Próxima reunião está marcada para dia 1 de agosto
Após a
primeira proposta de negociação ter sido veementemente rejeitada pelos
professores grevistas da rede federal de ensino superior, nessa
terça-feira (24/07) o governo federal ofereceu uma nova proposta para os
salários e o plano de carreira .
O governo sugere que o reajuste mínimo passe de 12% para 25%, o
máximo, para professores com titulação maior. Para aqueles em dedicação
exclusiva, permaneceria em 40%, além dos 4% já concedidos em uma medida
provisória.
A quarta-feira (25) foi de reuniões e debates entre os grevistas.
Eduardo Rolim, presidente da Federação dos Sindicatos de Professores de
Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), informou que, após
uma longa reunião do Conselho deliberativo, instância máxima da
entidade, a decisão foi de votar favoravelmente à proposta.
“Tivemos 15 pontos de nossa proposta atendidos, o Conselho
Deliberativo votou pelo final da greve, mas todas as nossas decisões são
submetidas ao conjunto de nossos associados, então nossa orientação é
que os sindicatos façam uma consulta aos professores antes que a decisão
seja tomada”, explicou Rolim.
No site da federação foi publicado um documento, com as resoluções propostas pelo governo detalhadas e comentadas.
Por sua vez, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (ANDES-SN) afirma não estar satisfeito. Segundo o Andes
em seu site, a proposta mantém a desestruturação do plano de carreira
dos professores federais, um dos principais pontos de reivindicação da
pauta dos professores.
Josevaldo Cunha, professor da Universidade Federal de Campina Grande e
diretor do Andes, conversou com o site da UNE e informou que há forte
indicativo de rejeição à proposta do governo.
“As mudanças apresentadas em relação à primeira proposta não
estruturam a carreira do professor. A proposta maquia correções, mas
todos continuam perdendo”, afirmou.
Segundo o Andes, acontecerão assembleias em todo o Brasil para que a posição do sindicato seja votada.
Uma nova conversa entre grevistas e governo está marcada para o dia 1
de agosto. A greve, iniciada dia 17 de maio, teve adesão de 57 das 59
universidades federais do país, incluindo funcionários
técnico-administrativos e estudantes, que, agregaram à greve sua própria
pauta. (link)
Camila Hungria/UNE
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