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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Todo apoio ao Sintusp e as entidades estudantis da ECA

Os ataques aos movimentos sociais e estudantis dentro da USP não param. E o pior: a reitoria da universidade intensifica suas ações no período das férias.

Dessa vez, ela ataca o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) é o alvo. Por meio de uma liminar, a reitoria obriga a entidade a desocupar o prédio que está localizado há 50 anos na Cidade Universitária. E ainda, na surdina, no dia 23 de dezembro, há poucos dias das férias coletivas, foi construída uma cerca com grades em volta do local, com a intenção de mostrar quem estaria no comando e impedir a entrada dos funcionários do sindicato na volta do recesso.


Além do Sintusp, estão no local as entidades estudantis  CALC (Centro Acadêmico Lupe Cotrim) e a ECAtletica  - que também serão retiradas do espaço, e sem opções de  realocação. A estudante de jornalismo do segundo ano e membra do Centro Acadêmico, Mayara Paixão, conta que em 2012, o espaço de integração dos estudantes da ECA, o Canil, foi demolido.  

"Naquela época a decisão foi tomada autoritariamente, sem qualquer consulta prévia com estudantes ou professores, e agora, a situação se repete. Eles escolhem o período das férias".
Os ataques ao espaço que abriga as organizações já acontecem há algum tempo. No ano passado, foi enviado um ofício ao Sindicato alegando a necessidade a "regularizar" o espaço, e que a ECA (Escola de Comunicação e Artes) utilizaria o local. Segundo Anibal Cavali, diretor de imprensa do Sintusp, a informação foi desmentida pela Escola.
"A reitoria não oferece nenhuma alternativa ao Sindicato. Nenhuma negociação, nem espaço alternativo. Conseguimos com muita luta uma audiência no Ministério Público no próximo dia 26, com representantes do sindicato e da reitoria.  A reitoria simplesmente quer retirar qualquer organização que esteja em defesa dos trabalhadores e dos direitos da Universidade".
Anibal conta ainda nessa segunda feira 16.01, em meio às férias, a unidade Creche Oeste, que fica dentro do campus Butantã foi fechada, sem qualquer aviso aos funcionários, às mães e aos pais que utilizam. Não há menção de que essas crianças sejam direcionadas para outras unidades e ao que se projeta, as vagas serão extintas.
"Não há qualquer preocupação com os profissionais da creche e nem com as famílias que serão afetadas", acrescenta o diretor.
No dia 19.01 acontecerá um ato em defesa do Sintusp e das entidades estudantis.Saiba mais.


A UEE-SP está em defesa do Sintusp e das entidades estudantis da ECA

"Vivemos um momento de ataque aos movimentos sociais. Tentam de todas as formas nos tornar invisíveis, e criminalizar nossas atuações e essas ações não devem ser encaradas de forma natural. Seus métodos utilizados para o desmonte do sindicato e das entidades estudantis durante o período das férias é autoritária e nos remetem aos tempos da Ditadura Militar.
Repudiamos a total falta de diálogo da reitoria nessa questões que envolvem o "despejo" do Sintusp, umas das mais tradicionais organizações dentro da USP, e das entidades estudantis da ECA.
Além disso, por meio do fechamento das creches inviabiliza a graduação de mães e pais e retira direitos dos trabalhadores e estudantes, sem qualquer aviso e diálogo. 
A UEE-SP, que historicamente trava lutas em defesa dos direitos e dos avanços sociais, se une às entidades, em defesa da educação e dos movimentos sociais. É preciso barrar o autoritarismo da reitoria da USP!"

União Estadual dos Estudantes de Sao Paulo - UEE/SP

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