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sábado, 24 de outubro de 2015

Meia-entrada: produtores culturais preveem ingressos mais baratos

por Artênius Daniel.
Em entrevista ao site da UNE, Alessandro Queiroga, da Abrape (Associação Brasileira de Produtores de Espetáculos), afirma que legislação anterior “não tinha limite” para fraudes e irregularidades
Um ingresso de meia-entrada com valor de entrada inteira, um ingresso de entrada inteira com valor de dois ingressos. Quem nunca se deparou com tal cenário ao comprar as entradas para shows musicais, eventos esportivos, teatrais, festas por todo o Brasil? Identificado como um dos piores efeitos colaterais da falta de regulamentação da meia-entrada, o aumento excessivo no preço dos eventos deve sofrer mudanças, de acordo com alguns dos responsáveis pelo setor.
Segundo o representante da Associação Brasileira de Produtores de Espetáculos (Abrape), a grande variação no real valor dos ingressos é fruto de anos de uma legislação “sem limites”. Ele se refere ao enorme número de falsas carteiras e falsos estudantes que se proliferou pelo país. Segundo Queiroga, a regulamentação da nova lei da meia-entrada, publicada na última semana, será positiva para todos.
“Agora o documento está unificado, padronizado, impedindo as fraudes nas carteirinhas. Por outro lado, havendo a previsão de um mínimo de ingressos para meias para cada evento, os produtores podem prever com segurança em suas planilhas qual é o valor final do evento e quanto realmente precisa ser arrecadado pela bilheteria. Com isso, o valor virá a ter sua redução”, prevê.
Reunindo os responsáveis por alguns dos maiores espetáculos nacionais e internacionais na agenda cultural do país, a Abrape foi uma das entidades que participou das negociações para a construção da nova lei da meia-entrada.
“Tivemos a percepção de que nós, produtores, o pessoal da música, do cinema, do teatro, estamos na verdade com o mesmo propósito dos estudantes, fazer o direito ser exercido da forma correta”, afirma.
Em alguns estados, como a Bahia, por exemplo, produtores já seguem as orientações da nova lei há algum tempo, mesmo antes do texto ser regulamentado. O resultado foi a queda do preço já constatada em alguns eventos e centros culturais como, por exemplo, o teatro Castro Alves.
“Quando a lei começou a ser seguida, os espetáculos que já estavam marcados mais a frente reduziram o seus preços, pois os produtores já tinham uma mais segura para o seu planejamento”, relata Queiroga.

PADRÃO NACIONAL

A partir de agora, a identificação do estudante para a meia-entrada precisará seguir um padrão nacional definido pelas entidades nacionais UNE, UBES e ANPG, regido por estritas medidas de segurança e fiscalização.
Toda a rede do movimento estudantil, de centros acadêmicos, diretórios centrais, uniões estaduais e municipais, poderão emitir o documento nacional do estudante adequado ao padrão nacional.
As entidades investiram na consolidação de um sistema transparente e seguro para atender às demandas da nova legislação e assegurar o direito dos estudantes de todo o país. O Documento do Estudante das entidades possui certificação digital e passou a ser produzido a partir de padrões rigorosos, de forma a evitar fraudes e garantir o cumprimento da lei.
> Saiba mais sobre o Documento do Estudante aqui: www.documentodoestudante.com.br
Fonte: UNE

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