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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

DEBATE DE MULHERES APRESENTA IDEAIS POR UMA EDUCAÇÃO EMANCIPADORA

DEBATE DE MULHERES APRESENTA IDEAIS POR UMA EDUCAÇÃO EMANCIPADORA

Centralizando na importância da construção do pensamento nas escolas, mesas de debate formulam meios de combater machismo
Entre a programação que reuniu cerca de mil estudantes em Brasília, o grupo de debate do 14º Coneg da UBES que discutiu o preconceito de gênero no último dia 7 de setembro foi responsável por lotar a sala ‘Lugar de mulher é onde ela quiser’ durante o evento secundarista. Partindo da lógica que o preconceito é construído da mesma maneira que uma faca é afiada, os estudantes que comporam as discussões colocaram em pauta a realidade cotidiana de milhares de jovens vítimas do machismo.
Diversos depoimentos evidenciaram o posicionamento dos estudantes que cotidianamente enfrentam o impacto do preconceito de gênero vindo de raízes sutis. Segundo diversas intervenções, os jovens já compreendem que a obrigatoriedade de separar os garotos nas filas escolares, a divisão dos esportes – subentendidos como femininos ou masculinos se repetem nos comportamentos sociais dentro e fora da escola.
No âmbito político, a pressão política das bancadas chamadas conservadoras foi destacado pela debatedora de uma das mesas, deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que evidenciou a necessidade de estabelecer direitos de igualdade na lei para combater a inferiorização latente nas relações. “Não adianta querer políticas publicas se o Estado responsável por elas é preconceituoso. Um estado preconceituoso veta, vai contra, poda ações em respeito às diversidades”, argumenta.
Maria das Neves, Diretora de Cultura da UNE e Diretora de Jovens Mulheres da União Brasileira de Mulheres (UBM) destaca que a luta contra a opressão às mulheres, o machismo e a todo tipo de espetacularização precisa receber o apoio dos meninos. “A luta por direitos e respeito à mulher é de todos”, conclui citando Marx. “A opressão do homem com o homem começa quando o homem oprime a mulher”.
Presente na sala, Ananda, professora no Rio Grande do Sul afirma que “as mulheres não querem tomar o lugar dos homens. Não é uma guerra dos sexos como a grande mídia coloca!”, segundo a profissional, as mulheres querem apenas seu lugar, seu direito de escolha e respeito como qualquer outra pessoa.

A CONSTRUÇÃO DE UMA ESCOLA EMANCIPADORA

O debate proposto na grade da programação do Coneg trouxe ao centro das discussões o enfrentamento da UBES em levar à pratica das escolas os assuntos ligados diretamente aos desafios das mulheres, práticas preventivas ensinadas entre as disciplinas como o tema sexualidade. O movimento estudantil, em suas pautas, compreende a necessidade de quebrar os tabus nas escolas, de maneira a relacionar essa aprendizagem e a relacionar diretamente ao sucesso da orientação educacional, de maneira a deixar de lado as raízes conservadores que não permitem a abordagem do assunto. Um exemplo é a gravidez precoce, principal motivo da evasão escolar.
Viviane Gomes, conselheira do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e membra da Confederação das Mulheres dos Brasil (CMB) acrescenta ainda a necessidade da “educação como base de sustentação. O país tem condições financeiras para isso, falta mobilizar para que aconteça”.
O combate ao machismo e à homofobia são lutas diárias em debates fortemente arguidos pelos estudantes que comporam a mesa de discussão. Veja um dos trechos de encerramento do tema durante o 14º Coneg.
Fonte> UBES

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