Estudantes e movimentos sociais do Chile se preparam para paralisação nacional dia 1º de junho
A Confederação Nacional de Federações Estudantis do Chile (Confech), em conjunto com a Central Unitária de Trabalhadores e demais organizações do movimento social chileno, apoiadas pela UNE, counvocou uma paralização nacional nesta quarta-feira ( 1/06). A expectativa é de que mais de 50 mil manifestantes estejam presentes para protestar contra a crise pela qual passa a educação superior chilena, e para combater o caráter mercantil que trem tomado a educação no país.
A UNE apóia o movimento estudantil chileno, membro do Secretáriado Executivo da Organização Continental Latinoamericana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), o brasileiro, Mateus Fiorentini , encontra-se no país já há alguns dias e participará da paralisação do dia 1. “Temos que apoiar e estar de olho na educação aqui. Estamos discutindo a integração do continente, temos que discutir que tipo de integração queremos. Um país com a educação mercantilizada não contribui para isso”, explica Mateus.
O movimento estudantil chileno já havia saído às ruas no último dia 26 de maio. A manifestação teve o objetivo de entregar ao ministro de educação um ultimato para que o governo reconheça a crise e tome medidas urgentes. “Aqui no Chile a situação é muito parecida com a nossa, eles vêm sofrendo um processo muito grande de privatização. E mesmo as universidades públicas não são necessariamente gratuitas. A educação é mercantilizada, não tem regulamentação”, lamenta Mateus, que também esteve presente na manifestação do dia 26 de maio.
A UNE está dando suporte para que o movimento estudantil chileno se organize. De acordo com Mateus, apesar dos estudantes do país terem uma capacidade de mobilização imensa, a recém formada Confederação Nacional de Federações Estudantis do Chile (Confech), ainda não está devidamente organizada. “Eles vêm o Brasil como uma realidade muito parecida com a deles, e querem aprender como nos organizamos tão bem. Participei de debates para falar da experiência do movimento estudantil no Brasil”, explica.
Mateus também enxerga semelhanças na conjuntura educacional do Chile e do Brasil no que diz respeito à mercantilização da educação, porém, ressalta os avanços que o Brasil já conquistou no diálogo com o governo. “Temos um momento político do país em que conseguimos dialogar. O governo deles não é aberto a diálogo e a repressão é brutal. Durante a marcha do dia 26 o clima estava pesado”, lembra.
O representante do Brasil na OCLAE, Mateus, reafirma a importância do apoio do movimento social estudantil brasileiro aos estudantes chilenos também como uma forma de coibir a violência policial durante as manifestações. “Além de apoiar o movimento deles, estamos aqui para ter uma bancada internacional para ver se de certa forma coibimos a repressão e a violência”, finaliza.
Da Redação - UNE
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