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quarta-feira, 28 de maio de 2014

GREVE DA FASUBRA CHEGA AO 71º

Paralisação deve se intensificar nas próximas semanas.
A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) decidiu manter a paralisação que já dura 71 dias e vai intensificar a pressão para que suas pautas sejam atendidas. Dentre as principais reivindicações dos grevistas estão o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com jornada de trabalho de 30h sem redução de salário, visando manter a Universidade aberta em três turnos e ampliação das creches universitárias. O Governo federal recebeu, na semana passada, representantes da Fasubra para tentar uma negociação, porém não houve acordo.
O Secretário de Relações de Trabalho, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, disse que “não há margem orçamentária para apresentar uma proposta financeira que impacte de forma significativa no funcionalismo”. Por isso o Comando Nacional de Greve (CNG) decidiu por unanimidade que o momento é de fortalecimento da greve com ações que devem ser assumidas e cumpridas por todos trabalhadores técnico-administrativos para que haja visibilidade e pressionam o governo a atender a pauta da categoria, que mantêm parados aproximadamente 15% dos mais de 180 mil trabalhadores. O coordenador geral da Fasubra, João Paulo, comenta que “a perspectiva é aumentarmos [a greve] e a tendência agora é radicalizar mais o movimento. Fechar reitorias, vias públicas, participar de grandes eventos, para sensibilizar a sociedade”. 
Na última quarta-feira (21/05) trabalhadores da Universidade de Brasília (UnB) e integrantes do CNG fizeram uma barricada e atearam fogo em pneus na avenida L3 Norte que dá acesso à UnB. De lá seguiram até o Palácio do Planalto onde a presidenta Dilma estava com reitores das instituições federais de ensino. Os manifestantes tomaram a Praça dos Três Poderes com faixas exigindo uma negociação.
Em balanço divulgado também na quarta (21/05), a Fasubra pediu a adesão de todos os trabalhadores à greve: “A única forma é ampliar a greve, com ações que devem ser sincronizadas e cumpridas por todos para que deem visibilidade e forcem o governo a atender nossa pauta, e para isto é preciso que cada companheiro da base venha fortalecer o movimento”, afirma João.
A Presidenta da União Nacional dos Estudantes, Virgínia Barros, reforça a importância dos técnicos administrativos e ressalta a necessidade de mudanças: “devido a recente expansão das Instituições de Ensino Superior Federais, a demanda por profissionais da educação cresceu, por isso há necessidade de reforçar ainda mais o quadro de servidores, para que avancemos ainda na qualidade das universidades”.
Yuri Salvador - UNE

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