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sábado, 13 de janeiro de 2018

R$4 não dá! Estudantes se unem à população contra aumento da tarifa em SP

A UBES esteve junto aos cerca de 10 mil manifestantes presentes no primeiro grande ato contra reajuste na capital paulista.

Nem a chuva torrencial que caiu sobre a capital paulista, nem a presença ostensiva da polícia foi suficiente para desanimar os estudantes e trabalhadores que participaram do primeiro grande ato contra o aumento da passagem em São Paulo, nesta quinta-feira (11).
Para o presidente da UBES, Pedro Gorki, presente na manifestação, este aumento representa a “proibição do acesso à educação e à cidade para muitos e muitas”. Ele lembra que o salário da maioria da população não acompanha os reajustes dos valores, o que se acentua com a reforma trabalhista.
No centro da foto: o presidente da UBES, Pedro Gorki, e a diretora de Comunicação da entidade, Isabela Queiroz, no ato contra o aumento da tarifa em SP. Foto: Guilherme Imbassahy
“Aumentar a tarifa é impedir que o estudante tenha acesso à Educação, é impedir o acesso à cidade da própria população. Estar no ato hoje é sair em defesa do passe livre, mas é também sair em defesa do direito do estudante de chegar à sua escola e, portanto, é defender a Educação para todos e para todas”, diz Gorki
Com gritos como “pula sai do chão contra o aumento do busão”, “meu dinheiro não é capim” e “o passe livre não é esmola, o filho do prefeito vai de Uber pra escola”, os manifestantes começaram a concentração por volta das 17h, em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo.  Em um dos primeiros jograis do ato, os manifestantes lembraram que Doria quebrou sua promessa de campanha. Em 2017, o prefeito de São Paulo havia prometido, durante a campanha para prefeito, que não faria aumento no valor unitário do ônibus. Às 18h, iniciaram a caminhada pelo Viaduto do Chá, e seguiram até a Estação Brás, onde convocaram o próximo ato para o próximo dia 17 em frente a casa do Doria.
Policiamento durante o ato contra o aumento da tarifa em São Paulo. Foto: Guilherme Imbassahy

“Esse aumento da tarifa é inaceitável, precisamos debater a política de mobilidade urbana. O preço da passagem aumenta, mas a qualidade do transporte público não.Nós que conquistamos o passe livre estamos aqui hoje neste ato para denunciar também as novas medidas de restrição do uso deste direito. Nós entendemos que o direito ao transporte público é social e devia ser garantido para todos e todas”, diz o presidente da UPES, Emerson Catatau.
Para a diretora de Comunicação da UBES, Isabela Queiroz, a luta pelo passe livre e pelo transporte é uma luta de todos. “É muito importante que consigamos barrar o aumento da passagem em São Paulo, esta que é uma cidade enorme. Este aumento significa a segregação do povo”, diz
Em São Paulo, as passagens de ônibus, trem e metrô subiram de R$ 3,80 para R$ 4 no último domingo (7). O reajuste foi anunciado de forma conjunta pelo prefeito, João Doria, e o governador Geraldo Alckmin. Na capital paulista, os maiores aumentos, acima da inflação, são justamente de quem mais usa ônibus ou que mora mais longe: no bilhete único mensal e na integração entre ônibus e metrô.
Por Natasha Ramos e Natália Pesciotta
Fonte: UBES

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