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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FIES AMEAÇADO!


Por: Sara Puerta 

Desde o mês de julho os repasses do FIES vindos do Ministério da Educação para as universidades estão em atraso. Isso é: desde que o governo Michel Temer assumiu nenhuma instituição recebeu os valores para a manutenção do financiamento.
Com isso ficaram suspensas as renovações de contratos do segundo semestre de ano e afetando 1,8 milhões de estudantes. Segundo o Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior) os valores atrasados já chegam a R$ 5 bilhões, prejudicando 1538 instituições.

Nessa segunda-feira, 03.10, a UEE-SP e centenas de estudantes de diversas universidades iniciaram um debate na PUC-SP e uma mobilização, que percorreu as ruas da região oeste e que será precedido por diversos atos nos próximos dias, para pressionar o MEC pela regularização da situação.

Flavia Oliveira, presidenta da UEE-SP, avalia o cenário critico da educação com essa suspensão de pagamentos." O ensino superior no Brasil corre o risco de entrar em colapso. Universidades públicas estão sem dinheiro e sob ameaça de cortes, e as instituições privadas nesse momento vivem essa crise que afeta milhares de estudantes que já iniciaram a graduação e podemos viver uma evasão sem precedentes .Ocuparemos as ruas, as universidades e o Congresso Nacional para garantir que esses alunos concluam os seus sonhos". 

Deputados e senadores se reuniram nesta terça-feira (4.10) em sessão conjunta para a votação de vetos presidenciais, a conclusão da apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017,porém não houve quórum para a votação que libera créditos suplementares para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Nessa quarta-feira, 5.10, está novamente prevista a votação.

Enquanto isso, quase dois milhões de estudantes aguardam para regularizar a situação.
Rodrigo Capelato, diretor executivo da Semesp, observa que ainda que a situação seja regularizada, muitos atrasos nas bolsas ocorrerão até o aditamento dos contratos. "É preciso revisar o orçamento destinado ao Fies para o próximo ano e garantir a manutenção de quem já está no programa, pensar em novos beneficiados, sem afetar ainda mais a sua credibilidade."

Fonte: UEE/SP

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