Tradicionalmente, o mês de março é o período para intensificar nas ruas a luta travada pela igualdade de gênero e conquista de mais direitos. Em 2015, completando 83 anos da conquista do voto feminino, a luta encampada pelos movimentos sociais é também por mais participação da mulher na política e pela Reforma Política Democrática.
Pintada de rosa e lilás, a UBES feminista compõe o coro para lembrar que as mulheres são 52% do eleitorado do país, número que não corresponde ao mapa nacional de representação política. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas últimas eleições elas representaram apenas 30,7% dos candidatos, sendo que na Câmara, entre os 513 deputados federais somente 51 são mulheres (10%).
Para a 1ª diretora de mulheres da UBES, Fabíola Loguercio, a disparidade enfatiza a importância da Reforma Política Democrática que, entre outras coisas, propõe a paridade de gênero nos espaços de poder.
“Apesar de no Brasil haver mulheres em pontos-chaves da administração federal, a começar pela presidenta da República, das dez ministras que fazem parte de seu governo, a atual bancada feminina na Câmara representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares”, destaca.
DEBATE DE GÊNERO E A REFORMULAÇÃO DO ENSINO MÉDIO
Engajada na luta contínua contra o patriarcado, a UBES combate dentro das escolas a lógica de submissão da mulher e pauta o enfrentamento ao machismo e sexismo das salas de aula. É necessário mudar essa realidade que dita e segrega o lugar das meninas – seja na hora de definir o esporte que pode ou não ser praticado, ou mesmo na proibição de um determinado tipo de roupa. Para transformar esse cenário, a UBES defende a reformulação do Ensino Médio.
Além de repensar as regras democráticas e a participação das estudantes, a UBES realiza desde 2011 seu Encontro de Mulheres Estudantes, o EME. Previsto para acontecer no segundo semestre, em 2015 o evento chega à sua 3ª edição e acontecerá conjuntamente ao Encontro Nacional de Grêmios, cumprindo o papel de discutir nacionalmente a realidade das jovens secundaristas.
“A luta da UBES é para empoderar e emancipar as jovens secundaristas, para que cada vez mais meninas possam sonhar em ser líderes de turma, presidentas de grêmios estudantis, presidentas de UMES, professoras, médicas, cientistas, engenheiras e presidentas do país”, conclui.
ATO NAS RUAS DE SÃO PAULO
Neste ano, a tradicional “Marcha do 8 de Março” em São Paulo começa a partir das 10hs com concentração no Vão do Masp, na Avenida Paulista. Com representantes das entidades estudantis (UBES, UPES, UEE, UNE e ANPG), Apeoesp, CTB, CUT, Marcha Mundial das Mulheres e União Brasileira de Mulheres, as pautas da passeata são: Reforma política, fim da violência contra as mulheres, fim dos autos de resistência e extermínio das jovens negras das periferias, reformulação do ensino médio contra o sexismo e machismo nas escolas, por mais direitos e paridade de salário.
Serviço
O que? Ato em São Paulo| 8 de Março – Dia Internacional da Mulher
Quando? 08/03 | Domingo, às 10hs
Onde? Concentração no Vão do Masp – Avenida Paulista
Por Suevelin Cinti
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