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domingo, 22 de janeiro de 2017

Conheça os secundaristas da UJS – Parte 2

Dando sequência no nosso “esquenta” para o 3° Encontro Nacional de Grêmios, organizado pela UBES, e que acontece de 30 de janeiro a 1º de fevereiro em Fortaleza (CE), vamos apresentar nos próximos dias algumas figuras de destaque do movimento secundarista. Militantes da UJS que lutam diariamente contra os retrocessos na educação de nossas escolas.
O ano de 2016 foi de muita resistência por parte da juventude, sempre denunciando o sucateamento da educação, ocupando escolas, chamando atenção da opinião pública e enfrentando as medidas autoritárias do governo. A programação criativa das ocupações contaram com rodas de conversa, muita disposição para participar das atividades autogestionadas, e com isso estava de pé a Primavera Secundarista com mais de mil escolas mobilizadas no Brasil todo. E os desafios impostos pelo governo golpista eram gigantes: MP 746 de “deforma” do Ensino Médio, a PEC 241/PEC 55, e a Lei da Mordaça.
“As ocupações aqui no Distrito Federal foram em “efeito dominó″, bastou a primeira ser ocupada e assim várias outras foram sendo ocupadas, contra a MP 746, PEC 241/55, Lei da mordaça, pela isenção da taxa do PAS (Programa de avaliação seriada, vestibular da UNB), reforma das escolas e a construção da Universidade Distrital. No total foram 22 escolas ocupadas”, assim Thays Oliveira, presidente da UESDF , nos conta sobre as ocupações em sua cidade. Ela ainda nos fala que “foi uma experiência incrível e muito rica! Onde nós éramos responsáveis por resolver nossa própria alimentação, pensar e construir um cronograma da ocupação, dividir comissões e turnos de rondas noturnas. As ocupações aqui tiveram grande repressão policial e em algumas ataques fascistas”
Thays Oliveira, do Distrito Federal
Thays Oliveira, do Distrito Federal

Para a estudante Isabela Luzardo, de Canoas-RS, “as ocupações no Rio Grande do Sul foram enriquecedoras. Principalmente pela grande participação da galera da periferia, que com muita criatividade, com rimas de Rap, por exemplo, desconstruíram vários preconceitos que eles tinham. Dentro das ocupações era uma regra não termos nenhum tipo de preconceito e ai eles conseguiram desenvolver músicas com esse tema”. Segundo ela também serviu para uma aproximação de jovens que nunca tiveram contato com o movimento estudantil. Para ela é uma geração que demonstra que “será de muita luta”, e afirma que “ocupação é uma forma de ação direta, é algo que aproxima tantos os alunos quanto a comunidade que vive perto das escolas”.

A estudante gaúcha Isabela Luzardo.
A estudante gaúcha Isabela Luzardo.

Isabela estuda no Instituto Dr. Carlos Chagas, e quando perguntada sobre sua expectativa para o 3° Encontro Nacional de Grêmios, ela afirma que “será muito bom para a nossa geração que ocupou escolas e que está nessas lutas diárias contra os retrocessos do governo Temer. E no caso aqui do nosso estado, contra os desmanches que o governo Sartori está fazendo na educação”. Na opinião de Nycholas Pires, diretor do movimento estudantil secundarista da UJS em Alagoas, o Encontro será importante “para intensificar cada vez mais a luta dos estudantes em relação aos retrocessos vividos nesse último período, e sendo depois da onda de ocupações ajuda a manter vivo o espírito de luta presente no coração de cada aluno que ocupou sua escola”.

Nycholas Pires, secundarista de Alagoas.
Nycholas Pires, secundarista de Alagoas.

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