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domingo, 8 de junho de 2014

UFRN: Descoberta de químicos garante primeira patente industrial para a UFRN

Clique para ampliar a imagemTereza Neuma de Castro Dantas e Afonso Avelino Dantas Neto (centro) exibem Carta Patente 
(Cícero Oliveira)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comemora um fato inédito em sua história. Esta semana, Afonso Avelino Dantas Neto e Tereza Neuma de Castro Dantas,docentes do Departamento de Química, receberam a primeira Carta Patente referente a um invento industrial criado na Instituição.
O documento, emitido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), atribui aos pesquisadores a descoberta de método para desidratar gás natural por microemulsão. “Os dez anos de espera valeram a pena”, manifestaram-se os professores, na última terça-feira, após receberem a notícia.
O trabalho é fruto de pesquisa de mestrado desenvolvida em 2004 pela então estudante Geraldine Angélica Silva da Nóbrega, atualmente docente da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), e contou com a colaboração de Eduardo Luiz de Barros Neto, à época aluno do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química.
“Essa pesquisa nasceu no Laboratório de Química da UFRN e poderá chegar às indústrias, diz Afonso Dantas. “Nessa experiência, unimos, sobretudo, competências, porque criar algo de forma isolada é inviável em temos de pesquisa aplicada”, completou Tereza Neuma.
O coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Aldayr Dantas de Araújo, diferencia um pedido de patente de um artigo. Para se obter uma patente, explica, “é preciso que o invento, produto ou tecnologia tenha aplicação industrial. Daí, por que o mundo inteiro pode requerer o uso dessa metodologia pertencente à UFRN”.
Ao parabenizar os primeiros pesquisadores da UFRN, proprietários de patente industrial, a reitora ngela Paiva Cruz destacou o pioneirismo da criação do método como uma das inovações da pesquisa da Universidade. ngela Paiva disse ainda estar à espera de outras outorgas de patentes, já que mais de 70 pedidos de registros e patentes encaminhados pela Instituição, aguardam decisão do INPI.
Direitos garantidos
Conforme a legislação vigente no Brasil, a patente dá aos titulares o direito de propriedade da invenção em âmbito nacional durante os próximos dez anos. Isso quer dizer que, no período, qualquer empresa, pessoa ou instituição que queira usar o método deve pedir autorização à UFRN, assim como pagar royalties à Universidade e aos inventores.

Fonte: UFRN

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