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terça-feira, 16 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012 ALCANÇA RECORDE DE MULHERES ELEITAS PARA PREFEITURAS MUNICIPAIS

UNE

Número de candidatas escolhidas para o cargo aumentou 31,5% em relação às eleições de 2008
Historicamente privado da participação na vida política, o público feminino vêm conquistando cada vez mais espaço nas eleições brasileiras. Tal conquista é sinônimo não apenas de uma grande luta por uma sociedade mais justa. É um reflexo de todo um movimento em defesa da igualdade de direitos, como o acesso à educação, o direito de votar e ser candidata e as condições igualitárias de ingresso no mercado de trabalho.
Nesse contexto, as eleições municipais de 2012 foram as primeiras a incentivar a candidatura de mulheres, com a vigência da Lei 12.034/2009, que estabelece que cada partido ou coligação, deve preencher o mínimo de 30% para candidaturas de cada sexo.
Esta legislação colaborou para aumentar o número de candidaturas para o cargo de vereador, alcançando a média de 37% de candidaturas femininas.
Para a diretora de mulheres da UNE, Liliane Oliveira, a participação feminina na política tem aumentado significativamente, mas avanços ainda são necessários. ‘’ Precisamos progredir cada vez mais, tendo mulheres eleitas comprometidas com políticas públicas para as próprias mulheres. As leis já começam a demonstrar esses avanços, indeferindo a participação de partidos que não cumpriram a cota de candidatas, por exemplo. Tendo cada vez mais mulheres inseridas na democracia, poderemos pensar e agir para garantir mais igualdade de gênero no Brasil’’, explicou.
Em 2012, as mulheres representaram 12,03% do total de prefeitos eleitos no país, somente no primeiro turno. Durante o segundo turno ainda há uma mulher na disputa para a prefeitura da cidade de Manaus, no Amazonas.
O estado de Minas Gerais obteve o maior número de prefeituras que serão comandadas por mulheres, com 71 eleitas. Em segundo lugar está São Paulo, com 67; seguido da Bahia, com 64; Paraíba, com 49; e Maranhão, com 41.

A primeira brasileira a votar foi Celina Guimarães Viana, no estado do Rio Grande do Norte, em 1927. A façanha, naqueles tempos de exclusão completa da mulher na vida pública, aconteceu devido aos conflitos entre a legislação daquele estado e a Constituição Federal brasileira. Pouco tempo depois, a estudante mineira Mietta Santiago, na época com 20 anos e regressando da Europa, fez o mesmo, utilizando-se de uma sentença judicial até então inédita nas cortes brasileiras. Começava um movimento nacional de mobilização de ativistas, escritoras, militantes políticas, trabalhadoras e muitas outras que levaram o presidente Getúlio Vargas a suprimir, em um decreto de 1932, qualquer restrição ao voto feminino.
Da Redação/UNE
Foto: César Ogata

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