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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

NO SENADO, MERCADANTE NEGOCIA VOTAÇÃO RÁPIDA DO PNE

UNE segue na campanha pelos 10% do PIB para o setor
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esteve no Senado nesta quarta-feira (4/9) fazendo negociações para que haja votação do Plano Nacional de Educação (PNE) o mais rápido possível. O Plano já passou pela Câmara dos Deputados e, agora, depende da aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da Comissão de Educação (CE) do Senado.
Um dos pontos mais sensíveis do texto, segundo Mercadante, é o que estabelece o atendimento universal em escolas públicas de ensino regular de crianças e jovens com deficiência. O ministro tem feito reuniões com representantes das associações e escolas especiais e parlamentares para chegar a um acordo que possibilite a votação do PNE – a expectativa é que o projeto seja votado nas próximas duas semanas.
Mercadante afirmou que a ideia do governo é que as Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) atuem de maneira complementar ao estudo regular e continuem recebendo financiamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Para ele, as crianças deficientes devem estudar em escolas públicas comuns para estimular o respeito e a convivência com pessoas diferentes.
“Uma criança surda precisa estar em um momento do desenvolvimento dela na escola especial para aprender Libras [Língua Brasileira de Sinais], aprender a conversar na linguagem dos surdos. Mas ela precisa ir para a escola pública para aprender a conviver com os outros e para os outros aprenderem a conviver com a diferença. Isso é importante para a democracia e para o desenvolvimento da cultura da diversidade, do respeito ao outro, que a escola tem que estar sempre preservando”, exemplificou o ministro.
A UNE SEGUE CAMPANHA PELOS 10%
A campanha a favor de mais investimentos para a educação se tornou a principal questão defendida pela UNE nos últimos anos e é a maior e mais unificada luta dos movimentos sociais.
“A oportunidade é histórica e está nas mãos do Congresso Nacional romper com 500 anos de déficit educacional que subjuga o país ao analfabetismo e à dependência. Isso só será possível se invertermos a prioridade do gasto público no Brasil, que ainda gasta quase metade de seu orçamento com pagamento de juros e amortizações da dívida, enquanto investe 5,7% em educação”, avaliou a presidenta da entidade, Vic Barros.
Para a entidade, o Plano Nacional de Educação (PNE) é uma grande oportunidade de conquistar políticas que superem a dívida histórica do Brasil, democratizando radicalmente o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade. Um dos principais entraves para sua aprovação é, exatamente, a parte do texto que explicita o valor do PIB a ser destinado para a educação.  A UNE seguirá nas ruas e nas universidades intensificando suas “blitz” no Congresso, para conquistar os 10% do PIB para o setor.
Da Redação com informações do Portal Aprendiz
Fonte: UNE

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