Grupo de trabalho da CNTE reuniu-se nessa quarta-feira (7/5), em
Brasília, para avaliar as metas de Dakar EPT. Em 2000, governos de todo o
mundo reiteraram no Fórum Mundial sobre Educação, em Dakar, no Senegal,
as suas promessas de atingir a Educação para Todos e Todas (EPT),
declaradas dez anos antes em Jomtien (Tailândia). Durante a década de 90
não se verificaram os resultados esperados e por isso foram
estabelecidas novas metas para 2015, que são:
1. Estender e melhorar a proteção e educação integral da primeira infância;
2. Acesso de todas as crianças ao ensino primário, gratuito e de qualidade;
3. Velar pelas necessidades de aprendizagem de todos os jovens e adultos;
4. Aumentar o número de adultos alfabetizados;
5. Suprimir as disparidades de gênero no ensino primário e secundário;
6. Melhorar todos os aspectos qualitativos da educação.
A promessa da comunidade internacional para 2015 era de que "Todos os
meninos/meninas, jovens e adultos teriam educação básica de qualidade".
Cinco entidades ligadas à CNTE, além dos titulares da secretaria de
Assuntos Educacionais, Especialistas, Formação, Internacional e Geral da
entidade trataram da participação na pesquisa inédita que está sendo
conduzida pela IE e investiga as condições de trabalho de professores em
todo o mundo, com o objetivo de fazer a ponte entre a formulação de
políticas e a realidade da sala de aula.
Além do posicionamento da Confederação sobre o assunto, uma pesquisa
eletrônica deve ser respondida por professores. A meta é saber a opinião
de mil educadores no Brasil. Os resultados serão apresentados ao
Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon. Ao participar, o
docente ainda concorre a 10 viagens para Nova Iorque para acompanhar o
evento da ONU em comemoração ao Dia Mundial dos Professores, em 5 de
outubro, no qual serão debatidos os Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio para 2015, compromisso firmado em 2000 por 189 governos, sendo
dois referentes à Educação – como meio de erradicar a pobreza e de
promover o desenvolvimento –, bem como as metas para os próximos 15
anos. O debate global pós-2015 sobre a educação deveria, na opinião da
Internacional da Educação, refletir a realidade da sala de aula e levar
em conta especialmente a voz dos profissionais desta área.
A iniciativa, segundo Combertty Rodríguez, diretor da Internacional
de Educação da América Latina (IEAL), é avaliar o cumprimento das metas
para apresentar um documento mundial: “No Brasil, a tendência é que
sejam apresentados avanços, pois o governo pode mostrar resultados, mas
em um país continental, com tantas variações, inclusive na legislação,
essa complexidade impede um critério único de valoração. A pesquisa está
sendo feita em diferentes países e em alguns não há registro de êxito,
por conta de políticas neoliberais que acabam promovendo o mercantilismo
na educação e o desenvolvimento da escola privada em detrimento da
educação pública de qualidade.”
Veja mais fotos da reunião na página da CNTE no Facebook.
As perguntas são sobre as condições de ensino e aprendizagem, como
parte da avaliação das metas de Educação para Todos. A pesquisa está
disponível até o final de julho em vários idiomas, inclusive português,
no endereço www.ei-ie-al.org. Participe!
Fonte: CNTE
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