Pesquisa publicada pelo Fórum Econômico Mundial coloca o Brasil com
um dos países mais desiguais do mundo no que se refere a gênero. De
acordo com o estudo "Desigualdade Global de Gênero 2016" do Fórum
Econômico Mundial, publicado nesta quarta-feira, 26, em Genebra, o
Brasil levará 100 anos para igualar salário de homem e mulher, já que
a diferença salarial entre mulheres e homens no Brasil é uma das maiores
do mundo.
O estudo ainda apontou que as sociedades mais igualitárias são as
escandinavas. O primeiro lugar é da Islândia, seguida por Finlândia,
Noruega e Suécia, ao se considerar todos os aspectos econômicos,
políticos, de saúde e de educação. Já o Brasil ocupa, entre 144 países
avaliados, a 129.ª posição.
Levando em consideração os aspectos que são analisados para realizar o
estudo (econômicos, políticos, de saúde e de educação), associado à
atual conjuntura do país de cortes nestas áreas, se seriam necessários
104 anos para equiparar as condições econômicas de homens e mulheres,
essa realidade irá piorar cada vez mais.
Na política
Entre 2014 e 2015, durante as gestões de Dilma Rousseff (PT), o
Brasil passou da 85ª para a 79ª posição no ranking geral de equidade de
gênero. Ainda assim, fica atrás dos outros 17 países latino-americanos.
A posição do país na listagem, que também analisa o grau de
representatividade nas instituições políticas, pode cair no futuro,
devido ao número reduzido de mulheres em cargos ministeriais no governo
não eleito de Michel Temer (PMDB).
O Brasil é ainda um dos seis países do mundo onde a diferença
salarial entre homens e mulheres em cargos executivos é de mais de 50%.
Além disso, a presença de brasileiras no mercado de trabalho também é
menor: 62% ante 83% de homens. Isso coloca o Brasil na 87.ª posição por
esse critério. No que se refere à renda média, a brasileira ganha por
ano US$ 11,6 mil. Já a renda média dos homens brasileiros é de US$ 20
mil.
Ainda no campo da política institucional, em relação ao Legislativo, o
Congresso Nacional ocupa o 120º lugar na lista de representatividade.
Protal CTB - Com informações da Brasil de Fato
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