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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

PELO FORTALECIMENTO DA AMERICA LATINA

UNE discute a importância dos Brics e da America Latina na disputa pelos rumos da política internacional
Durante o 62º Coneg da UNE, realizado entre os dias 29 de junho e 1º de julho em São Paulo, foi criado o projeto UNE Pelo Brasil, que reúne uma série de pautas dos estudantes que foram direcionadas aos candidatos nessas eleições.
O tema “Política Externa” ganhou destaque entre os debates, principalmente após a criação dos Brics, bloco político-econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que estreita os laços entre estes países e abre espaço para trocas importantes.  Ficaram, então, definidas como propostas dos estudantes: 1- Acelerar e radicalizar a integração latino-americana e caribenha, valorizar a cooperação Sul-Sul com uma política externa que confronte os interesses dos Estados Unidos e de seus aliados. 2 – Aprofundar as experiências de projetos de integração, autônomas, antissistêmicas, e antimperialistas, da América Latina e América do Sul, como a CELAC, UNASUL e ALBA, visando construir um novo bloco histórico capaz de disputar os rumos do sistema internacional.
O Secretário da Organização Continental latino-americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), Mateus Fiorentini acredita que “a consolidação dos BRICS representa um caminho para a construção de um mundo multipolar reduzindo a hegemonia dos EUA no cenário internacional” e ressalta que o avanço dos Brics, bem como o papel do Brasil nesse contexto, só tem sentido se articulado com um projeto de integração da América Latina”. O Diretor de Relações Internacionais da UNE, Thauan Fernandes, esclarece que os BRICS “deixarão de ser um bloco que beneficia apenas os países participantes para ser um contraponto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), que sempre exerceu dominação econômica norte americana sobre os países em desenvolvimento, com seus juros altíssimos. Esse ponto representa respeito à soberania dos povos sobre sua economia e seus rumos, pauta que sempre foi dos estudantes, pois influencia diretamente na educação e em todos os serviços sociais.


Em meio a este cenário a educação tem um importante papel na construção de um bloco forte na América Latina e também entre os países que compõem os BRICS, o que se faz muito importante se o Brasil quiser disputar os rumos da política internacional. Mateus chama atenção para políticas que promovam a mobilidade acadêmica de estudantes, professores, pesquisadores e trabalhadores e para “a criação de programas de pesquisa e extensão, que de maneira compartilhada podem ser alternativas importantes no sentido da construção de conhecimento de maneira soberana, de igual maneira para buscar nossa soberania científica e tecnológica”.
http://www.une.org.br/wp-content/uploads/Catilha-CONEG_FINAL1.pdf
Fonte: UNE

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