Não foi um atentado contra uma parlamentar, simplesmente –mas contra uma parlamentar de esquerda, que defendia direitos elementares de uma parcela dos cidadãos que tem sido mais humilhada que de hábito.
Não foi num lugar qualquer –mas numa terra sem lei, um faroeste caboclo, antro do que há de pior na pior política praticada neste país.
Não foi numa situação normal –mas em uma cidade ocupada ostensivamente pelas “forças de segurança”, a mando de gente deplorável relacionada a crimes de provas cabais, que se travestiu de autoridade rasgando a Constituição.
Tudo parece claro demais pra ser coincidência. E o jogo de sombras desta tragicomédia de erros tem um roteiro previsível: o desejo de recrudescer, sob o argumento de que é preciso botar ordem nesse barraco.
Não lembro se já falei sobre isso. Mas tudo está claro demais pra ser coincidência. E há um cheiro de Riocentro no ar. Só que, desta vez, vão tentar deixar a bomba no colo do “inimigo” –aquele que pensa em mais que si mesmo, que defende o direito de se ter direitos, que persegue uma utopia chamada democracia.
Fizeram desse país uma República de Bananas, definitivamente. À base de um festival de falcatruas estrelado por quem deveria zelar pra que não fosse assim. E de uma sucessão de cortinas de fumaça que tentam encobrir o que há por trás, sempre –e, aqui, cabe o estado de alerta, mais uma vez.
Uma República de Bananas ungida sob as bênçãos das grandes corporações da mídia e dos patos-patetas-patéticos de camisas-amarelas, que dá mais um (o definitivo?) passo firme adiante, num triste momento histórico, em direção ao abismo.
Esta pocilga, senhoras e senhores, virou um circo. E os palhaços seguimos aqui. Ladies and gentlemen, sejam bem-vindos ao Gran Circo dos Horrores Infinitos. Estrelando a elite mais tacanha (como atiradora de facas?), os políticos mais grotescos (equilibristas na corda bamba?) e (na sala dos espelhos?) a justiça mais inepta do universo!
Na apoteose, a #PERGUNTAqueNÃOquerCALAR: não seria uma boa hora para o circo pegar fogo? Mas cabe perguntar mais, enquanto se pode: uma boa hora pra quem, cara pálida?!
Tem um cheiro estranho no ar. E uma nova bomba pode ter sido armada. Usando-se Marielle como pavio…
MÍDIA NIJA
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