Páginas

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

CABRA MARCADO PARA MORRER - 1984

Cena de Cabra Marcado para Morrer, uma das obras mais importantes do documentarista
Esta semana começou mais triste com a notícia do falecimento do cineasta Eduardo Coutinho. Coutinho integrou Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes, o CPC da UNE, que nos anos 60 representou o que de melhor foi produzido artisticamente no país. Foi lá que cineasta paulista iniciou o seu trabalho mais importante: a ficção baseada em fatos reais Cabra Marcado para Morrer, um trabalho de história, jornalismo que partia do assassinato do líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira. As filmagens foram interrompidas pelo Golpe Militar de 1964, com parte da equipe presa sob alegação de comunismo, e retomadas quase 20 anos depois. Em entrevista Coutinho declarou: “minha vida parou com o filme. Esse é o fantasma. Como parou a vida dos camponeses”. A coluna de hoje rememora a vasta filmografia do documentarista que queria saber sobre o estado do mundo ouvindo as pessoas. Valeu Coutinho! Para a UNE você é eterno!
Início da década de 60. Um líder camponês, João Pedro Teixeira, é assassinado por ordem dos latifundiários do Nordeste. As filmagens de sua vida, interpretada pelos próprios camponeses, foram interrompidas pelo golpe militar de 1964. Dezessete anos depois, o diretor retoma o projeto e procura a viúva Elizabeth Teixeira e seus dez filhos, espalhados pela onda de repressão que seguiu ao episódio do assassinato. O tema principal do filme passa a ser a trajetória de cada um dos personagens que, por meio de lembranças e imagens do passado, evocam o drama de uma família de camponeses durante os longos anos do regime militar.

Fonte: UNE

Nenhum comentário:

Postar um comentário