Na próxima sexta-feira, 13 de março, por todo país a juventude vai às ruas em defesa da democracia, da Petrobras, de mais investimentos na educação e da reforma política para combater a corrupção com o fim do financiamento de campanhas eleitorais por empresas.
Ao lado dos movimentos sociais (MST, FUP e algumas das maiores centrais sindicais do país como a CUT, CTB e UGT), a UBES e os estudantes secundaristas defenderão o Brasil em manifestações que tomarão a capital de estados Minas Gerais, Rio de Janeiro, Curitiba, São Paulo, Brasilia e outras cidades.
O PETRÓLEO É NOSSO!
O movimento estudantil, que pioneiro encabeçou a campanha “O Petróleo é Nosso!”, culminando na criação da Petrobras em 1953, sai às ruas em marcha contra setores conservadores e neoliberalistas que tentam privatizar a empresa.
“Estamos falando da maior empresa estatal do Brasil, a alavanca para o crescimento da educação e da economia brasileira. Por esse motivo, vamos fazer manifestações nas escolas e cidades, organizar uma mobilização de massas no dia treze”, diz o presidente da União Estadual dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (UEES-RJ), Luiz Felipe Hadesh.
Em 2013, os estudantes protagonizaram a conquista da lei que destina 75% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação. Os recursos primordiais para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação, segundo o Portal Brasil, representa investimento de R$ 112,25 bilhões nos próximos dez anos, como citado pela presidenta da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), Camila Lanes.
“Estamos deliberando como vamos nos organizar em defesa da instituição, da indústria que contribui para economia brasileira e pela garantia dos 10% do PIB para educação. Temos que abraçá-la e garantir que ela seja estatal, do povo e livre de corrupção”, complementa a estudante. “Pretendemos levar três ônibus da capital e interior para o ato do dia treze, vamos defender o atual projeto de governo e pressionar a sua execução com mais empenho”, finaliza Camila.
DEMOCRACIA E REFORMA POLÍTICA
Pauta que anda lado a lado na mobilização do 13 de março é a luta pela Reforma Política. Para a UBES, empresa não vota e, por isso, não deve patrocinar candidatos e influenciar eleições com poder econômico.
Em um país que apenas seis grupos controlam 70% da mídia nacional, informações são manipuladas e concentradas nas mãos de empresários, como critica o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Francisco Faria.
“Hoje temos uma democracia de vida muito curta de apenas 30 anos e isso fica evidente cada vez mais. Os estudantes acreditam que estamos à beira de um golpe político preparado pela direita brasileira que perdeu as eleições. Quem financia é a mídia e nós vamos nos manifestar contra isso”, exclama Francisco.
REFORMA POLÍTICA JÁ!
A juventude vai às ruas com pauta definida pela Reforma Política Democrática, principal disputa no Congresso Nacional atualmente e que dialoga especialmente com o fim do financiamento privado de campanha, criação de conselhos populares e mais transparência, como explica o diretor de Políticas Educacionais da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), Emerson Santos.
“A corrupção não é um problema ético, mas estrutural, por isso, a juventude ocupará as ruas no dia treze, por entender que o sistema político precisa de mudanças radicais, para que de fato o povo se sinta representado e sanar problemas como a corrupção”, esclarece o Emerson.
MANIFESTO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS CONTRA O RETROCESSO!
Acesse aqui a íntegra do texto divulgado e assinado pela UBES em conjunto com os movimentos sociais sobre a mobilização do dia 13 de março de 2015.
Da Redação - UBES
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