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sexta-feira, 11 de março de 2016

8 de março: símbolo de luta

Oficialmente reconhecida pela ONU em 1975, data relembra a resistência feminina ao longo da história
Por Renata Bars
No ano de 1975, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o 8 de março como ”Dia Internacional da Mulher” muita luta e resistência feminina já haviam marcado a história. Em 19 de março de 1909, trabalhadoras americanas e europeias realizaram protestos contra as más condições de trabalho. Dois anos depois, em 25 de março de 1911, mais de 100 costureiras americanas morreram em um incêndio na fábrica em que trabalhavam sob condições insalubres e recebendo míseros salários. Somente em 8 de março de 1917, durante a revolução russa foi que o dia 8 passou a vigorar no calendário mundial como uma marca da luta feminina ao redor do mundo.
Sendo dia 19, 25 ou mesmo 8, as mulheres têm uma data simbólica para celebrar as conquistas e avanços na luta pela igualdade entre os sexos, discutir o papel da mulher na sociedade atual e os direitos a serem ainda conquistados.

Para a diretora de mulheres da UNE, a existência da data é simbólica, mas a luta cotidiana não pode ser esquecida. ” Ter uma data específica para relembrar a luta feminina é importante, porém temos que problematizar o fetiche das datas comemorativas. A gente não topa mais a demagogia do respeito e gentileza só no dia 8 de março. A luta diária das mulheres por uma sociedade sem machismo deve ser relembrada e respeitada sempre”, disse.

A presidenta da UNE, Carina Vitral, lembra que neste mês de março é urgente colocarmos o tema da violência contra a mulher dentro das salas de aula das universidades. ”As mulheres são maioria dentro das universidades e é inaceitável que sejam vítimas de assédios de professores, trotes machistas, estupros, assédios dentro dos campi e desqualificação intelectual em cursos considerados masculinos”, falou.
O CENSO do Ensino Superior de 2010, produzido pelo Ministério da Educação (MEC), mostrou que elas ocupam 57% das matrículas no ensino superior. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), as mulheres hoje representam 51,5% da população. São chefes de 24,099 milhões de famílias, das 64,358 milhões que vivem em domicílio particular.
”Que este março seja de luta e vitórias para todas as mulheres em todas as universidades brasileiras!”, exclamou Carina.

7º EME

De 25 a 27 de março a cidade de Niterói (RJ) vai se transformar no centro da cultura feminista estudantil com a realização do 7º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE (7º EME).
O EME surgiu em 2005, por iniciativa da diretoria de Mulheres da UNE, com o objetivo de ser um espaço de auto-organização e fortalecimento do debate feminista na entidade, contribuindo no combate ao machismo e todas as formas de opressão sofridas pelas mulheres dentro das universidades e no movimento estudantil.
As inscrições para esta edição podem ser feitas aqui. O valor é de R$ 33,00 e dá direito a alimentação todos os dias. As mulheres estudantes cotistas, do PROUNI ou FIES têm direito à isenção na taxa de inscrição. Para isso, devem enviar o comprovante para o e-mail mulheresnaune@gmail.com e aguardar a confirmação.
Fonte: UNE

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