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sábado, 16 de abril de 2016

Em Brasília, força total pela democracia

Mais de 60 entidades acampadas na capital federal se reuniram com o ex-presidente Lula e receberam uma carta da presidenta Dilma      
Os movimentos que vieram de todo o país para Brasília defender a democracia neste fim de semana, e que estão acampados próximo ao ginásio Nilson Nelson, receberam a visita do ex-presidente Lula e realizaram uma grande plenária na manhã deste sábado (16). Mais de 60 entidades estiveram representadas, entre elas a UNE, a UBES e a ANPG. As caravanas de todo o país não param de chegar a Brasília para a manifestação de domingo, que promete ser uma das maiores mobilizações populares na capital federal.
O ex-presidente Lula, que veio deixar sua mensagem aos acampados, destacou a força do movimento:
“É fácil vir fazer protesto em Brasília e ficar em um quarto de hotel, quero ver é ficar aqui neste acampamento, cozinhando, se organizando, como vocês estão fazendo”, disse.
Segundo ele, o país vive um momento grave:
“Esse é o mais longo período da democracia na história desse país, mas parece que a elite brasileira não gosta muito de democracia. Getúlio governou com mão de ferro por quinze anos, depois com quatro anos de mandato na democracia, se matou. João Goulart foi perseguido e teve de se mudar do país. O que temos de dizer a eles é que nós não vamos nos matar, nem nos exilar, nós vamos lutar pelo Brasil”, declarou.
lula
Durante o evento, também foi lida uma carta da presidenta Dilma aos acampados. Segundo ela, “amanhã não estará em jogo apenas o mandato de uma presidenta eleita, da primeira mulher presidenta do Brasil, o que está em jogo é o respeito às urnas e à soberania do nosso povo”. Em outro trecho, Dilma afirma que “nosso país tem todas condições de vencer e encontrar a paz. Mas somente a ordem democrática pode assegurar a reunificação nacional”.
A presidenta da UNE Carina Vitral fez um discurso destacando a participação da juventude nas recentes manifestações pela democracia em todo o Brasil.
“A juventude vai pra rua porque, além de um golpe à democracia, é um golpe aos nossos direitos”, ressaltou.
E destacou ainda: “Hoje podemos ingressar na universidade por programas que foram conquistados por muita luta dos movimentos sociais no último período. As cotas, o Prouni, o fies nos dão a chance de que o filho do trabalhador tenha a mesma chance do filho dos ricos”
arina
Carina ainda fez questão de dizer que barrar o golpe do impeachment no Congresso Nacional é só um dos passos do movimento estudantil.
“No dia seguinte, vamos nos manter nas ruas, nos manter mobilizados para fazer avançar esse país. Queremos 10% do PIB pra educação, queremos saber o que é essa tal pátria educadora que até agora não vimos, vamos conquistar um novo futuro”, disse.
Também participaram do ato o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stédile, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Adílson Araújo, além de parlamentares e outras organizações.
Fonte: UNE

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