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sábado, 18 de julho de 2015

16º Encontro Nacional de Jovens Cientistas é realizado em São Carlos (SP)

Presidenta da UNE, Carina Vitral, defendeu mais incentivo à pesquisa e extensão durante debate
, por Sara Puerta, de São Carlos l Fotos: Bruno Bou 
“Mão na massa”! Foi assim que Franklin Rumjanek , biólogo e pesquisador do Instituto Ciência Hoje, definiu a forma de propagar a Ciência para a juventude e sociedade no geral.
Para ele, o convite para participar do “16º Encontro Nacional de Jovens Cientistas – a Juventude com Ciência: As várias formas de transformar o Brasil”, em São Carlos durante o 4º Salão Nacional de Divulgação Científica daAssociação Nacional de Pós- Graduandos (ANPG) foi bastante pontual, já que desde quando o Instituto lançou o primeiro produto para a divulgação Científica, o objetivo era cooperar com o desenvolvimento do país. Segundo ele, era uma ação revolucionária, já que uma pessoa engajada com a Ciência é também engajada na sociedade e promove transformações significativas.
“E a militância pela difusão da ciência acontece principalmente nos laboratórios, com a manipulação em que a criança e o jovem tem acesso e contato direto à experimentações”.
O Instituto há 30 anos publica a Revista Ciência Hoje em parceria com Ministério da Educação e é também responsável pelo Programa Ciência Hoje de Apoio à Educação, que treina estudantes do ensino fundamental na área de Ciência com diversas atividades, além de disponibilizar assinatura da revista.
Para Rumjanek, uma mudança necessária é pensar em construir iniciativas para propagar a ciência. Ele cita as preocupações atuais quanto ao orçamento destinado à pesquisa, por conta da carência de editais e dos investimentos, e reconhece que dinheiro é parte essencial para programas e projetos de qualidade, e também pediu apoio para a sobrevivência do Instituto.
“O essencial é não desistir de pensar na revolução que a valorização das pesquisas pode trazer à sociedade. No Brasil, é muito caro fazer ciência e precisamos de insumos que são importados, então o caminho é que se faça a produção desses elementos no país”, pondera.
Representando o movimento estudantil secundarista, Angela Meyer, presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) , lembrou da efervescência da juventude em junho de 2013, e as conquistas vinculadas à força das reivindicações nas ruas, principalmente para a educação e para os direitos aos estudantes, como os 50% do Pré Sal, revertidos em investimentos no ensino básico e na graduação, e o passe-livre estudantil no estado de São Paulo.
“Nesse momento, a juventude deve estar a pleno pulmões defendendo a Petrobras, pois essa é o único meio de encontrar mais bolsas de iniciação científica no ensino médio e técnico e incentivos também do 1º ao 9º ano escolar”, disse Angela.
Carina Vitral, recém empossada oficialmente presidenta da UNE , avaliou a formação completa da juventude, com incentivo à pesquisa e a extensão, a maior força para desenvolvimento do país.
“A juventude é uma faixa da sociedade economicamente ativa e disponível à iniciação do trabalho, e uma vez que a ciência é emancipação da humanidade, temos portanto nas mãos a grande possibilidade de transformar os rumos no país”, observou a presidenta, que também lembrou que até 2022 o país estará vivendo o momento de “bônus demográfico”, que é a maior quantidade de população ativa, em comparação à crianças e idosos.
carinaANPG
“É extremante necessário, portanto, estar em unidade de luta para ter direitos essenciais garantidos, manter as políticas de acesso ao ensino superior e reverter qualquer possibilidade de retrocesso”, avalia.

PLENITUDE À JUVENTUDE

Giovanny Kley, diretor de Juventude da ANPG, contemplou aspectos essenciais dos direitos da juventude, estudantis e para a formação plena, e como consequência ser geradora de desenvolvimento para o país.
“Uma vez inserido no mercado de trabalho, a renda deve ser voltada para o jovem não apenas consumir, e sim para continuar a sua formação profissional”, acrescentou.
Para isso, é necessário que os programas de inclusão sejam completos e não pela metade. Como ele afirmou, o acesso ao ensino superior por meio dos programas como o ProUni e Fies, devem ter continuidade com mais assistência, como acesso à creche, alimentação, sistema de cotas também na graduação.
“Políticas de estado se perpetuam para a sociedade, e vão além das políticas de governo que podem acabar com fim dos mandatos”, disse o pós-graduando.

PROPOSTAS PARA CONFERÊNCIA

O 16º Encontro Nacional de Jovens Cientistas é uma preparação e organização da comunidade para a 3ª Conferencia Nacional de Juventude.
O site do Conselho Nacional de Juventude possui uma plataforma digital em que é possível mandar propostas para a área, para a construção de uma carta com as reivindicações e moções que será apresentada no evento.
Fonte: UNE

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