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sexta-feira, 31 de maio de 2013

MERCADANTE ADMITE NECESSIDADE DA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

Ministro da Educação participou, nesta sexta (31) do Congresso da UNE em Goiânia, em encontro com prounistas e cotistas
Pela terceira vez consecutiva, o Congresso da UNE reservou uma de suas principais atividades para o Encontro Nacional de Estudantes Prounistas e Cotistas. A atividade aconteceu na manhã desta sexta-feira (31), em Goiânia, com a presença do ministro Aloizio Mercadante e milhares de estudantes no Centro de Convenções da cidade. Apesar da UNE reconhecer avanços nas políticas do ministério nos últimos dez anos – como o Prouni e a ampliação do acesso às federais – a juventude ainda cobra muito, principalmente na área da assistência estudantil.
“Precisamos do fortalecimento do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), que hoje gira em torno de 600 milhões, mas sabemos ser insuficientes”, cobrou o presidente da UNE Daniel Iliescu. Segundo ele, o processo de expansão não pode acontecer melhoria na estrutura das universidades, bolsas para alunos pobres, restaurantes universitários, creches e outras políticas de permanência.
Mesmo que não tenha anunciado nenhuma medida próxima e objetiva nessa área, o ministro Mercadante admitiu que é preciso ampliar esse tipo de programas: “Acho que a UNE tem toda a razão de reivindicar essa pauta. Se estamos abrindo mais vagas para os negros, para os pobres, temos de garantir assistência a eles ao longo do curso. Não pode haver distinção de condições em relação aos outros alunos”, declarou.
O ministro afirmou, no entanto, que alguns esforços podem ser feitos também diretamente pelas universidades. “Respeitamos totalmente a autonomia universitária, mas opinamos que é um equiívoco que muitas instituições continuem tendo gastos como o vestibular, ao invés de aderir ao Enem e ao Sisu.”, declarou. Segundo ele, esses recursos economizados com o fim definitivo do vestibular nas instituições poderia ser destinado diretamente para a área da Assistência Estudantil.
Mercadante apresentou números sobre a educação superior em diversos aspectos. Defendeu o processo de expansão universitária, classificando-o como inevitável. “Na década de 80 tínhamos menos de dois milhões de estudantes na universidade, atualmente temos sete milhões. E há outros 7 milhões querendo entrar, de acordo com os dados do Enem e Sisu”, afirmou.
Defendeu os investimentos atuais no Prouni, que tem cerca de 1,2 milhão de estudantes bolsistas e a política de cotas. Segundo o ministro, os cotistas – tanto das cotas raciais como da escola pública – deverão ser 50% de todo o contingente de alunos universitários do país, dentro de quatro anos. O presidente da UNE lembrou que o movimento estudantil convocará, na plenária final do Congresso, uma Jornada de Lutas nos meses de junho, julho e agosto, para cobrar o aprofundamento dessas políticas em todo o país.
 Da Redação

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