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sábado, 15 de agosto de 2015

MOVIMENTO PEDE FIM DO CONTRATO DE EMPRESA ISRAELENSE COM RIO 2016

Palestinos estiveram presente no Brasil para lançar campanha “Olimpíadas sem apartheid”
Um ano antes do início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o Comitê Nacional Palestino de Boicote, Desinvestimentos e Sanções (BNC), liderando o movimento global de BDS contra Israel, lançou a campanha “Olimpíadas sem apartheid”. Representantes de movimentos sociais brasileiros e palestinos estiveram presentes em conferências organizadas no Rio de Janeiro e São Paulo.
A campanha pelo boicote, desinvestimentos e sanções a Israel foi chamada internacionalmente em 2005 por movimentos sociais palestinos e busca acabar com a ocupação de israelense dos territórios palestinos. Neste ano, o movimento chamou atenção ao pedir que os músicos brasileiros Caetano Veloso e Gilberto Gil não realizassem um show em Israel; o show foi mantido.
Desta vez, o alvo da campanha é a empresa israelense Sistemas de Segurança e Defesa e Internacionais (ISDS), que desde outubro do ano passado tem um contrato com o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio16. Os ativistas pedem que o comitê organizador rompa o contrato com a ISDS.
Segundo o coordenador do BDS para a América Latina, Pedro Charbel, a empresa, que está envolvida em crimes de guerra de Israel contra os palestinos, vê os Jogos Olímpicos como uma oportunidade de expandir os seus negócios no país. Atualmente, o Brasil é quinto maior mercado de importação de armas israelenses.
Charbel chama atenção ainda para a possibilidade de táticas utilizadas contra os palestinos serem replicadas no Brasil para reprimir movimentos sociais, com um impacto devastador sobre a vida da juventude pobre e negra.
“A ISDS vê os Jogos Olímpicos como um grande oportunidade de lucro e meio de exportar sua experiência ‘testada em campo’ em manter apartheid, repressão de pessoas, militarização de espaços urbanos ao redor do mundo. Isso deve ser parado”, declara.
O palestino Jamal Juma, ativista da Campanha Stop the Wall (Pare o Muro) em Ramallah, na Cisjordânia, vê no boicote às empresas de segurança israelenses uma forma do Brasil ajudar a pôr fim na impunidade na Palestina e ao redor do mundo.
“É inaceitável que se continue a permitir que Israel exporte sua experiência em repressão e violações de direitos humanos a qualquer um interessado em aplicar aquelas técnicas contra seu próprio povo. É assustador ver que os Jogos Olímpicos Rio16 estão oferecendo à ISDS um plataforma internacional para lavar sua cumplicidade com severas violações de direitos humanos na Palestina e América Central”, afirma Jamal.
Fonte: UNE

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