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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MOVIMENTO SOCIAL E ESTUDANTIL PEDE A CASSAÇÃO DE BOLSONARO

Entidades afirmaram em coletiva a imprensa que não admitem outra punição para o parlamentar
A UNE e movimentos sociais de mulheres reuniram-se hoje (12/12) em São Paulo para discutir ações pedindo a cassação do mandato do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O deputado federal pelo Rio de Janeiro declarou no plenário da Câmara dos Deputados esta semana que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) porque ela não merece. As entidades querem que ele seja devidamente punido por apologia ao crime de estupro e pressionarão para que a representação no Ministério Público seja efetivada. Elas concederam uma entrevista coletiva à imprensa sobre o assunto. Ouça aqui a íntegra da entrevista.
Durante entrevista à imprensa, representantes das entidades informaram que, além de recorrer ao Judiciário, farão um ato político na próxima quarta-feira (17), no Congresso Nacional.
A Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Silva, afirmou na coletiva “não admitimos este tipo de discurso para um representante publico e faremos de tudo para que ele seja cassado”.
E continuou: “Queremos não só a condenação do deputado, mas que a sociedade discuta a questão”, ressaltou. O Anuário de Segurança Pública estima que, em 2014, tenham ocorrido 143 mil estupros no Brasil, dos quais apenas 50.320 foram registrados oficialmente.
Além da representação no MPF, que deve ser protocolada na segunda-feira (15), e do ato no Congresso Nacional, os movimentos enviaram carta à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pedindo a cassação do mandato de Bolsonaro, reeleito nas últimas eleições. “Fizemos o pedido, porque consideramos criminosa a declaração. Queremos a cassação dele. Pedimos que o Congresso discuta a violência contra a mulher e a desnaturalização do estupro na sociedade”, salientou Maria das Neves, diretora nacional de Juventude da União Brasileira de Mulheres (UBM).
A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Virgínia Barros avaliou que a declaração é mais grave por ter sido proferida por um deputado. “Elegemos os parlamentares para que eles aprofundem a democracia e combatam todas as formas de desigualdade e de opressão”, observou. Para Virgínia, embora o deputado tivesse manifestado opiniões idênticas em 2003, desta vez há uma mobilização mais forte da sociedade civil para responsabilizá-lo. “Existe uma soma de iniciativas para pressionar o Congresso Nacional a aplicar uma punição mais efetiva”, defendeu.
Também participaram da coletiva, durante reunião da direção nacional da CUT, representantes da Articulação Brasileira de Mulheres, da Marcha Mundial de Mulheres e da Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Com informaçoes da CUT e Agencia Brasil
Fonte: UNE

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