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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

EXPANSÃO UNIVERSITÁRIA É NECESSIDADE DO BRASIL

Porém, garantir a qualidade é um desafio importante, tema foi alvo de debates no CONEB da UNE
O tamanho do Brasil não corresponde ao tamanho da sua universidade. O país, que ocupa uma das maiores extensões teritoriais do planeta, que produz riquezas naturais diversas, que tem a formação multicultural de um povo etnicamente colorido, ainda possui uma rede de ensino superior aquém das suas dimensões e, principalmente das suas necessidades. A universidade não inclui, fielmente, a poopulação brasileira.

“Considerando que a universidade deve servir à soberania nacional, integrada ao projeto de nação e promotora da qualidade de vida, o que temos é ainda muito pouco”, declarou na tarde deste domingo (20) o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) durante mesa de debates do CONEB da UNE na Universidade Federal de Pernambuco.

Na companhia do senador, do secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação Amaro Pessoa Lins e do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) Carlos Maneschy, estudantes de todo o Brasil participaram do debate, que teve como tema “A expansão do sistema federal de ensino superior”.

O secretário do MEC apresentou um balanço do trabalho do governo federal, nos últimos anos, para ampliar a rede das universidades. Mostrou números e gráficos que foram levantados e destrinchados em uma comissão formada por técnicos do ministério em colaboração com estudantes da UNE. O relatório foi entregue em mãos ao ministro Aloizio Mercadante pelo presidente da UNE Daniel Iliescu mais cedo, também na UFPE.

À frente dos reitores de todo o Brasil, que lidam com demandas diversas para o desenvolvimento de cada universidade, Carlos Maneschy se declarou positivo frente ao atual processo de expansão, mas cobrou mais investimentos no setor:

“Precisamos apostar que a sociedade pode ser muito mais virtuosa com o desenvolvimento das universidades. No Brasil, todas as grandes transformações tecnológicas tiveram, a seu tempo, a colaboração da universidade, principalmente da área da pesquisa. Essa é uma característica do nosso crescimento enquanto país. Por isso, os investimentos em expansão precisam avançar”, declarou.

EXPANDIR COM QUALIDADE

A UNE defende a expansão dentro de um projeto de reforma universitária, porém com grande atenção à qualidade de ensino. Para isso, luta pela destinação de 10% do PIB para a educação como meta prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Como estratégia concreta para alcançar essa cifra e, consequentemente, garantir a expansão universitária de qualidade, a UNE defende a destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação.

Artênius Daniel

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