Porém, garantir a qualidade é um desafio importante, tema foi alvo de debates no CONEB da UNE
O
tamanho do Brasil não corresponde ao tamanho da sua universidade. O
país, que ocupa uma das maiores extensões teritoriais do planeta, que
produz riquezas naturais diversas, que tem a formação multicultural de
um povo etnicamente colorido, ainda possui uma rede de ensino superior
aquém das suas dimensões e, principalmente das suas necessidades. A
universidade não inclui, fielmente, a poopulação brasileira.
“Considerando que a universidade deve servir à soberania nacional,
integrada ao projeto de nação e promotora da qualidade de vida, o que
temos é ainda muito pouco”, declarou na tarde deste domingo (20) o
senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) durante mesa de debates do CONEB da UNE
na Universidade Federal de Pernambuco.
Na companhia do senador, do secretário de Ensino Superior do
Ministério da Educação Amaro Pessoa Lins e do presidente da Associação
Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(Andifes) Carlos Maneschy, estudantes de todo o Brasil participaram do
debate, que teve como tema “A expansão do sistema federal de ensino
superior”.
O secretário do MEC apresentou um balanço do trabalho do governo
federal, nos últimos anos, para ampliar a rede das universidades.
Mostrou números e gráficos que foram levantados e destrinchados em uma
comissão formada por técnicos do ministério em colaboração com
estudantes da UNE. O relatório foi entregue em mãos ao ministro Aloizio
Mercadante pelo presidente da UNE Daniel Iliescu mais cedo, também na
UFPE.
À frente dos reitores de todo o Brasil, que lidam com demandas
diversas para o desenvolvimento de cada universidade, Carlos Maneschy se
declarou positivo frente ao atual processo de expansão, mas cobrou mais
investimentos no setor:
“Precisamos apostar que a sociedade pode ser muito mais virtuosa com o
desenvolvimento das universidades. No Brasil, todas as grandes
transformações tecnológicas tiveram, a seu tempo, a colaboração da
universidade, principalmente da área da pesquisa. Essa é uma
característica do nosso crescimento enquanto país. Por isso, os
investimentos em expansão precisam avançar”, declarou.
EXPANDIR COM QUALIDADE
A UNE defende a expansão dentro de um projeto de reforma
universitária, porém com grande atenção à qualidade de ensino. Para
isso, luta pela destinação de 10% do PIB para a educação como meta
prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Como estratégia concreta
para alcançar essa cifra e, consequentemente, garantir a expansão
universitária de qualidade, a UNE defende a destinação de 100% dos
royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação.
Artênius Daniel
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