FOTO: Janine Moraes/Fotojornaleira
Após ataque à democracia concretizado nessa madrugada no Senado, atos aconteceram e prosseguem em todo país.
Ao longo de todo território nacional, nas últimas 24 horas, diversas manifestações ocorreram no Brasil em defesa do Estado Democrático de Direito, que foi duramente golpeado na madrugada desta quinta-feira (12), no Senado Federal, que votou o afastamento da presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, mesmo sem crime de responsabilidade.
Reforçando seu posicionamento de luta em defesa da democracia e contra a tomada de um governo sem legitimidade eleitoral, as manifestações dos movimentos sociais, organizações estudantis e trabalhadores foram intensificadas nesta quarta-feira (11).
Em Brasília (DF), após a 4ª Conferência Nacional de Política Para Mulheres, centenas de mulheres marcharam pelas ruas da capital do país. No início da noite, na Esplanada dos Ministérios, a polícia reagiu com truculência contra os manifestantes. Bombas de efeito moral foram atiradas contra os manifestantes que realizavam ato pacífico, duas mulheres feridas precisaram ser transportadas em macas por socorristas.
Em defesa da educação, os estudantes de São Paulo ocuparam a reitoria da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) em crítica ao plano de governo de Michel Temer denominado “Ponte para o Futuro”, que ameaça direitos sociais. Contra o governo que assume o poder sem legitimidade, na Avenida Paulista, ato ocupou o Vão Livre do MASP em “Vigília Contra o Golpe”.
Vigília contra o golpe, realizado ontem (11), Av.Paulista. |
FOTO: Mídia Ninja
No Rio de Janeiro, durante a madrugada, o movimento estudantil tomou as ruas para manifestar descontentamento com o prosseguimento dado ao golpe. Hoje, viam-se muros e calçadas com os dizeres “PMDB Golpista” e “Ditadura Nunca Mais”. Na Cinelândia, desde o fim da tarde, centenas de pessoas se encontram para fazer a resistência durante a votação no Senado.
FOTO: Bruno Bou/ CUCA da UNE |
Em Belo Horizonte, não foi diferente. A noite mineira foi marcada por trabalhadores, artistas e movimentos sociais que ocuparam a Praça da Liberdade numa manifestação que foi chamada de “Fora Temer”. O ato integra uma série de atividades do “Acampamento pela Democracia”, iniciado no Primeiro de Maio, dia do trabalhador.
Quinta-feira de luta
Hoje, a luta continua em todo Brasil. Eventos estão marcados em diversos estados. Em Brasília (DF), o evento “Povo pela democracia, fora Cunha, fora Temer, fora Bolsonaro”, deve ocorrer no Palácio do Planalto. Em São Paulo, mais de um evento ocorre: o “Fora Temer, Cunha na cadeia”, às 17h, na Nova Sede Estadual do PMDB, além do “Temer jamais! Resistir nas ruas por direitos”, com início às 17, no Vão do MASP, localizado na Av. Paulista. Há ainda a “Marcha noturna pela democracia”, às18h, na Praça Antônio Prado, na região central de São Paulo.
O “Fora Temer, Cunha na cadeia” é uma manifestação que deve acontecer em todo o país. Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Salvador (BA) aderiram ao movimento e vão às ruas no intuito de evidenciar a insatisfação com o PMDB e a instauração de um governo construído por meio de um golpe de Estado.
- Fonte: UBES
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