Páginas

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

QUASE 70% DAS BRASILEIRAS JÁ SOFRERAM ALGUMA VIOLÊNCIA

Para presidenta da UNE combater o machismo com atitudes diárias é o caminho para que as mulheres não se sintam ameaçadas
Quase 70% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência, segundo a Pesquisa Violência Contra a Mulher feita Instituto Data Popular, sob encomenda do Instituto Avon. O instituto ouviu mais de 2 mil homens e mulheres com idades entre 16 e 24 anos, nas cinco regiões do país, sobre os temas envolvendo relacionamento afetivo.
Ao serem questionadas, com base em uma lista de agressões apresentadas sobre algum tipo de ataque sofrido, 66% das mulheres responderam positivamente. Já 55% dos homens admitiram ter praticado alguma das ações mencionadas na sondagem – xingar, empurrar, ameaçar, dar tapa, impedir de sair de casa, proibir de sair à noite, não deixar usar determinada roupa, humilhar em público, dar um soco, obrigar a ter relação sexual sem vontade e ameaçar com arma, entre outras.
O levantamento abordou, principalmente, o comportamento manifestado em redes sociais como o Facebook, ente outros meios digitais. “O ciúme em excesso, a submissão e a necessidade de controlar o parceiro, inclusive sobre o que vestir ou postar nas redes sociais, são características recorrentes em relacionamentos entre jovens”, diz o relatório.
Recentemente veio à tona diversas denúncias sobre abusos e violência contra mulheres na maior universidade brasileira, a Universidade de São Paulo (USP) e outras universidades paulistas.
A Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto recebeu denúncias de dois casos de estupro – um teria ocorrido no início de 2013 em uma república, e o outro, no segundo semestre deste ano, dentro do campus. Outros oito casos de estupros no campus da capital paulista da Faculdade de Medicina são investigados pelo Ministério Público Estadual. Nesta terça-feira (03/12) foi aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a instauração de uma CPI para investigar todas as denúncias de violência que incluem ainda homofobia e racismo.
A presidenta da UNE, Vic Barros, comentou sobre o assunto em artigo divulgado no site da entidade. Nele ela afirma que todos devem ter consciência de que zelar pela integridade das estudantes deve ser papel da instituição, dos homens e das mulheres dentro das universidades.
“Combater o machismo com atitudes diárias, seja no dia-a-dia das aulas ou em festas e ambientes de descontração, é o caminho para que as mulheres não se sintam ameaçadas. Por isso é necessário que se ampliem em âmbito nacional as delegacias de proteção à mulher e as punições aos agressores. No contexto das universidades, precisamos criar órgãos específicos que sejam responsáveis pela apuração de todos os casos e pelo amparo psicológico às estudantes vitimadas”, destacou ela no texto. Leia na íntegra: 
Com informações da Agência Brasil
Fonte: UNE

Nenhum comentário:

Postar um comentário