Estudantes debatem a qualidade do ensino no Brasil
Não há absolutamente nenhuma outra prioridade acima do debate sobre educação para o futuro do país nas próximas décadas. O crescimento econômico dos últimos anos, que alçou a economia brasileira entre as maiores do mundo, não pode conviver mais com as vergonhosas distorções no sistema educacional, má remuneração dos professores, pouca estrutura e sem projetos de desenvolvimento da juventude, principalmente a mais pobre e excluída.
Esse foi o fio condutor da Conferência Livre de Educação, que sacudiu os estudantes na manhã desta sexta-feira (29). Os rumos do setor no Brasil foram debatidos pela professora Norma, representando a secretaria de Educação de Contagem; o diretor da UBES de Minas Gerais, Francisco Faria; e o diretor da UBES de Brasília, Leonardo Matheus.
Norma, que iniciou a sua militância no movimento sindical há 23 anos, contou da sua experiência na secretaria. É a primeira vez que a professora participa de uma gestão pública. “Durante dez anos, eu participei do Conselho Municipal de Contagem e escolhi justamente a Câmara de Financiamento para estudo e debate dentro dos conselhos. Dentro desse debate de mais investimentos para a educação, é muito bacana discutir financiamento para considerarmos que, em um país desigual, a classe popular é a mais prejudicada”, afirmou.
Os estudantes também acrescentaram que a principal bandeira ao lado do financiamento da educação é a Reforma do Ensino Médico brasileiro. “A infraestrutura da escola brasileira aponta que algo está errado. A prioridade deve ser a luta pela qualidade na educação, a criação de um modelo democrático, com a real valorização do tripé ensino, pesquisa e extensão, muito mais assistência estudantil e a ampliação radical do patamar de financiamento público”, explicou Francisco Faria.
Patricia Blumberg
Crédito da imagem – Vitor Vogel
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