Por SINPRO-DF |
Começa neste 20 de novembro os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. No Brasil, a data foi escolhida para ser concomitante ao Dia Nacional da Consciência Negra, com o objetivo de enfatizar a dupla discriminação sofrida pela mulher negra.
De acordo com o Disque 180, as mulheres negras representam 58,8% das vítimas em casos de violência doméstica. Elas também são 65,9% das que sofrem com a violência obstétrica, como aponta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já o Ministério da Saúde mostra que elas morrem mais em decorrência do parto: são 53,9% dos casos.
As mulheres negras também enfrentam desigualdade no ambiente de trabalho. Segundo o IBGE, o rendimento médio delas é de R$ 800 ao mês. Já homens brancos chegam a ganhar quase o dobro: R$ 1.559.
As mulheres negras também enfrentam desigualdade no ambiente de trabalho. Segundo o IBGE, o rendimento médio delas é de R$ 800 ao mês. Já homens brancos chegam a ganhar quase o dobro: R$ 1.559.
“Essa é uma realidade que temos que combater diariamente em todos os espaços. Temos que falar sobre o tema, orientar a sociedade e acabar, de uma vez por todas, com o racismo e a violência contra a mulher, que, casados, cria o que há de mais repugnante na sociedade”, avalia a secretária de Mulheres da CUT Brasília, Sônia de Queiroz.
Para tentar resolver o problema, foi criada em 2003 a Secretaria Especial de Política para Mulheres. Desde então, o país reconhecia a necessidade de um olhar mais cuidadoso para a melhoria da qualidade de vida das mulheres negras, porém a pasta foi extinta pelo governo Temer.
Para tentar resolver o problema, foi criada em 2003 a Secretaria Especial de Política para Mulheres. Desde então, o país reconhecia a necessidade de um olhar mais cuidadoso para a melhoria da qualidade de vida das mulheres negras, porém a pasta foi extinta pelo governo Temer.
Saiba mais
A Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres é uma mobilização anual, praticada simultaneamente por diversos atores da sociedade civil e poder público engajados nesse enfrentamento. Desde sua primeira edição, em 1991, já conquistou a adesão de cerca de 160 países. Mundialmente, a Campanha se inicia em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, e vai até 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos, passando pelo 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Como no Brasil a campanha começa antes, no dia 20 de novembro, são 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher.
Fonte: CUT Brasília, com Rede Brasil Atual e www.compromissoeatitude.org.br
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