Imagem: genildo.com |
Hoje (24) completam-se 102 dias do assassinato brutal de Marielle e Anderson. Que foram mortos no dia 14 de março, no bairro do Estácio, região central do Rio de Janeiro.
Embora tenha causado grande repercussão internacional e uma enorme mobilização nacional, que levou centenas de milhares às ruas com muita revolta e indignação, suas execuções até hoje permanecem sem resposta. Assim como, as investigações que não trazem nada de concreto sobre a autoria e motivação do crime.
Conduzida pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a investigação segue sob sigilo. Porém as principais linhas de apuração apontam para a atuação de milícias ou crime político.
O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) em entrevista ao HuffPost Brasil afirmou que "A investigação vai dizer qual grupo político matou a Marielle, seja ele um grupo partidário ou de milícia ou seja lá o que for. E é isso que a gente quer saber. A gente quer saber quem matou, quem mandou matar e por quê", disse também que confia no trabalho da polícia. Segundo ele, o grau de complexidade do crime impõe um ritmo particular à investigação.
Freixo deposita confiança nas investigações, na polícia e no estado, responsáveis por tantas barbáries e assasinatos. O que temos hoje é a falta de resposta, resposta para a brutal execução de uma mulher negra, bisexual, "cria da Maré" como gostava de dizer, que denunciou a Polícia Militar, que lutava contra a Intervenção Federal na cidade do Rio de Janeiro.
A mesma comunidade da Maré de Marielle, que sofreu essa semana mais uma operação assassina da polícia com a ajuda do exército. Onde um jovem de 14 anos usando uniforme escolar teve sua vida corrompida.
Marielle que um dia antes de seu assassinato, ao comentar o assassinato de outro jovem pela PM do Rio de Janeiro, questionou em suas redes sociais: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”. Seguimos questionando, as operações policiais são constantes nas favelas do Rio e inocentes seguem sendo mortos.
Cem dias sem Marielle Franco e Anderson Gomes, e sua investigação continua nas mãos dessa mesma polícia, desse mesmo Estado, que oprimem e matam. Não confiamos nessa justiça, e sabemos que somente uma investigação independente poderá responder a angústia e revolta de milhões que saíram às ruas em repúdio à suas mortes. Não esquecemos, não perdoamos.
Fonte: esquerdadiario.com.br
Adaptação: ANE/RN, em 24/06/2018
Adaptação: ANE/RN, em 24/06/2018
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