Originalmente nascido no movimento punk, se apropriou do formato do RAP, incluiu na mistura o baião, funk setentista, catira, ska, grunge, ritmos caribenhos, new wave e muitos outros sabores musicais, sem deixar de fora o regionalismo do underground da cidade de Goiânia.
Samora N’Zinga
Samora N’zinga é um MC membro da Família Rumo Certo, grupo de RAP da capital mineira. O álbum “Primeiro Plano” é seu trabalho mais maduro e coerente musicalmente, que permeia a esfera do Hip-Hop. A letra é uma porrada lírica de mão fechada muito bem dada, que merece toda a atenção dos ouvidos na hora da audição e toda atenção da mente pra digerir com calma e tranquilidade cada estrofe.
Gabrielle Gomes
A banda fortalezense Gabrielle Gomes foi formada no começo de 2016 e suas raízes encontram-se no pop, soul, blues e rock. Sua influência americana abrasileirada resulta no som próprio da banda, que explora vertentes como a black music, reggae, jazz, samba e funky music. As letras – que vão do mais doce ao mais amargo – buscam valorizar as mulheres e destacar seu lado perigoso e atraente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário